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Fonte da Mina [Esgueira] Traditional Geocache

This cache has been archived.

Zitos: Vamos arquivar esta cache, para que ela possa ficar Virtual!

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Hidden : 3/2/2010
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

FTF - goncalves.f.a, liemes, cuby_
STF - sdrazy
TTF - cucureal, cucufeup, liliana

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A cache não está na fonte!

 

Imagem 01 - Fonte da Mina, Foto de Artur Lobo.

 

Imagem 02 - Fonte da Mina, Foto de Artur Lobo.

Imagem 03 - Fonte da Mina, foto de JuLopes.

 

Esgueira

A história de Esgueira remonta a tempos antigos, embora o documento onde aparece pela primeira vez o seu nome date do ano de 1050. A sua situação geográfica, junto da linha de maré, permitiu-lhe até ao século XVII a exploração de marinhas de sal com um comércio ativo e uma intensa vida marítima durante séculos, tendo sido elevada a cabeça de comarca com jurisdição sobre 31 vilas e 10 concelhos. Recebeu foral do Conde D. Henrique em 1110. Mas foi D. Sancho I que em outubro de 1210 lhe definiu o senhorio por testamento à sua filha D. Teresa. Em 8 de junho de 1515, foi dado Foral à vila de Esgueira por D. Manuel I. Entre 1528 e 1836, Esgueira foi concelho, constituído pelas freguesias de Esgueira, Cacia, Nariz e Palhaça. Tinha em 1801, 4.426 habitantes. Com a elevação de Aveiro a cidade e a sua passagem à categoria de terra da Coroa, após o confisco aos duques implicados no atentado contra D. José I, desapareceram os antigos privilégios do ducado, podendo Aveiro ser cabeça de comarca e transferindo-se então a hegemonia de Esgueira para aquela cidade. O decreto de 6 de novembro de 1836, extinguindo o concelho e anexando Esgueira a Aveiro na qualidade de simples freguesia. Hoje, a freguesia de Esgueira é uma das maiores e a mais populosa do concelho de Aveiro. Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esgueira.
 

Fonte da Mina

Sabe-se muito pouco sobre esta fonte, mas de facto é fenomenal e tem um miradouro para uma paisagem fantástica das salinas, sua ria e para a A 25. Esta fonte foi estruturada em aparatoso conjunto de muretes, com uma abertura de recorte lanceolado protegido por uma artística grade de ferro tipo “arte nova”. Apresenta uma carranca e um tanque em semicírculo. É um trabalho original seiscentista com acrescentos posteriores. 
 

Podem ver um vídeo da Fonte da Mina em:https://www.youtube.com/watch?v=qusBgPydDjk.
 

Antes de 2015, o Geocacher Cache-a-lot deu-nos um contributo para a referência histórica desta fonte. Aqui fica o nosso obrigada e o que ele comunicou:

"Segundo me foi dito por um colega, que por ali cresceu, a mina era passível de ser percorrida por crianças. Em miúdo entravam ali e iam sair perto da ponte sobre o caminho-de-ferro do ramal do canal de S.Roque. Ainda hoje se consegue ver ali perto os carris desse ramal, e a ponte também é visível muito perto do famoso "viaduto da vergonha"."

Em outubro de 2020 recebemos a seguinte mensagem de uma geocacher, à qual ficámos agradecidos pela seguinte informação:
"Na fonte da Mina, em Esgueira, há segredos que poucos sabem. Quando o meu avô era adolescente, a grade que colocaram para ninguém la entrar não existia, então ele entrou lá. Por dentro, é como se fosse realmente uma mina, tem mesas e quartos feitos em pedra. Nesse lugar ficavam escondidos os mouros que antigamente aí residiam, escondidos. A entrada é nessa fonte e uma das saídas é na capela de São Roque, por um alçapão que lá existe."

