| É uma das ribeiras em melhor estado de conservação da bacia hidrográfica do Guadiana. No Inverno as suas águas correm revoltas envoltas em lamas e sedimentos abrindo caminho entre o vale, arrastando consigo vegetação seca e velha, para rejuvenescer na primavera com águas límpidas e frescas. Com a chegada do tempo quente, a água vai correndo em fio até se reduzir a pegos, onde a ictiofauna resiste a grandes temperaturas e baixos teores de oxigénio.
Estas condições de stress, existentes desde sempre, são responsáveis pela diversidade presente no Guadiana. O prolongado isolamento das espécies levou à sua especiação, entre as 8 espécies nativas existentes na bacia hidrográfica, incluindo a parte espanhola, duas são endémicas da bacia e sete são endemismos ibéricos.
No Parque Natural do Vale do Guadiana, estão referenciadas 24 espécies das quais 5 são migratórias, 11 são espécies nativas e 8 introduzidas. Esta diversidade encontra-se actualmente ameaçada por diversos factores; entre os mais importantes contam-se a poluição e fragmentação de habitat.
Dos répteis e anfíbios existentes na área do parque podem referir-se o sapo-parteiro-ibérico ( Alytes cisternasii) e tritão -de-ventre-laranja ( Triturus boscai), para além da rara cobra-de-pernas-pentadáctila ( Chalcides bedriagai) e da venenosa víbora-cornuda ( Vipera latasti). O vale do Guadiana é um importante corredor para as aves migratórias. Aqui existem importantes concentrações de águia-de-Bonelli (Hieraaetus fasciatus), abutre-do-egipto ( Neophron percnopterus) e bufo-real (Bubo bubo), para além das cegonha-branca (Ciconia ciconia) e das raras e esquivas cegonha-preta (Ciconia nigra">).
A ribeira do Vascão é uma zona rica que merece uma atenção especial dos peritos da conservação da natureza. Aqui encontra-se um dos últimos redutos do saramugo ( Anaecypris hispânica), peixe típico do Guadiana e que pode estar prestes a desaparecer, devido ao surgimento de espécies como o achigã ( Micropterus Salmoides), muito voraz e reprodutor. Podem ainda aqui ser observadas lontras (Lutra lutra).
|
|
This is one of the streams in a better state of preservation of the Guadiana river basin. In winter its waters are surrounded revolts in sludge and sediment paving way between the valley, dragging dry and old vegetation, to rejuvenate in the spring with clear and fresh waters. With the arrival of the hot time, the water will be running wire to reduced deep areas where ichthyofauna resist the great temperatures and low levels of oxygen.
These stress conditions, always available, are responsible for the diversity present in the Guadiana. T he prolonged isolation of the species led to its speciation, among 8 native species in the basin, including the Spanish, two of them are endemic of the basin and seven are Iberian endemicity.
In Parque Natural do Vale do Guadiana (Nature Park of Guadiana Valley), 24 of species are listed of which 5 are migratory, and 11 are native species and 8 introduced. This diversity is now threatened by several factors; among the most important are the pollution and habitat fragmentation.
Reptiles and amphibians in the area of the park can refer to the Iberian Midwife toad (Alytes cisternasii) and Bosca's newt (Triturus boscai), besides the rare Bedriaga's Skink ( Chalcides bedriagai) and poisonous Lataste’s viper ( Vipera latasti). The valley of the Guadiana is a major corridor for migratory birds. Here are major concentrations of Bonelli's Eagle (Hieraaëtus fasciatus), Egyptian Vulture (Neophron percnopterus) and Eurasian Eagle Owl (Bubo bubo), in addition to the White Stork (Ciconia ciconia) and rare Black Stork (Ciconia nigra).
The Vascão river, is a rich area which deserves special attention of the experts of nature conservation. Here is one of the last strongholds of ray-finned (Anaecypris hispânica), fish typical of the Guadiana, which may be about to disappear, due to the emergence of species such as Largemouth bass ( Micropterus Salmoides), very greedy and player. They can also be observed here otters (Lutra lutra).
|