Freguesia de Brenha
A história de Brenha refere-se a uma
povoação muito antiga, situada na jurisdição do Convento de Santa
Cruz (este convento era o donatário de toda esta região), que
incluía a herdade de Brenha, aliás de Breiam ou Brenhelas (Brenha),
Lilium (Lírio), Cabanas.
O Convento de Santa Cruz, sendo o donatário destas terras,
atribuiu foral a dois moradores da referida herdade. Depois, em
1302, deu um novo foral a mais 7 famílias.
É assim que Brenha tem foral desde 1282 e esteve anexada à
freguesia e paróquia de Quiaios, da qual se emancipou em 1934. Foi
pedida a desanexação da paróquia de Quiaios e converteu-se numa
paróquia autónoma, com cura, que tinha residência no local.
Existe uma lenda, nesta freguesia: a “Lenda de São
Brás”, que era um Santo carismático da terra, ou de um lugar
próximo, “Lírio” (que também recebeu foral, ao mesmo
tempo que Brenha).
A Quinta do Lírio tinha um solar, do qual existem ainda as
ruínas, com capela privativa - a Capela de S. Brás. Devido às
condições de degradação da capela, o padre resolveu transferir a
imagem de S. Brás da Capela do Lírio para a igreja paroquial de
Brenha. Trouxeram dali a imagem com toda a humildade e veneração.
Só que, no domingo seguinte, quando iam para rezar a missa, a
imagem de São Brás havia desaparecido. Depois de a procurarem,
foram encontrá-la na Capela do Lírio. A razão de tal sucedido,
ninguém a conhecia. Assim aconteceu durante 3 domingos
consecutivos.
Parece que S. Brás não queria sair da sua capela, e assim foi
decidido para sempre, que a sua imagem, uma imagem valiosíssima que
data do século XVII, não fosse retirada do altar desta igreja, onde
pudesse continuar a ser venerada por todos os crentes.
Os lugares mais importantes são Cabanas, Arazede e Lírio; há
ainda o Vale de Jorge, que se encontra no caminho da Serra da Boa
Viagem.