Capitólio
[e os
teatros que fizeram do Parque Mayer a "capital da
revista"]
Obra do Arq.º Luís
Cristino da Silva, e inaugurada em 1931, este Teatro é considerado
por muitos como a primeira obra modernista da arquitectura
portuguesa.
De planta rectangular,
desenvolvendo-se longitudinalmente, apresenta volumetria
paralelepipédica, com cobertura em telhado a duas águas. A ligação
do edifício ao exterior era efectuada por grandes portas
envidraçadas, que abriam em bandas horizontais. Partindo do
edifício central, verificam-se dois corpos adossados de menores
dimensões, mas igualmente paralelepipédicos, que servem de suporte
a um terraço, ao qual se tinha acesso por meio de tapetes rolantes,
novidade absoluta na época. As fachadas eram definidas por um jogo
austero de linhas verticais e horizontais, caracterizando-se o seu
alçado principal pela presença de uma pala horizontal saliente e de
um pano envidraçado. Quanto aos alçados laterais, eles pautam-se
pela existência de cinco níveis, com entradas de luz
horizontais.
Em 1933, o mesmo
arquitecto procede a alterações, tendo-se procedido ao entaipamento
das referidas portas de vidro.
Texto retirado de
“IPPAR”
Parque
Mayer
O Parque Mayer foi
inaugurado em 15/06/1922, substituindo e incorporando a função
lúdica da Feira de Agosto (criada em 1908, na Rotunda), uma das
últimas «feiras típicas» da capital, com petiscos, comércio e
diversões.
Inicialmente
apresentou-se em instalações precárias de madeira («barracas»), mas
situava-se numa zona mais central e
frequentada.
Nos primeiros anos o
recinto designou-se por Avenida Parque, mas o nome antigo acabaria
por impor-se
correntemente.
Com o tempo
transformar-se-ia num moderno e popular recinto de diversões ao ar
livre, pretendendo emular o que se fazia em Paris (Luna-Park,
Magic-City), Madrid (Retiro), Barcelona (Grande Parque), Sevilha,
etc.
Mais tarde esta
componente seria ampliada e aperfeiçoada pela Feira Popular de
Lisboa (1943).
Entre as diversões que
passaram no Parque Mayer destacam-se as «barracas de tiros», os
bailes (de fim-de-semana, ou do Carnaval), os circos Royal, El
Dorado e Luftman, as «barracas» do «Pôrto em Lisboa» (miniatura
animada da Ribeira) ou de «fenómenos» como a «mulher transparente»
e a «mulher-sereia» e as pulgas amestradas, o labirinto e a roleta
diabólica, a laranjinha, as «variedades», o jogo do quino, o jogo
clandestino (para os mais aventureiros), os carrosséis e os
fantoches, o Pavilhão Infantil, os «carrinhos de choque», a
patinagem, os combates de boxe, a luta greco-romana e a luta
livre.
Teatros
Uma quinzena após a
abertura ao público do Parque Mayer, foi inaugurado o Teatro Maria
Vitória, com a revista «Lua
nova».
Consumido por um
incêndio em 10/5/1986, seria reconstruído, tendo reaberto com uma
nova revista a 2/02/1990.
Seguiu-se-lhe o Teatro
Variedades, estreado com a revista «Pó de arroz», em 08/07/1926.
Este fora idealizado por Galhardo já em 1922 e começou a ser
construído em 1924, com risco de Urbano de Castro, sob o antigo
lago dos Jardins Mayer.
Pouco depois, foi a vez
do Capitólio, inaugurado em 31/07/1931, da autoria do arquitecto
Luís Cristino da Silva, o mesmo que desenharia o pórtico de
entrada.
Este recinto modernista,
sucessor da Esplanada Egípcia e inicialmente utilizado como salão
de música e «variedades», exibiu cinema e teatro, à maneira dos
coevos
«cine-teatros».
Foi classificado como
«imóvel de interesse público» pelo decreto-lei n.º 8/83 (de
24/01/1983).
Em 1937 surgiu o Teatro
Recreio, com a revista «Faça
sol».
Esta casa de
espectáculos, criada por Giuseppe Bastos e vizinha do restaurante
Gato Preto, foi extinta em 1940, para dar lugar a um rinque de
boxe.
O Teatro ABC foi o
último recinto a ser franqueado, em 1955, com a revista «Haja
saúde».
No seu terreno
precedera-o uma série de restaurantes-bares e/ou casas de
espectáculo: Alhambra, Galo de Ouro, Baía e Casablanca. Encerrou em
1995.
Retirado e
adaptado - revista História, Lisboa, História – Publicações e
Conteúdos Multimédia, ano XXV, III série, n.º 54, Março de 2003, p.
44-50
Cache
O container contém
simplesmente o LogBook e um lápis e é idêntico ao dos outros
cinemas.
Bons
Filmes.
Relativamente aos
edificios:
A - Maria Vitória - Quantas
portas dão acesso à entrada
principal?
B - Variedades - Quantos dos
candeeiros redondos ainda estão
intactos?
C - Capitólio - Quantos degraus
têm as escadas de acesso
principal?
D - ABC - Quantas riscas
tem o letreiro
"ABC"?