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RoTTarcos 3 – Ponte Medieval de Ázere [AVV] Traditional Geocache

Hidden : 5/31/2009
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:

RoTTarcos 3 – Ponte Medieval de Ázere


Este monumento é, como obra pontística, um valor patrimonial inquestionável. Possui,também, grande interesse e significado histórico-arqueológico porque é um importante testemunho da velha estrada medieval que ligava os Arcos de Valdevez a Monção, seguindo pela margem esquerda do rio Vez até Vilela, por onde nos tempos medievos circularam as hostes de Afonso Henriques a caminho do celebrado recontro de Valdevez e, mais tarde, os exércitos de D. João I para enfrentar os castelhanos, ou ainda grande parte dos romeiros que de Portugal se dirigiam a Santiago de Compostela. Ao contrário do que o "almofadado" das aduelas do arco meridional poderá sugerir, não se trata de uma construção originalmente romana. O recurso ao clássico aparelho almofadado rusticado foi frequente nos séculos XVI a XVIII, correspondendo a uma espécie de moda de inspiração renascentista. A circunstância de para esta ponte se documentar uma remodelação nos inícios do século XVII vem confirmar esta interpretação, referenciando-se no Alto Minho inúmeras outras pontes de época moderna onde se patenteiam semelhantes padrões arquitectónicos

A ponte de Ázere é mais uma das várias pontes medievais que recorreram a características construtivas sumárias, em prejuízo de eventuais rasgos arquitectónicos ou estilísticos, que funcionem, no presente, como indicadores mais ou menos seguros de cronologia. O facto de alguns silhares evidenciarem siglas de pedreiros - de acordo com o método laboral tardo-medieval de contagem dos blocos aparelhados - aponta para uma datação entre os séculos XIII e XV (ALMEIDA, 1987, p.135), mas a verdade é que pouco mais poderemos saber acerca do momento específico em que se decidiu a sua construção e, consequentemente, acerca dos seus promotores e circunstâncias económicas. Por outro lado, as flagrantes diferenças entre os dois arcos e alguns aspectos da estrutura devem motivar algumas reflexões em matéria de cronologia, a que aludiremos adiante.
Ela compõe-se de dois arcos de volta perfeita, de aparelho regular e relativamente cuidado, mas evidenciando algumas anomalias entre si: enquanto que o do lado Norte (o único que apresenta siglas nos seus silhares) é definido por aduelas estreitas e compridas, o do lado Sul apresenta aduelas mais largas e curtas, algumas delas almofadadas (DGEMN, on-line). Perante estas evidências, estamos perante duas fases construtivas distintas, uma claramente medieval e outra posterior. Ainda ao nível da estrutura, existe um talhamar prismático entre os dois arcos, sobrepujado por um pegão hoje entaipado.
Também o tabuleiro revela as transformações por que a estrutura passou. Ao contrário das típicas duplas rampas de acentuado declive que caracterizam as pontes medievais, ele é horizontal, elevando-se imediatamente acima da curvatura dos arcos e dispensando, assim, os enchimentos. A sua largura é de aproximadamente 4,20 metros, medida razoável para a passagem de carros de tracção animal nos anos da Baixa Idade Média.
Com base nestes dados, assumiria grande probabilidade a pré-existência de uma estrutura romana, posteriormente adaptada e reformulada no século XIII ou XIV. Possuímos, contudo, uma indicação precisa acerca de uma grande reforma verificada no século XVII, responsável pela configuração actual da ponte. A 2 de Agosto de 1613 celebrou-se um contrato com João Rodrigues para a sua reconstrução, mestre que ficou encarregue de executar também a reconstrução da ponte das Mestas (DGEMN on-line). É a essa reforma que se deve atribuir os silhares almofadados do arco meridional e, muito provavelmente, a horizontalidade do tabuleiro.
Em Setembro de 1999, uma violenta enxurrada destruiu parte do talhamar, algumas aduelas e ainda uma pequena secção do tabuleiro. As obras que, no ano seguinte, a autarquia promoveu limitaram-se a repor um antigo açude a montante da ponte, que evita as grandes correntes nas épocas chuvosas, mas não interveio sobre a estrutura. Em 2009 a ponte é recuperada á sua forma original, de modo que seja bem visível o "traço" antigo da ponte e a parte recuperada.

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Additional Hints (Decrypt)

Ynqb anfpragr...

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)