Convento de S. Francisco de
Orgens
No limite da cidade de Viseu, a meia encosta do Monte Salvado e
altaneiro a S. Martinho de Orgens,
ficava o Convento de S. Francisco do Monte ou de
Orgens. Fundado em 1410, por Frei Pedro
de Alemancos, franciscano, natural da
Galiza, desde logo foi acarinhado por todas as classes sociais,
nomeadamente, pelos bispos diocesanos, cónegos do Cabido da Sé e
nobreza.
O Mosteiro prosperou e foi considerado um modelo de observância,
muito estimado e favorecido pelo povo, pelos prelados viseenses e
por muitas pessoas nobres, que lhe fizeram grandes
doações.
Com a extinção das Ordens Religiosas, o Estado apoderou-se dos seus
bens, integrando-os na Fazenda Nacional. A quinta onde se situava
este convento foi vendida em haste pública, no ano de 1834, a
António Rodrigues de Loureiro. O novo proprietário tornou-se
célebre pelas questões que teve com os habitantes por causa do
convento, mas acabou por o demolir quase todo.
Do conjunto do Convento apenas hoje perdura a igreja, onde ainda se
realizam cerimónias religiosas.
Do portal o acesso ao Convento é feito por uma calçada romana em
óptimo estado o qual termina com um bonito cruzeiro que dá acesso à
praceta frontal do Convento.
Na praceta, frente à fachada do Convento existe uma fonte muito
bonita.
O Convento de S. Francisco do Monte guarda uma raridade que poucos
conhecem. O Convento de S. Francisco do Monte tem um relógio
mecânico do século XV, que é o único que existe em Portugal. Foi
recuperado há poucos anos e é extremamente valioso. O relógio
funciona através de um mecanismo de rodas dentadas que acciona um
pêndulo que bate no sino. Estava desactivado desde os anos 60 e foi
restaurado por um artista da freguesia, Romão da Costa Pereira.
Voltou “a dar horas” em 2005. Com a evolução apareceram “relógios
mais modernos, automáticos”, e aquele que terá sido feito em 1478
pelo Frei João da Comenda para a torre da Igreja do Convento de S.
Francisco de Orgens parou após séculos de funcionamento. Segundo
Fernando Correia de Oliveira, jornalista e historiador da área do
tempo, relojoaria e mentalidades, Frei João da Comenda terá feito
13 relógios de torre como o de Orgens. Este frade, natural de S.
Pedro do Sul, mas que vivia em Orgens, é referenciado como o
primeiro relojoeiro português a fazer mecanismos de raiz, graças
aos seus conhecimentos de serralheiro. Ainda segundo o jornalista,
quando foram extintas as ordens religiosas, em 1834, constava do
inventário do Convento de Orgens “um relógio com a sua competente
sineta, avaliado em 24 mil réis”.
Quem quiser visitar a Igreja aconselho que vá na hora da missa de
Domingo às 10h00. É a única hora que está aberta. Claro está que
nesta altura deve ter cuidado com os
muggles.
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Obrigado pela visita e aproveitem bem o sítio!