Cisternas do Capucho
Breve Introdução
As Cisternas do Capucho, localizadas no Casal Farto, junto à
Maxieira, num ambiente histórico setecentista, são formações
calcárias muito semelhantes às da Pia do Urso, na freguesia de São
Mamede. Com o tempo, o calcário foi dissolvido a partir do dióxido
de carbono, transportado das nuvens para o solo, através das
chuvas. Formaram-se, então, cavidades nas rochas. Desde tempos
imemoriais que o Ser Humano aprendeu a utilizar este tipo de
acidentes geológicos como depósitos de água. No Casal Farto, as
Cisternas do Capucho encontram-se providas de diversas coberturas.
Em qualquer equipamento deste tipo, a cobertura tem como função
reduzir a evaporação do líquido devido à acção do Sol, proteger os
transeuntes de quedas para o interior das fendas, permitir a
instalação de sistemas elevatórios de água e evitar a queda de
resíduos. No Casal Farto, ao longo do solo, rochoso, observam-se
diversos sulcos, ou outros obstáculos construídos pelo Homem, para
permitir o transporte do fluido para o interior das mesmas.
O problema surge quando se pretende efectuar a datação destas
cisternas, o que é extremamente difícil. No que diz respeito à
parte natural, o processo de formação das cavidades exige milhões
de anos. Quanto à parte humana, esta é muito mais recente. As
construções ora aí existentes serão já do século XX, por diversas
razões. Por outro lado, não se descura a hipótese, como é evidente,
de aí existirem (ou terem existido) outras estruturas
arquitectónicas anteriores, remontando aos séculos XVIII e XIX.
Acontece, porém, que uma remodelação novecentista parece ter
reformado as construções. Que fundamentos suportam esta ideia? As
paredes não diferem das das casas da mesma época. O fraco desgaste
das rochas sugere uso não muito longínquo e descontinuado. As
telhas existentes usam-se nas casas a apenas algumas décadas. No
século XIX e nos primórdios do seguinte, as telhas usadas nas
construções eram de canudo, de origem romana.
A propósito disto, vejam-se as casas de Lúcia e de Francisco e
Jacinta. Por conseguinte, não se descura a hipótese de aquelas
telhas terem sido usadas anteriormente. As cisternas encontram-se
bem preservadas. Nalguns casos, utiliza-se já o cimento. Deste
modo, será muito difícil fazer remontar as estruturas existentes ao
século XIX, ainda que pudessem ter existido outras mais antigas.
Por outro lado, na primeira cisterna, na parte de cima da
construção, é possível observar uma data cuja leitura não se
afigura fácil. Nestes casos, com o Sol a baixa declinação, as
condições de observação tornam-se sempre melhores. Assim, foi
possível ler, em epígrafe, «16.10.1945». Esta data coincide, com
precisão, com as características apresentadas anteriormente e que
nos elucida que as cisternas, como estão actualmente, são um
produto do século XX. De facto, nos anos de 30 e 40 do século
passado, construíram-se imensas cisternas e poços. Na realidade, o
isolamento de Portugal face à sua não participação na Segunda
Guerra Mundial levou, apesar de tudo, a uma época de racionamento
dos alimentos e, por isso, a população teve que se dedicar ainda
mais às actividades agrícolas. Isto explica, em parte, a razão pela
qual poços, cisternas e lagoas foram abertas ou reedificadas.
Informação retirada de www.noticiasdefatima.pt
Localização
Para chegarem à cache vindos de Lisboa ou Porto na A1 saiem em
Fátima. Seguem a direcção de Minde inicialmente e quando
encontrarem uma pequena rotunda seguem para a esquerda na direcção
de Torres Novas. Passam por umas rectas quase intermináveis e antes
de chegarem à povoação Bairro, encontram um corte à direita que
diz: "Turismo de Habitação - Casalinho Farto", cortam para aí e
seguem sempre em frente, passam por uma capela, por um relógio de
sol e logo a seguir ao TH cortam á direita.
Cache
A cache está colocada na cisterna. Por favor sejam discretos na
busca.Para evitar que as crianças possam entrar acidentalmente
na cisterna, a entrada está bloqueada por um palete.
Agradecia que voltassem a colocar a palete como estava antes
de se irem embora.