Esta igreja conventual data do século XVII e é posterior à fundação do convento, no século XV. Apresenta uma planta em cruz latina de três naves. A fachada, em cantaria, encontra-se dividida em dois registos bem marcados e apresenta no primeiro uma galeria porticada, constituída por três arcos plenos. No registo superior, duas janelas de vão recto e cornija moldurada enquadram um nicho, sobrepujado por um frontão interrompido assente em duas pequenas pilastras. O nicho alberga a imagem de S. Francisco. O remate da fachada é em frontão triangular, com uma janela circular no tímpano. O cunhal do lado esquerdo serve como elemento estrutural à torre sineira, dividida em quatro registos, tendo o segundo e o terceiro rasgados por pequenas janelas rectangulares, e, no último, os sinos; é rematada por uma cobertura piramidal que ostenta um relógio e apresenta pináculos nos cunhais.
No interior, o chão é lajeado a granito existindo várias sepulturas na zona do transepto. Possui um coro-alto com cadeiral decorado nos braços e nos espaldares com leões, gatos, cães, tigres, mochos, pelicanos, representações antropomórficas à maneira clássica e motivos fitomórficos. A um canto tem a estátua de S. Francisco, em mau estado, e, no centro uma estante, tendo no pedestal volutas e índios lançando frutas pela boca. As capelas laterais, de arco pleno, ostentam retábulos de talha. A cobertura da nave é em abóbada de canhão.
A capela-mor tem um altar-mor apoiado em dois pedestais de granito. No lado direito do altar-mor existe o retábulo de S. Boaventura, enquadrado por duas colunas salomónicas que sustentam um arco emoldurado por friso de volutas. No alto das pilastras, existem representações de mochos, elementos heráldicos da família Távora.
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