Capela de Nossa Senhora da Lapa
Capela do séc. XVIII, barroca, com fachada principal em frontão contracurvado, com portal, janelas e óculo envolvidos por decoração vegetalista, de talhe algo geométrico.
A coroa aberta sobre o óculo corresponde ao mesmo motivo decorativo que encima a moldura dos janelos, ainda que sejam mais estilizados. A decoração vegetalista que ladeia o portal é um excelente trabalho de canteiro, imitando padrões de talha.
As cornijas das fachadas Norte e Sul revelam, entre os cunhais da fachada principal e a pilastra implantada no terço final dos seus paramentos, uma pequena diferença formal com a restante cornija que percorre estas fachadas, indiciando uma alteração da fachada anterior da capela, em momento desconhecido.
Numa ombreira da porta da sacristia, interessante caixa de esmolas, em madeira, pintada. A sacristia apresenta um lavatório de bom talhe, em arco pleno, concheado, sublinhado superiormente por cornija saliente, com torneira inscrita em motivo floral e pia circular, estriada.
Forte de São Francisco
(Forte de Nossa Senhora do Rosário)
Nos primórdios da nacionalidade foi fundado nos arredores da então vila de Chaves, o convento de S. João da Veiga pertencente à Ordem dos Templários, que depois se viriam a consagrar à Ordem da Soledade de São Francisco.
Em 1629, o Capítulo Provincial da Ordem da Soledade de São Francisco, determina procurar em Chaves local para novo convento, o local escolhido foi uma colina fronteira à vila denominado Alto da Pedisqueira.
Assim em 1635, é lançada a primeira pedra para a construção do convento, no local onde existia uma Capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, esta foi reconstruída e transformada em Igreja (de São Francisco). Para a sua construção muito contribuiu o préstimo do seu patrono, o 8º duque de Bragança, D. João IV de Portugal.
Por razões militares, e sensivelmente na mesma data, foi construído o forte de N.ª S.ª do Rosário, obra constituída por baluartes e ponte levadiça, que em toda a Guerra da Restauração constituiria excelente defesa da praça da vila de Chaves.
Foi também o cenário da vitória do General Silveira contra os franceses do exército de Soult em 1809.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo decreto de 22 de Março de 1936. Foi intervencionado a partir de 1957 para obras de conservação, consolidação, limpeza, desobstrução, reparação e reconstrução.
Em 1989 foi cedido, a titulo precário, à Câmara Municipal de Chaves . Na segunda metade da décade de 1970, as dependencias do forte serviram como alojamento prrovisório para familias retornadas das ex-colónias portuguesas na África.
Em 1994 o forte foi requafificado como uma unidade hoteleira, tendo sido o Hotel inogurado em 1997.
O forte apresenta planta simples no formato esttrtelado, com quatro baluartes nos vértices, no sistema Vauban. As muralhas, com espessura de um metro, varia entre quatro a vinte metros de altura e são revestidas em granito.
O principal acesso é feito pelo portão no lado Oeste, pelo lado Sul o acesso é feito por ponte levadiça sobre fosso, actualmente aterrado.
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