Esta cache pretende apresentar os Estaleiros Navais de
Viana do Castelo
Os Estaleiros
Navais de Viana do Castelo (ENVC) foram fundados em Junho de 1944
no âmbito do programa do Governo para a modernização da frota de
pesca do largo, na forma de uma sociedade por quotas de
responsabilidade limitada com o capital social de 750 contos, por
um grupo de técnicos e operários especializados oriundos dos
Estaleiros Navais do Porto de Lisboa, encabeçados por Américo
Rodrigues, seu mestre geral. Juntar-se-lhes-iam, como sócios
capitalistas, Vasco D'Orey e o vianense João Alves Cerqueira da
Empresa de Pesca Proprietária de veleiros para a pesca do
bacalhau.
No início da sua
actividade ocupavam uma área de 35.000 m2 concessionada pela Junta
Autónoma dos Portos do Norte, onde foram construídas duas docas
secas, com 151 x 18,5 m e 127 x 18,5 m, respectivamente, e as
demais infraestruturas necessárias ao desenvolvimento da actividade
de construção e reparação naval. Todas as demais infraestruturas da
Empresa foram realizadas a partir deste núcleo central cujo prazo
de concessão foi, em Julho de 1948, aumentado por 35 anos.
Os três primeiros
navios construídos pelos ENVC foram arrastões para a pesca do
bacalhau. Eram eles o "Senhor dos Mareantes" e o "Senhora das
Candeias" para a Empresa de Pesca de Viana e o "São Gonçalinho",
para a Empresa de Pesca de Aveiro, todos eles de 1.480 tdw. E foram
todos entregues em 1948.
Em Maio de 1949, os
ENVC foram constituídos em Sociedade Anónima de Responsabilidade
Limitada (S.A.R.L.) com o capital social de 37.000 contos, por
efeito de valorização do seu activo.
Em 1950, a Empresa H. PARRY & SON, LDA tornou-se a principal
accionista dos ENVC, passando Jacques de Lacerda a exercer as
funções de Administrador-Delegado. Posteriormente, em 1957,
juntava-se às instalações existentes, também em regime de
concessão, a Doca Eng. Duarte Pacheco, construída na área da Doca
Comercial.
Nos anos seguintes, foram-se dando os incrementos estritamente
necessários em termos de áreas, oficinas e equipamentos e a Doca
nº. 1 alargada para 25,5 m por forma a fazer face a novas entregas
em carteira.
Em 1971, o Grupo CUF (dono da LISNAVE) assumiu uma posição
maioritária no capital da Empresa e foi elaborado um Plano Director
de Desenvolvimento a ser cumprido em duas fases, das quais a
primeira foi praticamente realizada. No entanto, a situação de
crise internacional surgida e acentuada a nível nacional em 1974
impediram que a segunda fase deste plano fosse levada para diante.
Diga-se, aliás, que era muito ambiciosa e introduzia a Empresa no
mercado das 80 a 100.000 toneladas.
Foi novamente
ampliada a Doca nº.1, para as suas actuais dimensões de 203 x 30 m.
Construiu-se a bacia de aprestamento com 190 x 65 m, adquiriu-se o
guindaste de 100 toneladas e construíram-se novas oficinas, com
realce para as oficinas de Pré-Montagem, Encanamentos e Caldeiraria
Ligeira.
Em 1975 a Empresa foi nacionalizada, passando a Empresa Pública e o
seu capital social aumentado para 330.000 contos.
Em 1987 o seu capital estatutário foi fixado em 3.000.000
contos.
Em 1988 ficou concluída a plataforma de instalação com 140 x 30 m,
no enfiamento da Doca nº. 1, investimento destinado a melhor
rentabilizar a exploração desta Doca na actividade da reparação
naval. Ficou também concluída a ampliação da oficina Pré-Montagem
de Blocos, de 80 para 140 m de comprimento.
Em Dezembro de 1988, o prazo de concessão dos terrenos incluídos no
domínio público marítimo foi alargado por mais 50 anos até Abril de
2031 e sua área acrescentada em mais 220.000 m2.
Em 1991, os ENVC
são transformados em Sociedade Anónima de Capitais Maioritáriamente
Públicos.
Em 1992 ficou concluída a construção dos novos armazéns, ocupando
uma área de 480 m2.
Em 1993 ficou concluída a construção do novo Cais de Amarração do
Bugio, com 300 m de comprimento e fundos à cota -6,5 m ZH. Ficaram
também concluídas as novas oficinas de apoio às docas, com uma área
total de 360 m2.
Em 1995 ficaram concluídas as novas oficinas do Polo do Aço, com
uma área total de cerca de 6100 m2 e compreendendo:
- Oficina de corte por plasma
- Linha de fabrico automático de painéis
- Fabrico de pequenos conjuntos
- Processamento de perfis
No decurso dos seus
50 anos de actividade, desenvolveu-se uma evolução natural a nível
dos mercados-alvo da Empresa, distinguindo-se claramente 3
etapas:
- De 1944 a 1974 cerca de 90% do total de unidades construídas
destinaram-se a armadores nacionais (incluindo as ex-colónias),
sendo cerca de 50% destinadas ao reforço e substituição da frota
pesqueira;
- Na 2ª metade da década de 70 e nos anos 80, o principal
mercado da Empresa foi a Ex-URSS, para o qual foram produzidas
algumas grandes séries;
- No anos 90 os ENVC passaram a construir fundamentalmente
para o mercado Alemão.
A partir de 2000 o
mercado tem sido mais diversificado, estando incluída na sua actual
carteira de encomendas a renovação da frota da Marinha
Portuguesa.
Entre as 200
unidades entregues desde a sua fundação, contam-se batelões,
rebocadores, ferry-boats, navios de pesca, de carga a granel e
porta-contentores, navios tanques, transportadores de produtos
químicos, LPG's, cimenteiros e vasos de guerra.
Esta e muita mais
informação em ENVC.pt.
A CACHE
Trata-se de uma caixa envolvida num saco de plástico preto.
Contém, inicialmente, logbook, stash note e material
de escrita, além de algum espaço para troca de objectos e
recordações.
O terreno é de fácil acesso, embora existam escadas, o que impede o
acesso a cadeiras-de-rodas.
O local é muito utilizado por muggles que se dedicam à
pesca, pelo que, PF, sejam discretos!
PF, deixem a cache no mesmo local que encontraram e, se possível,
sem estar à vista.
Consultem o WP1, a coordenada por onde deverão aceder!
Aproveitem para fazer algum Cache In Trash Out, pois o local
tende a ficar sujo com o lixo que os muggles deixam!
Divirtam-se e boas cachadas!