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EUR/EC4 - As Lagoas de Albufeira EarthCache

Hidden : 8/28/2017
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:

Tudo o que é raro e belo deve ser cuidado


Para responder às perguntas é conveniente dar uma volta às lagoas... é um passeio bem agradável
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A laguna ou Lagoa de Albufeira situa-se na orla ocidental da Península de Setúbal, no arco litoral Caparica -Espichel, cerca de 20km a sul de Lisboa. Ocupa uma superfície de 1,3km2 e apresenta uma geometria alongada, com o eixo maior oblíquo relativamente à linha de costa, orientado Sudoeste-Nordeste. É formada por dois corpos lagunares principais ligados por um canal estreito, sinuoso e pouco profundo: a Lagoa Pequena, mais interior e menos profunda e a Lagoa Grande, com profundidades máximas de cerca de 15m, constituída por dois segmentos elípticos, definidos por cúspides arenosas marginais (Figura 1). N 0 1 km 



Figura 1 – Laguna/Lagoa de Albufeira (extracto da Carta Militar nº. 453, escala original: 1/25.000). 

A laguna/lagoa está separada do oceano por uma barreira, contínua ao longo de 1200m, ancorada por ambas as extremidades a um litoral de arribas talhadas em terrenos plio-quaternários. 
A barreira é formada por areias grosseiras, remobilizadas e transportadas em permanência pelas ondas do mar. No extremo norte deste cordão estabeleceu-se uma duna frontal embrionária, colonizada por vegetação pioneira.

A lagoa que está localizada na costa ocidental, próximo do canal de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar. Está sujeita a ventos dos quadrantes norte e oeste e, como tal, apresenta boa ondulação durante muitos dias por ano. 

A laguna ocupa a região vestibular da Ribeira da Apostiça, seu afluente principal. As restantes linhas de água são de menores dimensões e afluem exclusivamente à margem esquerda. A bacia hidrográfica drenante estende-se por 106km2 , em formações de natureza litológica diversa que, cronologicamente, se situam entre o Jurássico e o Quaternário. 

Com o intuito de melhorar a qualidade do corpo aquoso e controlar a eutrofização, é aberta periodicamente por meios mecânicos uma barra de maré que fecha naturalmente algum tempo depois.


A Lagoa Pequena é ainda classificada como zona húmida de importância internacional incluída na Lista da Convenção de Ramsar (Decreto-lei n.º 101/80, de 9 de outubro). A ocorrência de xistos e calhaus de basalto e de sílex com origem na zona de Lisboa, nesta região da Península de Setúbal, sustentam a teoria de que a foz do Rio Tejo anteriormente não saia em Lisboa, mas mais a sul, provavelmente nas proximidades da Lagoa de Albufeira.
É a Câmara Municipal de Sesimbra que tem tomado a direcção dos trabalhos de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar , fá-lo de modo a que , mantendo a tradição, se abra a Lagoa na Sexta-feira Santa e no Equinócio da Primavera. Esta operação, fundamental para assegurar a qualidade das águas interiores e da biodiversidade local, implica atualmente a abertura de um canal com cerca de 20 metros de largura, feito com recurso a maquinaria pesada, devido ao assoreamento da chamada “boca” da Lagoa, que se agrava de ano para ano. 
A Lagoa de Albufeira formou-se há cerca de 5000 anos, pois foi nessa altura que se formou uma restinga que a individualizou do Oceano Atlântico.
É formada por duas estruturas lagunares: A Lagoa Pequena e a Lagoa Grande A meteorização e erosão das rochas da Península de Setúbal e posterior transporte pela Ribeira da Apostiça e outras linhas de água, da margem esquerda da Lagoa de Albufeira, fazem com que os sedimentos sejam depositados na Lagoa, contribuindo para o seu assoreamento.
A acção antrópica, como a desflorestação e a reabertura da barra de maré, contribuem para o aumento da taxa de sedimentação local.
Da Geologia do Ambiente Lagunar de Albufeira destacamos a qualidade da água, os sedimentos de fundo, a dinâmica do canal de maré, a influência do canal de maré, e a evolução da região nos últimos 10 000 anos com a subida do nível do mar e por último a evolução futura da Lagoa de Albufeira.
A Lagoa da Albufeira encontra-se num sistema dunar, no seguimento da arriba fóssil da Costa da Caparica. Tem uma área aproximada de 155 hectares, apresentando uma forma alongada e sendo constituída por duas áreas lagunares denominadas por Lagoa Grande e Lagoa Pequena. Está classificada como Zona de Proteção Especial (Diretiva Aves 79/409/CEE e Decreto-lei n.º 384-B/99, de 23 de setembro) e como Sítio (Fernão Ferro/Lagoa de Albufeira) incluído na Lista Nacional de Sítios – Rede Natura 2000 (Diretiva Habitats 92/43/CEE e Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00, de 5 de julho). 

