Esta cache está incluída no Adventure Powertrail dos Cucos.
A recompensa é mesmo o local, desconhecido certamente à grande maioria da população, o mesmo só foi possível lá chegar à catanada, e o caminho poderá fechar-se muito rapidamente devido à vegetação.
Só é mesmo pena a poluição do rio Sisandro. No local irão achar um desafio que tanto pode ser de dificuldade 5 como de 1.5. Apenas de Verão é possível o acesso à cache devido ao nivel de caudal do rio, o qual pode tapar a passagem. Atenção ao terreno e divirtam-se!!!
Sobre as Termas dos Cucos
Épocas termais - As termas encontram-se encerradas sem data prevista para reabertura.
Indicações - Reumatismo, doenças da pele e da nutrição, tratamento da gota, artrite-reumática, linfantismo e doenças das senhoras, particularmente metro-anexites. As lamas empregam-se nas afecções do aparelho locomotor tendo por origem a gota, doenças metabólico-endócrinas, reumáticas e músculo-esqueléticas.
Tratamentos/ caracterização de utentes - Balneoterapia com banhos de lama, inalações e ingestão de água. Apesar das suas características e dos tratamentos com lamas próprias, caso único no actual panorama do termalismo entre nós, o número dos seus frequentadores, pelo menos depois da década de 30, nunca foi muito elevado.
Instalações/ património construído e ambiental - Inaugurado em 15 de Maio de 1893, o complexo termal dos Cucos, com traça do engenheiro António José Freire, por encomenda do proprietário José Gonçalves Dias Neiva. Mas em 1892 já o novo estabelecimento balnear se encontrava a trabalhar em fase experimental, que Lopes (1892) elogia e descreveu: “O seu primeiro pavimento – das piscinas – situado a 3,4m abaixo do nível do solo, consta de três salas: duas para banhos de lama, tendo um, quatro piscinas e outras três, ambas com as competentes tinas de lavagem; e a terceira com duas divisões, das quais uma tem cinco tinas e outras quatro, destinadas aos banhos de 3ª classe. Neste pavimento, e num plano superior, estão instaladas ainda duas tinas, salas de inalações, maquinismo e a casa de engarrafamento das águas minerais. Há, ainda, um salão de espera e a elegante buvete com duas torneiras para água, fria ou quente.
No rés-do-chão, 1,5m acima do solo, estão estabelecidas, em gabinetes elegantes e confortáveis, as tinas para banho de imersão, em número de doze, os duches vaginais, perenais e rectais, e as de hidroterapia, com todo os aparelhos aperfeiçoados conhecidos até hoje.”.
São sete as nascentes existentes no parque dos Cucos: a dos Cucos Novos e Cucos Novos Fria localizam-se sob o balneário; a dos Cucos Modernos, fornece a buvete; A das Lamas no fundo de um poço para captação de lamas; A dos Cucos Velhos e do Olival não utilizadas. A sétima nascente encontra-se à entrada do parque e era de uso popular para doenças de pele e estômago, denominada dos Coxos ou dos Coches (como é actualmente mais conhecida).
Actualmente todas as dependências do complexo termal se encontram encerradas: Balneário, capela, mina de lamas; buvete; restaurante e pensão. Aberto e para usufruto da população está o agradável parque termal.
O projecto que pretendia ser completamente inovador em serviços termais e de lazer, previa a construção do Balneário, Hotel, Casino, 40 moradias num parque termal que contava ainda com uma capela e mercado.
Em 1893 era inaugurado o estabelecimento termal, três anos depois foi a vez do Casino, segue-se lhe o Hotel, bem mais modesto do que o edifício programado de 300 quartos, das moradias projectadas concretizaram-se duas, construí-se também a capela e oficinas de preparo de lamas e de águas.
Ao fundo de uma alameda arborizada, que haveria de definir o eixo da vila termal encontra-se o balneário, com a sua fachada neo-clássica
Um dos grandes problemas destas termas era a poluição do rio Sizandro, fornecendo um ambiente carregado de cheiros nauseabundos provocados por esgotos domésticos e industriais. O perigo situa-se, principalmente, junto à mina de lamas termais, já que o muro de separação desta com o leito do rio está em deficiente estado de conservação, perdendo-se parte do recurso.
Em 1996 foi efectuado um novo furo de captação de águas termais, comprovativo de que as características hidromedicinais das águas se mantinham, projectava-se a construção de um novo balneário, destinando as instalações existentes para outros fins: “…já sabemos que temos água suficiente e de qualidade para expandir o negócio”, dizia Hélder Pinto Santos, administrador da sociedade formada por herdeiros da Família Neiva, ao repórter do JN em 1 de Agosto de 1999, justificando a razão porque não abriam as termas nesse ano, mas não voltaram a abrir até ao presente (2012), nem foi iniciada nenhuma obra dentro da propriedade.
Entretanto o rio Sizandro foi objecto de grandes obras de regulamentação das suas margens e tratamento de afluentes.
Embora as termas não tenham data prevista de reabertura, o seu parque continua a ser local eleito para passeios e lazer dos habitantes da região.
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