O objectivo desta cache é dar-vos a conhecer a nossa terra, Samora Correia. Para além do seu cunho de hoje tipicamente Ribatejano, existiu um passado e uma evolução que, inédita para alguns, sabe sempre bem recordar para quem conhece um pouco da sua história.
História
A Vila de Samora Correia tem existência documentada dos meados do século XIII.
Pequena embora, por circunstâncias de isolamento, pois situava-se na margem esquerda do estuário do Rio Tejo, com uma largura de 8 km, onde apareciam umas 5 ilhotas. A árida charneca naquela época, sem os recursos actuais, não favorecia a fixação humana, servindo de coutos e paraíso para as caçadas dos nobres.
A Grande Lezíria formou-se aos poucos, no século passado, graças aos valados levantados e à regularização dos esteiros. Sem vias de comunicação, as próprias estradas de terra batida eram cortadas pelas cheias regulares. Assim, só teve grande desenvolvimento após a construção da Ponte em Vila Franca de Xira e das estradas para o resto do país, beneficiando da proximidade de Lisboa e do cruzamento de estradas. Freguesia predominantemente rural, até aos anos 60, sofreu rápido incremento nos últimos anos com a construção destas infra-estruturas de acesso.
Este facto, por si só, veio facilitar as ligações para o sul do país, fazendo sobressair o importante eixo que constitui a Estrada Nacional nº 10 com o nó rodoviário do Porto Alto e veio também alterar a tendência exclusiva de instalação de indústrias na linha Lisboa-Santarém, particularmente a partir da década de 90.
A Igreja da Misericórdia; a Capela de Santo Isidro; a Fonte do Concelho; a Fonte dos Escudeiros; o Palácio do Infantado; as Ruínas do Fortim de Belmonte e ainda a Reserva Natural do Estuário do Tejo, são património edificado que pela sua antiguidade e valor arquitectónico, importa considerar.
As suas condições naturais, de solos planos e fáceis de trabalhar, a sua posição geoestratégica, a saturação da Grande Lisboa e do eixo industrial Sacavém / Carregado e as novas acessibilidades que a transformam numa placa giratória de acesso ao sul e norte do país, potenciam o seu desenvolvimento, prevendo-se a curto/médio prazo que Samora Correia se torne num grande centro urbano e económico.
Acontecimentos mais marcantes
Em 1300 aparece pela primeira vez o topónimo de “Correia” unido ao de “Çamora”. A única explicação plausível é que os samorenses, reconhecidos ao seu fundador, D. Paio Peres Correia, quiseram homenageá-lo acrescentando o seu nome de família, tanto mais que no selo do Concelho aparecem as correias do escudo de armas.
Em 1837, a 13 de Maio, houve uma revolta contra o governo setembrista presidido porBernardo de Sá Nogueira de Figueiredo. As forças, que eram constituídas essencialmente por veteranos do exército Miguelista, concentraram-se, de 13 para 14 de Maio, no lugar das Marnotas, perto de Loures e a cerca de 10 km a norte de Lisboa, depois dirigiram-se para o Ribatejo, atravessaram o Tejo em Muge,concelho de Salvaterra de Magos. Entraram a 15 em Samora Correia onde aclamaram D. Miguel I como rei de Portugal. A revolta foi rapidamente sufocada, já que os revoltosos, ao verem aproximar-se o exército governamental, debandaram. Mesmo assim, o governo pouco tempo mais sobreviveu, já que a 2 de Junho um novo ministério, presidido por António Dias de Oliveira, era empossado. Feitos prisioneiros e acusados de alta traição, 16 dos intervenientes foram condenados à morte em 1839, mas a acabaram por ser amnistiados em 1840. Mas o perdão não chegou a tempo para o Remexido que acabou executado.
Em 1909, um violento terramoto arrasa grande parte da vila composta de casas construídas de taipa e adobo.
Já em 1975, o Palácio do Infantado arde perdendo-se todo o seu interior.
Fontes: Wikipedia e Projecto de Lei nº 315/IX
A cache
Esta multi-cache está divida em 3 pontos, sendo que se deverão deslocar aos dois primeiros a fim de conseguir as coordenadas do ponto final. O ponto inicial dista cerca de 640 metros do ponto final, pelo que aconselhamos que deixem o carro neste ponto e que disfrutem calmamente dum pequeno passeio pedestre.
Ponto 1 (N 38º 56,320 W 8º 52,197):
No ponto 1, deverão verificar os anos de nascimento e da morte de João Fernandes Pratas, um benemérito professor que apesar de tetraplégico, ensinava deitado na cama e com a ajuda de espelhos. Tenham cuidado para não confundir as datas solicitadas com outras.
Vamos usar o sistema de “noves-fora” sobre os anos, permitindo ter um numero simples de cada.
Assim,
Ano de Nascimento/noves fora = A
Ano de Falecimento/noves fora = B
Ponto 2 (N 38º 56,252 W 8º 52,296):
No ponto 2, deverão da mesma forma encontrar os anos correspondentes à vida de D. Paio Peres Correia, fundandor da vila de Samora Correia.
Também neste caso teremos de fazer o “nove-noves-fora-nada” sobre as datas, para achar mais um número simples de cada.
Ano de Nascimento/noves fora = C
Ano de Falecimento/noves fora = D
Na igreja Matriz, deverão achar o ano em que a imagem de Nª Srª de Fátima entrou nesta igreja. A prova dos “nove-noves-fora-nada” dará o último valor necessário.
Ano da entrada da imagem/noves fora = E
Cache final:
N (E+B)Aº (B+C)D, B(A-B)(D-C-E)
W Aº (D-B)E, (C+E-B)(A+B)B
Para quem não se lembra como funciona a prova dos noves-fora é bastante simples, basta apenas somar os números até que fique apenas um algarismo. Exemplos:
12 = 1+2 = 3
134 = 1+3+4 = 8
1970 = 1+9+7+0 = 17 = 1+7 = 8
25483 = 2+5+4+8+3 = 22 = 2+2 = 4
A cache final está a cerca de 460 metros do ponto intermédio. O local final é bastante exposto, pelo que pedimos que tenham a necessária paciência e a habitual discrição na procura da mesma.
Aconselhamos que desçam e desfrutem do passeio junto ao rio e... bem vindos a Samora!