Esta cache fica situada ao pé de varios monumentos de Sande S.Martinho.
Segundo impressões de José Augusto Vieira, no século passado, escreve o seguinte :
“O Minho Pitoresco
Descendo as abas da serra da Falperra, note a situação das quatro Sandes (S. Clemente, S. Lourenço, S. Martinho e Santa Maria de Vila Nova), embora em uma excursão pela estrada de Braga melhor tivesse ensejo de as conhecer, visto que marginam o caminho à esquerda da Vila Nova de Sande e S. Clemente, e à direita, no fundo de uma pitoresca bacia vegetal, S. Martinho e S. Lourenço. As três Sandes primeiras formaram até ao século XVI uma só paróquia, dividindo-se depois em três curatos dependentes do de S. Martinho, que era o mais importante tanto sob o ponto de vista de população como de recordações históricas.”
Localização e um pouco de descriçao dos lugares existentes:
A cerca de nove quilómetros da sede do concelho, está a freguesia de S. Martinho de Sande implantada na encosta do monte de Outinho, em autêntico anfiteatro, de cujo Picoto se goza uma visão paradisíaca sobre o vale do Ave. Estende-se por dezenas de lugares onde se destacam, pela sua dimensão, os da Rocha, Cima de Vila, Ribeira, Pontes e Gaias. Os outros são: Alvite, Assento, Burgão, Cachadinha, Cuteluda, Lamelas, Pedreira, Reguengos, Souto, Saburno e Tarrio.
Ao lugar de Gaias tornou-o conhecido Camilo Castelo Branco, no seu romance “A Enjeitada”. Aqui se situa uma ampla e velha escola, doada em 1877 por Alexandrina Vieira Marques. Hoje substituída, permanece na lembrança de muitas gerações que por ela passaram e que sonham vê-la aproveitada como museu etnográfico das indústrias artesanais que afamaram Sande pelos tempos fora.
Um pouco de História (Segundo Memória paroquial de 1758)
Em tempos pré-históricos, viveram outros povos dentro dos muros da Terra de Sande, no conhecido Castro de Sabrosa, implantado na zona que hoje pertence a S. Lourenço. Por Sande passava a via romana Braga-Astorga, parte da grande via que ligava Lisboa a Roma. É na margem desta estrada, de que ainda existem vestígios, que existem os túmulos dos Quatro Irmãos, cuja lenda serviu de enredo a mais do que um autor e de motivo para várias versões.Conta acerca deste nome o pároco de 1758: “Neste lugar de Quatro Irmãos se vê para a parte do norte, na estrada que discorre de Guimarães para Braga, quatro sepulturas de pedra fina, que se não sabe memória certa das pessoas que nelas existem; porque uns dizem serem de quatro irmãos que tiveram pendências e que neste lugar se mataram uns aos outros; a mim me parece manifesto engano, pela razão de se verem as mesmas sepulturas com decência para aqueles tempos, pois se admiram nas suas cabeceiras esculpidas cruzes da Ordem de Cristo, e com especialidade em três delas desenhadas espadas; e à vista disto me persuado ser isto do tempo dos Templários”.
Andava muito próximo da verdade o criterioso pároco — com eventual equívoco na análise às cruzes (parece haver confusão entre a do Templo e a de Cristo) —, mas o povo é que não quis saber destes rigores históricos, e prosseguiu com as suas fantasias.
Monumentos e Rio Febras
De facto, o grupo de túmulos não devia passar do que, até ao século XIII, se chamava “marmoirais” (ou memoriais), embora estes já não tivessem arcos no século XVIII (ou talvez os não possuissem nunca). Devem ser anteriores ao século XIII ou, pelo menos, ao XIV, e provam a perduração do costume de colocar os túmulos à beira da estrada. Tratar-se-á, portanto, de sepulturas de pessoas ilustres da região.
A antiguidade de Sande é comprovada, também, pelo nome de um curso de água que a banha em toda a sua extensão, nascido na encosta do monte Sameiro e que é afluente do rio Ave. É conhecido por rio Febras, o “Rivulo Feveros” de que falam as inquiri-ções do século XII e cuja grafia — na opinião do paleólogo Jesus Costa — vem de tempos anteriores à invasão da Península pelos árabes.
A cache:
Atenção com os Muggles que por ali passam muito frequentemente! Sê muito discreto ou faz a mesma durante a noite. Leva material de escrita!