A sua primitiva Igreja Matriz erguia-se na denominada Rua do Calvário. Contudo, no século XVII, um fidalgo local de nome João Mendes Antas patrocinou a construção da nova matriz do Vimioso. Distinguido por Filipe II de Espanha, este cavaleiro comprometeu-se a dar o terreno para a construção do novo templo e ainda a fornecer outro tipo complementar de auxílio.A Matriz do Vimioso é uma obra característica da primeira metade do século XVII, realizada no duro granito transmontano.
A monumental e severa fachada é equilibrada na distribuição dos seus volumes arquitetónicos. Uma escadaria e um amplo terreiro dão acesso ao templo. Na fachada rasga-se austero portal de arco de volta perfeita, enquadrado por colunas assentes em bases retangulares. Sobrepõe o portal uma exígua fenestração em cruz latina. A fachada é isenta de qualquer ornamentação escultórica.
Ladeando o portal sobressaem os altos corpos das duas torres, sendo a direita rasgada por dupla ventana para colocação de sinos, enquanto a do lado contrário ostenta um relógio. Ao centro, unindo as duas torres e sobrepondo-se à empena triangular da cobertura, surge uma platibanda balaustrada. Lateralmente, o corpo da igreja é amparado por poderosos contrafortes de granito, marcando e reforçando os tramos da nave.
O interior é simples e decorado com austeridade. Apresenta ampla nave única e pouco elevada, dividida em cinco tramos e coberta por abóbada de berço reforçada por arcos torais que desenham nervuras prismáticas de cruzaria, contendo ainda rosetas nos fechos cruzados e um florão central na chave das abóbadas.
O realce da decoração interior concentra-se nos altares laterais seiscentistas e no retábulo-mor, aparatosas e grandiosas estruturas retabulares de talha dourada barroca, compostas por colunas torsas ornamentadas com exuberantes relevos de querubins, parras, uvas e pássaros.
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