Em busca do vale encantado I [Senhora da
Carvalha]
“Chego a uma
terra, portuguesa ou estrangeira, e a primeira coisa que faço é
visitar os monumentos religiosos... mas o espírito, para mim, está
menos na divindade que mora nesses santuários visitados, do que na
arquitectura, na escultura e na pintura que neles possa admirar. O
sopro da eternidade vem-me do temporal.”
Miguel Torga, Diário, Foz Côa, 31 de Outubro de 1959
Esta cache vai leva-los a ver
mais um magnifico recanto de Portugal… A Capela de Nossa Senhora
da Carvalha, do século XVII, transformada em Ermida e Padroeira
da freguesia. Este santuário está situado na freguesia de Freixo de
Numão.
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Freixo de Numão é a
entrada para quem vem do coração do Douro, pela Régua, Pinhão
e S. João da Pesqueira (N222) ou subiu de Viseu até Penedono
(pelas N 229 e N 331, em direcção à Meda) é uma vila única na
paisagem regional, pois o conjunto do seu património está a
ser cuidadosamente estudado, conservado e musealizado, com a
participação das populações. Ela oferece, na leitura da
paisagem, todas as páginas da história e da arqueologia, a
terra de xisto e de granito, o branco rosa das amendoeiras,
verdes olivais e os vinhedos da Terra Quente, lonjuras a
perder de vista. |
A ocupação
deste território remonta à Idade do Ferro, primeiro milénio antes
de Cristo, e onde as marcas indeléveis continuam por esse tempo
fora. Mas foram os romanos que mais vincaram e testemunharam a
importância da localidade. Os testemunhos edificados nos sítios do
Prazo e do Rumansil assim o atestam. Mas foi em 1372 que Freixo de
Numão obtém a categoria de vila. Em inícios do séc. XVI Freixo de
Numão era a terra mais populosa da região. A fixação de famílias
judaicas vindas da Espanha recém-unificada, pela acção dos Reis
Católicos (Fernando e Isabel), para isso contribuiu consolidando,
deste modo, um território cada vez mais importante do ponto de
vista estratégico. O florescimento de Freixo de Numão acentua-se
entre os séculos XVII e XVIII tendo-se construído casas apalaçadas,
a casa da Câmara e o Pelourinho. Contudo, em 1835 o concelho é
extinto e integrado no de Vila Nova de Foz
Côa.
Do
património edificado destaca-se a Casa Grande (palácio barroco de
meados do século XVIII com uma capela estilo rocócó), a ex-Domuz
Municipalis (um edifício Barroco da segunda metade do século XVIII
que até 1854 serviu de Casa da Câmara), a Igreja Matriz (fundada
sobre ruínas de um templo pagão) e que mantém o busto de S. Pedro
em pedra com um interior onde pontificam altares de talha barroca.
As ruínas do Prazo, castelo velho e estrada romana são os mais
importantes, estando no entanto salpicada de vários locais
arqueológicos a não perder.
(Conteúdo
original: Pin
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balão)
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