Conhecem-se poucas referências históricas relativas à Quinta de Manique, embora seja commumente referido que a propriedade pertencia, no século XVII, ao marquês de Minas.
O núcleo mais antigo da casa deverá, efectivamente, reportar-se a esta centúria, incluindo-se aqui a capela e a cozinha. A ala restante é posterior. Nos interiores do imóvel, e nos jardins que o envolvem, ganha especial importância o vastíssimo conjunto de painéis de azulejo que incluem os revestimentos tipo "tapete", com padronagem seiscentista, as composições figurativas de cerca de 1740 e, por último, alguns exemplares polícromos de linguagem já rococó. Muito embora estes não possam datar com precisão as diversas fases construtivas de que o edifício foi objecto, permitem-nos, com relativa segurança, determinar uma série de campanhas decorativas.
Apesar de ligada à casa de habitação, a capela destaca-se por ter uma entrada independente, aberta para a via pública. A sua fachada encontra-se adossada ao muro da quinta, elevando-se através das duas torres sineiras com cúpulas semi-esféricas.
A galilé do primeiro registo é formada por três arcos, a que se sobrepõe, no registo seguinte, um balcão com balaustrada. A janela do coro, ao centro, é ladeada por nichos, figurando, entre estes vãos, dois painéis de azulejo representando passos da Paixão de Cristo. A composição é azul e branca, mas a moldura, sinuosa e com o motivo de asa de cesto característico do rococó, é já polícroma.
Deverá ser o conjunto azulejar mais tardio. No interior, a nave e a capela-mor são cobertas por abóbada de berço. Os panos murários são revestidos, até à sanca, por azulejaria seiscentista dividida em dois padrões distintos. Na capela-mor destaca-se o retábulo, com colunas torsas, de mármore, mais tardio em relação ao restante equipamento decorativo.
É necessário ter especial atenção ao trânsito!!
Gostámos desye log:
November 13, 2008 by play mobil (1217 found)
200811131320 De facto aquela quinta merece uma cache, tanto que cada vez que por ali passávamos não podíamos deixar de reparar no admirável perfil da quinta que confronta com a "Estrada da Quinta" (EN 247-5). Esta cache em primeiro lugar ilumina a nossa ignorância sobre aquele local mítico, e depois acabou por se traduzir num belo desafio no que respeita a buscas, já que está escondida com requinte e engenho e as coordenadas mandavam-nos para o outro lado da estrada, onde as buscas podem ser arriscadas. Não vale a pena correr riscos. Afinal tudo é simples (mas não fácil)! Em suma, é uma cache muito bem conseguida, e só é pena o que resta da Quinta de Manique, desde a estrada até à Ribeira de Manique não ser visitável pelo público, porque aposto que guardam ali em segredo boas fatias do paraíso! Muito obrigados.