A Fajã da Ribeira da Areia é uma fajã portuguesa localizada na Ribeira da Areia pertence à localidade da Ribeira da Areia, freguesia do Norte Grande, Concelho de Velas, costa Norte da ilha de São Jorge.
Fajã bastante grande e antigamente muito habitada. Em 1891 tinha 451 habitantes. Este como algumas outras fajãs da ilha de São Jorge foi praticamente votada ao abandono, não só por causa do terramoto de 1980, mas porque o envelhecimento da população e o desinteresse dos jovens isso ditou. Atualmente (2009) e devido as bons caminhos existentes encontra-se em franca recuperação.
Vivem várias famílias na fajã enquanto muitas pessoas se deslocam a esta fajã apenas em trabalho, sendo que estas raramente ficam de noite.
Também como nas outras fajãs as culturas que aí se fazem são a batata doce, e a batata da terra, a vinha e o inhame.
A pesca faz-se com anzol, sendo os peixes mais capturados a veja, a garoupa, a anchova e a moreia. As aves mais frequentes são: a pomba, o melro, o cagarro e o pardal.
Para além de cerca de quarenta e seis casas, antigas e modernas, foi aqui construída um templo, Ermida de Nossa Senhora de Fátima datada de 1946, com torre de 1968, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, o que faz com que esta fajã também seja conhecida como fajã de Nossa Senhora de Fátima.
O dia treze de Outubro é o dia da festa da Padroeira, com missa seguida de procissão. As pessoas que vão participar na festa levam farnel e passam lá todo o dia.
Junto à ermida existe um chafariz com data de 1960. Há também uma fonte de água fresca que brota da rocha. A Ribeira da Lapa que aqui corre não é de curso permanente. Nesta fajã merecem especial atenção as formações lávicas.
Tipos de Fajãs
· Fajãs costeiras – fajãs em contacto directo com o litoral.
· Fajãs de delta lávico – fajãs criadas quando as escoadas de lava avançam sobre o mar, provocando o recuo da linha de costa. Estas fajãs, em geral muito resistentes à erosão do mar por serem constituídas por grandes massas rochosas compactas e sem fissuração apreciável, são em geral delimitadas por costas abruptas, angulosas, fortemente recortadas, com grandes calhaus no seu sopé. Os solos, quando não tenha havido recobrimento por materiais de projecção ou derrocadas posteriores, são em geral esqueléticos. À superfície destes deltas podem ocorrer pseudo-crateras ou cones litorais e a erosão da frente da escoada ou uma drenagem posterior conferem-lhe frequentemente um aspecto digitado. São frequentes os arcos rochosos costeiros e as grutas marinhas resultantes da infra-escavação pela erosão por acção do mar.
· Fajãs de talude (ou fajãs detríticas) – são fajãs criadas pela acumulação de materiais resultantes do desmoronamento das encostas sobranceiras. Estas fajãs tendem a ser mais aplanadas e, por serem constituídas por materiais soltos, facilmente sujeitos ao transporte pelas ondas, têm em geral costas de formas suaves e quase rectilíneas, com praias de calhau rolado de dimensão variável. Nas costas mais expostas à ondulação, em geral as viradas a norte, formam-se por vezes cordões de calhaus rolados que conduzem ao aparecimento de formações lagunares (como acontece na Fajã da Caldeira de Santo Cristo). Os solos destas fajãs são em geral muito férteis, embora as mais perigosas para habitação humana, dada a recorrência dos desmoronamentos. Os grandes terramotos tendem a formar novas fajãs deste tipo, como aconteceu profusamente no grande sismo do Mandado de Deus, na metade leste de São Jorge.
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