Resolvemos então ir estudar o assunto 😊

Excerto retirado de “A Mina”, de José Figueiredo da Silva, in Litoral, 4 de Junho de 1976 – Ano XXII, nº 1112:

Tradição acerca da Mina: “Há muitos anos, (…) os mouros que estão por aqui (…) construíram essa galeria subterrânea, que servia de esconderijo e base de apoio às suas actividades. (…) Era uma galeria enorme, com várias salas, umas inundadas, outras com uma atmosfera rarefeita, - falta de ar – diziam os corajosos que lá chegavam e imediatamente voltavam para trás. Uma destas salas tinha bancos e uma mês, tudo de pedra; lá estava também um cozinheiro.”.

Ligada a essa ideia de que a Mina era uma obra dos Mouros e de que era “encantada”, surge posteriormente a ideia de “local de passagem e encontro que ligava vários conventos.”.

Diz-se que “Das Agras do Norte ia até às Barrocas, tendo uma saída através de uma escadaria que levava à sacristia da capela que aí existe”. Hoje em dia de nome Capela de Nossa Senhora das Febres, antiga Capela de São Roque.

Os primeiros 15 metros passámos sem grande dificuldade, continuando o tecto sempre à mesma altura: a partir daí, a abertura tornou-se muito menos penetrável por estar alagada nuns pontos e noutros devido ao abatimento do terreno, por ser muito apertado; mesmo assim lá conseguimos sair no corte que a galeria sofreu, na década de 1930 aquando do rompimento da linha de caminho de ferro de via estreita, que ia ao canal de S. Roque. Da bica até este ponto percorremos cerca de 30 metros, sem nada termos notado de especial. Continua a galeria do outro lado da linha, correndo praticamente paralela a esta, emantendo as mesmas características cerca de vinte metros. Começa então a diminuir de altura progressivamente, não por abaixamento do tecto, mas por subida do nível do chão, até que este toca o tecto cerca de 10 metros mais adiante. (…) Ao fim de quatro tardes de trabalho, e depois de termos cavado para dentro cerca de 2 metros, lá conseguimos ver o tecto da mina.”

Após o estudo efetuado concluiu-se que: “A mina das Agras do Norte é uma galeria com cerca de 60 metros de comprimentos, 1,3 de altura, e 0,6m de largura, constituída por dois muros de pedras seguras de argamassa e por uma abóbada assente sobre estes, feita de tijolos maciços de 10 centímetros de largura por 20cm de comprimento e 2 cm de espessura; serve para prospeção de água que alimentava a fonte que ali existe; o estilo da fonte aponta para a possibilidade de ter sido construída no séc. XVIII. ”.

Imagem 04 - Fonte da Mina.

Esclarecido que aquela mina não passava dali, procuraram saber porque dizia a lenda que a mina tinha uma saída nas Barrocas “precisando, mesmo, que esta saída se vê na sacristia da capela do mesmo nome, não se podendo entrar por a mesma estra selada. (…) encontrámos na sacristia, atrás da parede em que está o labavo, um suporte de um reservatório de água, que, pelo seu aspecto, faz lembrar a mina: é constituído por dois muros, encimados por uma ogiva feita de tijolos semelhantes aos da mina. O conjunto tem cerca de 1 metro de comprimento por 0,9m de altura por 0,6m de largura: o interior, por não estar ladrilhado, dá aspecto de ser uma entrada para a mina. (…) tirámos o entulho que lá se encontrava até atingirmos terra intacta, cerca de meio metro abaixo.”

Conclusão: “Nunca teria (…) existido ali nenhuma entrada para a Mina. Teriam sim, deixado por ladrilhar o interior do suporte par poder vazar a água utilizada no lavabo da sacristia, e que provinha do reservatório que se encontra sobre o dito suporte.”

Imagem 05 - Capela de Nossa Senhora das Febres, antiga Capela de São Roque, foto da Google em 2019.

A CACHE:

A cache não tem material de escrita e não permite troca de objetos. Boas cachadas! Espero que gostem do container.

Atenção:

Ao recolocarem a cache no local, deixem-na tal e qual como estava! Só assim asseguramos a durabilidade desta.

A cache não está na fonte!

Original owners: HuFa (02/03/2010)

Actual owners: Zitos (since 10/04/2015)

Additional Hints (Decrypt)

Abf gvwbybf. Znagraun-fr whagb nb zheb. Va gur oevpxf. Tb nybat gur jnyy.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)