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O Forte de Santa Luzia
foi assim denominado, por ter sido construído num outeiro com
o mesmo nome. No ano de 1641, El Rei D. João IV decidiu que se
construísse uma fortificação frente à cidade de Elvas, visando
defender a cidade contra as investidas dos Espanhóis que
invariavelmente iriam ocorrer na tentativa de reconquistar a
coroa Portuguesa. O local escolhido foi o outeiro de Santa
Luzia por, daí se dominar toda a campanha, evitando assim que
as forças inimigas ali se instalassem e fustigassem a cidade a
fogo de artilharia. Foi seu principal arquitecto um jesuíta de
nome Cosmander.
Construído em 1644-48, cobria, a Sul, a zona mais vulnerável
de Elvas. Forma um quadrado de 150m de lado e é constituído por uma
série de baluartes, revelins, coroas e outras obras militares e é
protegido por três linhas de fossos, alguns abertos na rocha.
Ao centro, no reduto principal, ergue-se a Casa do
Governador, edifício sob a qual se encontra a capela de Santa
Luzia.
O Forte de Santa Luzia é uma peça notável e sobrevivente de
um conjunto mais vasto em que se incluem os fortins de S. Mamede,
de S. Pedro, da Piedade e de S. Francisco e que tiveram a
oportunidade de demonstrar a sua eficácia defensiva durante a
famosa batalha das «Linhas de Elvas», em que resistiram com êxito,
ao cerco que, de 22 de Outubro de 1658 a 14 de Janeiro de 1659,
lhes foi imposto por um numeroso exército sitiante comandado por D.
Luís de Haro.
No ano de 2000, a Câmara Municipal de Elvas decide, em
parceria com o Estado-Maior do Exército Português, ali instalar o
actual Museu Militar de Elvas.
A cache (que está no exterior do Forte),
pretende levá-lo a visitar este monumento que, desempenhou um
importante papel na história de Portugal. |