Breve História do Vinho em Portugal
O Vinho é, genéricamente, uma bebida
alcoólica produzida por fermentação do sumo de
uva. Na União Europeia o vinho é legalmente definido
como o produto obtido exclusivamente por fermentação
parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de
mostos.
A história do
vinho em Portugal é anterior à fundação
da nacionalidade. Considera-se que a vinha foi plantada pela
primeira vez na Península Ibérica (no Vale do Tejo e
no Vale do Sado) cerca de 2.000 a.C. pelos Tartessos. Os
Fenícios introduziram novas castas de uvas e tomaram conta
do comércio do vinho dos Tartessos cerca do século X
a.C.. Os Gregos instalaram-se na Península Ibérica no
século VII a.C. desenvolveram a cultura da vinha e trouxeram
progressos nos métodos de fazer o vinho. No século VI
a.C. os Celtas introduziram novas castas de uvas na
Península Ibérica. Os Romanos chegaram à
Península Ibérica cerca do século II a.C. e
contribuíram para a modernização da cultura da
vinha. Com a queda do Império Romano o vinho continuou a ser
produzido pelas civilizações que se
seguiram.
Com a
fundação de Portugal o vinho tornou-se no produto
mais exportado. Um grande aumento das exportações de
vinho começou na segunda metade do século XIV. Nos
séculos XV e XVI, com as descobertas portuguesas, as
caravelas carregavam sempre vinho. Com o Tratado de Methwen em 1703
abrindo o comércio entre Portugal e a Inglaterra,
estabelecendo condições especiais para a
penetração do vinho português em Inglaterra, as
exportações do vinho tiveram um considerável
aumento. Em 1756 o vinho do Porto era já tão famoso
que no sentido de regular o comércio e a
produção da região foi criada a primeira
região demarcada do mundo: a região do Alto Douro. No
século XIX a praga da filoxera dizimou grandes áreas
de vinhas portuguesas. Nos fins do século XIX a
produção de vinho começou uma lenta
recuperação. No princípio do século XX
várias regiões foram demarcadas e em 1986 as
regiões vinícolas foram redefinidas e novas foram
criadas depois da adesão de Portugal à União
Europeia.
Solar do Vinho do Dão
O edifício está
integrado no magnífico parque do Fontelo, que conheceu o seu
auge no séc. XVI quando o bispo mecenas D. Miguel da Silva
concebeu o Paço do Fontelo e o fez rodear de
magníficos jardins e bosques ao espírito
renascentista. O antigo paço episcopal foi restaurado e
remodelado para acolher Solar do Vinho do Dão, onde
estão instalados os serviços da Comissão
Vitivinícola Regional do
Dão.
A região
vitivinícola produtora dos vinhos Doc Dão, situa-se
no centro-norte de Portugal, na província da Beira
Alta.
Na Região
Vitivinícola do Dão estão já
individualizadas – por produzirem vinhos com uma
personalidade própria – as sub-regiões de Alva,
Besteiros, castendo, Serra da Estrela, Silgueiros, Terras de
Azurara e Terras de Senhorim.
A fim de se
aproveitar melhor as enormes potencialidades dos vinhos de
qualidade da região, para além da
denominação de origem "Dão", foram
oficializadas pelo novo Estatuto da Região
Vitivinícola do Dão, as seguintes: - "Dão
Nobre", "Dão Novo" e "Dão Clarete".
Esta região
produz, maioritariamente, Vinhos Tintos caracterizados por
possuírem um teor alcoólico médio de
12ºC, uma inimitável coloração rubi,
corpo redondo e consistência aveludada na
boca.
Convenientemente
envelhecidos tornam-se mais macios e suaves, ao passo que a
coloração rubi toma subtis reflexos atijolados,
adquirindo, então, um esplendoroso "bouquet" e um final
longo.
Já os Vinhos
Brancos – também com um teor alcoólico
médio de 12ºC – possuem, quando jovens, uma bela
cor citrina, aromas frutados relativamente complexos, mas
delicados, são frescos na boca e têm um final delicado
e elegante.
Caracterizam-se,
ainda, por terem a rara faculdade de envelhecer de uma forma nobre
e harmoniosa.
Os Vinhos Tintos e
alguns Vinhos Brancos estão sujeitos a estágio
mínimo obrigatório de duração diversa,
em função da sua denominação e
menções tradicionais qualificativas que, nos vinhos
tintos, pode chegar aos 48 meses, antes de serem
comercializados.
Os vinhos Doc
Dão mais prestigiados são produzidos e/ou
engarrafados por produtores-engarrafadores e pelas principais
empresas que "trabalham" os mesmos.
A Comissão
Vitivinícola Regional do Dão é o organismo que
Controla e Promove globalmente os vinhos Doc
Dão.
A Cache
Para permitir que a
cache esteja sempre acessível, esta foi colocada fora dos
jardins do Solar, junto à entrada principal. No entanto,
caso tenham hipótese de se deslocarem durante o
horário de expediente (ou durante a realização
de qualquer evento), visitem o Solar e participem em (excelentes)
provas de vinho.