Esta intervenção antrópica (que começou pelo menos no século XV), consiste em remover areia do lado interno da barreira e abrir depois uma estreita ligação ao mar; o forte fluxo de descarga, que se gera em baixa-mar devido ao desnível existente entre as cotas dos planos de água lagunar e oceânico, rasga um canal amplo e profundo através do cordão arenoso. 
Devido ao tipo de agitação marítima local, existe um fluxo de areias ao longo da praia, dirigido preferencialmente para sul, que é responsável pela reconstrução da barreira quando nela se abre a barra de maré. 
Esta reconstrução faz-se por acreção na margem norte e erosão na margem sul do canal de maré, o qual meandriza, perde eficiência hidráulica e finalmente é colmatado. A barra tem, pois, um carácter divagante, e funciona durante um período variável, de semanas a meses. Enquanto a barra se mantém aberta, a maré oceânica propaga-se no interior da laguna, transportando areias a favor da enchente, que se depositam nas vizinhanças da boca da barra sob a forma de leques sedimentares. Os sucessivos episódios de abertura/fecho da barra e a meandrização dos canais promovem a multiplicação, justaposição ou erosão destes leques, produzindo a longo prazo uma morfologia complexa da margem interna da barreira, variável no tempo.
A água lagunar tem características sazonais que reflectem a dualidade barra aberta/barra fechada. A abertura da barra promove a renovação completa da água no interior da laguna que adquire temporariamente características fisicoquímicas idênticas às da água oceânica. A coluna de água torna-se homogénea, oxigenada e límpida, com salinidade da ordem de 3,5% (Freitas, 1995). 
Em situação de barra fechada, os aportes de água doce aumentam a profundidade do corpo aquoso e, devido a diferenças de densidade, gera-se uma coluna de água estratificada, com acumulação de água salgada nas zonas mais profundas e salobra ou doce à superfície (Figura 14A). 
O oxigénio dissolvido nas camadas mais profundas é rapidamente consumido, gerando-se anoxia junto ao fundo. Os sedimentos de fundo apresentam uma distribuição marcadamente concêntrica, em que as areias ocupam a faixa periférica e as vasas a área central, mais profunda. 
Esta organização reflecte o baixo hidrodinamismo do corpo lagunar e a diversidade das fontes sedimentares, marinha e continental. Os sedimentos provenientes do continente perdem os componentes mais grosseiros (areia e cascalho, transportados junto ao fundo) na periferia do espelho de água, originando pequenas praias lagunares ou deltas fluviais; os componentes mais finos (siltes e argilas, transportados em suspensão) alcançam as regiões mais internas da bacia lagunar (Fig. 14 B). 
Os sedimentos de origem marinha concentram-se preferencialmente no terço poente do corpo lagunar, em estreita associação física e funcional com a barreira e barra de maré. 
Os sedimentos de fundo são de natureza essencialmente minerogénica, incorporando quantidades variáveis de matéria orgânica e bioclastos. 
A laguna de Albufeira, tal como a conhecemos hoje, representa uma das etapas evolutivas do troço costeiro em que se integra, nos últimos milhares de anos, em resposta às variações ambientais que se fizeram e continuam a fazer sentir.


Há cerca de 10.000 anos o nível médio do mar localizava-se cerca de 20m abaixo do actual. Nessa altura a laguna ainda não se teria formado e em seu lugar existia um vale profundo, escavado no substrato que desembocava a mais de 1km de distância do litoral actual (Fig. 3A). 
No período de 10.000 a 6.000 BP o nível do mar elevou-se rapidamente até perto da cota actual, invadindo a superfície previamente modelada pela rede hidrográfica, formando um litoral de rias (Fig. 3B). 
Cerca de 5.000 BP ocorreu uma desaceleração brusca da taxa de elevação do nível do mar que possibilitou a diferenciação e acumulação de uma restinga arenosa e definiu o ambiente lagunar (Fig. 3C)
Desde 5.000 BP até ao presente, a descarga sólida fluvial preencheu os vales que hoje se encontram afogados em sedimento e com fundo plano. O corpo lagunar reduziu a sua extensão e profundidade (Fig. 3D). 
A evolução futura da Lagoa de Albufeira será certamente dominada pelos processos de assoreamento que se traduzem pela agradação vertical do fundo do corpo lagunar e pela redução da sua superfície molhada. Os condicionantes desta evolução são de natureza global (elevação do nível médio do mar associada ao efeito de estufa) e de âmbito local, com relevância especial para os de origem antrópica. Dos últimos, destacam-se a intervenção agrícola, a desflorestação, a ocupação urbana da margem terrestre e a (re)abertura frequente da barreira. Colectivamente, estas actividades potenciam a erosão dos solos e a captura de areias do litoral exterior, aumentando a taxa de sedimentação local. 
1- 
Que futuro para a Lagoa de Albufeira se não tiver intervenção humana?
a. Desaparecimento
b. Aumento do Tamanho
2- 
Em que consiste a intervenção Antrópica nas Lagoas?
3- 
Entre que épocas geológicas  se pensa que as lagoas foram formadas?
a) Triássico e o Quaternário
b) Jurássico e o Ordovícico
c) Jurássico e o Quaternário
d) Ordovícico e o Quaternário
4- 
Quando e quantas vezes por ano é aberta ao mar a Lagoa?
5-
Os  sedimentos  à beira da lagoa pequena tem granulometria igual ou diferente dos da Lagoa Grande?
6-
Na glanunometria dos sedimentos os da Lagoa Grande são iguais ou diferentes dos que encontramos na praia adjacente?

7- Qual o comprimento do canal que liga as duas lagoas?
a) Menos de 200 metros
b)Entre 210 metros e 240 metros
c)Entre 250 metros e 275 metros
d) Entre 281 metros e 300 metros
e) Entre 310 metros e 350 metros
f) Entre 351 metros e 380 metros
g) mais de 390 metros


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