Um Pouco de História…
Situada junto à fronteira com Espanha e de origem muito antiga,
foi um reduto fortificado pelos Romanos, posteriormente ocupado por
Visigodos e Muçulmanos, ligados à exploração de recursos minerais
(chumbo, estanho e ouro). Das regalias municipais de outros tempos,
conserva como testemunho, o pelourinho pois, do seu castelo e
fortaleza já nada existe; este dever-se-ia, durante a época da
Reconquista cristã da península Ibérica, a D. Afonso Henriques
(1112-1185) que teria determinado a sua edificação. O castelo
raiano foi absorvido pela malha urbana da povoação, subsistindo
apenas alguns vestígios na actualidade. De facto, pouco resta do
castelo medieval, totalmente descaracterizado, a não ser alguns
troços de muralha, desmantelada após as guerras Peninsulares,
restando hoje apenas vestígios entre o casario. D. Sancho II
atribui a Salvaterra, em 1229, foral. Existiu como concelho até
1855, altura em que foi anexada ao concelho de Idanha-a-Nova. Era
constituída pelas freguesias de Monfortinho e Salvaterra do
Extremo. Após as reformas administrativas do início do liberalismo,
foram-lhe anexadas as freguesias de Penha Garcia, Rosmaninhal,
Segura e Zebreira. A freguesia de Monfortinho passou nessa época
para Idanha-a-Nova.
Um Pouco de Economia…
Relativamente à actividade económica da vila, encontram-se
documentos alusivos à exploração mineira (volfrâmio, chumbo,
estanho e ouro), mas actualmente esta indústria deu lugar à
pastorícia, agricultura de subsistência e ao comércio.
Para além disto, é o contrabando que assumirá durante muitos anos
um papel importante na vida desta. Enquanto actividade ilícita aos
olhos dos poderes instituídos, trata-se de um fenómeno milenar. No
entanto, o pequeno contrabando teve nesta terra raiana um papel
fundamental na coesão da comunidade e na melhoria das condições de
vida desta população. De facto, este fenómeno generalizado de
contrabando teve aqui início com a guerra civil de Espanha
(1936-1939). O país vizinho passa por um período terrível, cujas
feridas vão durar muitos anos a sarar. Saído dum esforço de guerra
terrífico que esvaziou os cofres do Estado, vê toda a sua máquina
económica e financeira muito debilitada. Entretanto, o início da II
Guerra Mundial vem realçar ainda mais as dificuldades que invadem a
Península Ibérica e, em particular, a Espanha. Nas regiões mais de
interior, faltam os bens essenciais como a farinha, o arroz, o
azeite, o açúcar… Na falta de dinheiro, a procura dos meios de
subsistência promove a troca directa. O fim da II Guerra Mundial e
a recuperação económica que do lado de Espanha se começava a fazer
sentir vem alterar profundamente as relações sociais e económicas
das populações de fronteira e modificar o tipo de produtos que
então se trocavam. É nesta altura que o café, oriundo dos países
africanos colonizados por Portugal e de preços extraordinariamente
mais baixos, assume um papel fundamental nos passos dos
contrabandistas. Desde muito cedo, o pequeno contrabandista leva
uma carga de café para trazer bens de primeira necessidade para a
sua família e melhorar, assim, a sua qualidade de vida. Era um
trabalho de alto risco e muito duro, percorriam de Verão e Inverno
todos os trilhos até Espanha com cerca de 20Kg de café às costas,
além de terem de enfrentar as adversidades do terreno, tinham ainda
de evitar a Guarda Fiscal ou então os Carabineros (polícia
espanhola).
Um pouco de Natureza…
Dotada de uma belíssima Calçada Romana, esta proporcionará um
aprazível percurso por entre muros e olivais, conduzindo o
intrépido aventureiro até à praia fluvial e às azenhas do Erges,
passando pelas furdas, tradicionais pocilgas construídas em pedra,
de forma cilíndrica. Finalmente, sugira-se uma visita às gargantas
do rio Erges, entre Salvaterra do Extremo e o castelo espanhol de
“Peñafiel”, com fragas admiráveis como as da Fonte da Ribeira, do
Salto da Amendoeira, do Saltinho, do Lajoeiro e do Salto Grande. É
o domínio das águias-reais e de outras aves de rapina que, lá do
alto, espreitam as brincadeiras das lontras no rio.
É assim que convidamos o verdadeiro amante da natureza a
mergulhar nesta aventura e efectuar um passeio pedestre pelas
fragas do Erges, pela calçada romana que conduz à praia fluvial e
às azenhas, por caminhos outrora pisados por contrabandistas
corajosos e destemidos e, doravante, domínio de aves majestosas e
imponentes.
A cache
Ponto 1.
O percurso pedestre para descobrir a multicache “Na Rota dos
Abutres” inicia-se nas traseiras da Igreja Matriz de Salvaterra do
Extremo, no parque da aldeia (situado nas seguintes
coordenadas):
N 39º 43.021’ – W 006º 54.840’
Estacione o seu veículo por aí… e boa cachada !
Aí, aproveitando a visita ao parque, será preciso proceder às
seguintes contagens :
A= nº de Figueiras no parque
B= nº de sinos na torre da Igreja
C= nº de oliveiras constantes do parque – (menos) nº de bancos
em granito no parque
D= dia do falecimento do professor Arménio Folgado x (vezes)
2
E= mês do falecimento do professor Arménio Folgado x (vezes)
2
F= Raiz quadrada do último número do ano do falecimento do
professor Arménio Folgado
Ponto 2.
Depois destas contas, basta fazer corresponder os respectivos
valores e estão aptos a continuar a aventura até ao próximo ponto,
situado no “miradouro”; Aí, aprecie a vista, ao longe, sobre a
praia fluvial, o açude e os montes portugueses e espanhóis.
N 39º 53. ABC’
W 006º 54. DEF’
Ponto 3.
Encontrada a cache situada no ponto 2, encontrou também no
interior da caixa as coordenadas do próximo ponto.
A partir de aqui, inicia-se uma bela caminhada até ao antigo
posto da guarda fiscal (Caseta) pela calçada romana (quelha) que
lhe dá acesso. Junto a esta Caseta existe um observatório de aves
do qual se avista o “Castilho de Peñafiel”, logo ali em território
da Extremadura Espanhola.
É neste local que nidifica e tem o seu habitat uma importante
colónia de grifos (abutres).
Encontrada esta cache, encontrarão também as coordenadas para
aceder à cache final;
Para além disto, verficarão que existe um número no interior da
caixa, número esse que devem memorizar ou apontar para que, no fim,
possam alcançar o tesouro.
Ponto 4 (cache final)
O percurso prossegue até à Fonte da Ribeira, junto ao rio Erges,
podendo observar-se também, antigas azenhas, o leito apertado do
rio formando rápidos e duas antigas fontes, (fonte nova e fonte
velha) que davam antigamente de beber à população local.
X= nº encontrado no ponto 3, Y= 2X, Z=10X
Fonte :http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvaterra_do_Extremo