Um ponto de encontro com a arte e a cultura. Um habitat onde predomina o verde de que decorre, com naturalidade, a sua própria denominação O Mato . Um espaço original de Paulo Neves, o artista que adora Cucujães.
Mato, um santuário artístico que, de mãos dadas com a natureza, nos leva a uma espécie de mundo fantástico, qual Alice no país das maravilhas . Através duma estrutura de madeira entre o ateliê do artista e o ponto de encontro - que Paulo quer que seja de muitos artistas e não só -, faz-se a ponte entre o quotidiano deste profissional da arte e a exposição dum imaginário mágico, sedento de cultura, utopia e saber. Um espaço que não pretende ser galeria comercial, antes 'um local onde as pessoas se encontram com alguém fisicamente ou com o trabalho desse alguém',
Neste momento, naquela espécie de iglo em formato de cogumelo gigante , também a lembrar a casa dos sete anões da Branca de Neve , podem apreciar-se miniaturas de obras de 122 artistas de onze países diferentes, nomeadamente portugueses, espanhóis, brasileiros, italianos, franceses, alemães, cubanos, ingleses, sérvios, até setembro próximo. A partir de então perspetiva-se nova mostra, dessa vez de artistas plásticos holandeses.
Porém, Paulo Neves quer que O Mato ultrapasse as fronteiras das artes plásticas (pintura, escultura, desenho, gravura...). Paralelamente, pensa promover neste verdadeiro ponto de encontro outras iniciativas, relacionadas com a poesia, o teatro, o conhecimento... 'Este projeto não tem fins lucrativos, não é comercial. Quero apostar em coisas diferentes, caso contrário não precisava de criar um espaço novo, pois já existem tantos... há tantas galerias no país. Por exemplo: se tiveres uma ideia podemos levá-la a uma discussão, expondo-a aqui. Pode até ser uma exposição só com uma frase... a ideia que tiveste. Quiçá a exposição de um filósofo'.
in Correio de Azeméis
Reportagem na RTP sobre "O Mato".
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