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Minas de Volfrâmio Traditional Geocache

Hidden : 2/15/2019
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Embora S. Miguel de Acha seja uma aldeia cuja principal actividade económica assenta no amanho da terra, tempos houve em que terá tido primordial importância na actividade mineira, como nos dá conta o Padre Ferreira nos interrogatórios de 1758.

De facto, até há menos de meio século atrás, laborou em pleno uma mina donde se extraía chumbo e estanho, no sítio denominado “Cabeço Onde Mataram os Homens” e onde trabalhavam muitos homens de S. Miguel e de aldeias vizinhas.

Da riqueza do subsolo desta aldeia dá-nos conta Carlos Ribeiro no seu livro publicado em 1859, que curiosamente intitula “Sobre as Minas de Chumbo de S. Miguel de Ache e Segura”, onde descreve os vários filões existentes, devidamente identificados até ao pormenor e dos nomes dos locais onde se encontram. Que se saiba funcionaram em pleno a mina a que já fizemos referência, outra no Muro de Marmeleiro e outra no Monte Pinheiro, junto à ribeira do Taveiró, todas elas há muito tempo desactivadas.

Contudo, nos anos trinta e quarenta do século passado, a febre do volfrâmio também atingiu S. Miguel de Acha com grande intensidade, levando a que famílias inteiras se dedicassem a revoltar a terra na zona da Serra do Oledo, principalmente nas encostas que dão para a Ribeira da Caniça, abandonando de todo os trabalhos agrícolas. Foram anos em que abundava o dinheiro e que permitiu que os que tiveram mais sorte constituíssem pés-de-meia com que compraram casinha própria e terras. Muitas raparigas compraram os seus cordões de ouro e os seus enxovais de casamento, graças ao dinheiro conseguido com a venda do minério. Foram alguns anos de desafogo financeiro que permitiu a sobrevivência da nossa população em tempo de guerra e de racionamento de bens alimentares.

Mas não se pense que procurar e extrair minério da terra fosse tarefa fácil. Pelo contrário, tratava-se duma actividade clandestina feita às escondidas das autoridades policiais e à revelia da autorização dos proprietários das terras onde havia minério. Muitos homens e mulheres foram presos e encarcerados na prisão de Idanha-a-Nova. As multas ultrapassavam na maioria dos casos os proventos até aí conseguidos, pelo que houve muitos que passaram meses e meses encarcerados.

Todos os dias pela manhã os “mineiros” se deslocavam para os locais onde sabiam existir minério e do alto dos cabeços espiavam a guarda ou aguardavam notícias doutros companheiros do sítio onde eles estavam, para então a medo, e o mais rapidamente possível, extraírem o minério que pudessem. Os que participaram nesta labuta contam-nos histórias de debandadas em grandes correrias por montes e vales a fugirem da guarda, nem sempre com êxito, e muitas dessas vezes vendo apreendido o minério conseguido em vários dias. O comércio do mineral era também clandestino e disso se aproveitavam alguns, que o compravam a dez e o vendiam depois a trinta. No fim de contas o minério deu alguma relativa abundância aos que o retiravam da terra, mas muito mais àqueles que o negociavam.

Hoje o sitio onde estavam as minas foram tapadas para nao dar riscos de alguem se magoar. O local encontra-se vedado ao publico, porque ainda ha zonas que afundam.

Additional Hints (Decrypt)

fboerveb frpb. n pnpur anb rfgn ab zheb. Dhnydhre qhivqn yvtne 961044002

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)