A História
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A freguesia de Pontével pertence ao concelho do Cartaxo, distrito de Santarém, a sua sede situa-se na vila do mesmo nome e tem por padroeira, Nossa Senhora da Purificação, também conhecida por Nossa Senhora das Candeias.
A freguesia é muito antiga, "Tão antiga como Portugal, senão mais", segundo o Dr.Virgílio Arruda, "in Santarém no Tempo", pois D. Afonso Henriques, já a doara à Ordem de Malta, como comenda, com a Igreja de S. João do Alporão de Santarém, passando então a designar-se Comenda de Ponteval, por ser aqui que os comendadores tinham a sua residência, nome por que é designada até D. Afonso IV. Quanto à sua antiguidade pode-se hoje afirmar que Pontével é de facto mais antiga que Portugal, pois existem testemunhos da presença do Homem em Pontével, desde a Pré-História.
Do palácio dos comendadores, apenas resta a sua grandeza e alguns lintéis de portas e janelas; cujo edifício fronteiro à igreja, habitação de seu actual proprietário e cervejaria. Quanto ao Castelo, segundo o mesmo autor, situava-se no vértice do cabeço, junto á Igreja Matriz, a uma cota de 25 metros e que em meados do século passado, (século XIX) existiam ainda ruínas de uma fortaleza medieval.
A situação privilegiada de Pontével, entre Santarém, Almoster e Alenquer, tornou-a ponto de passagem obrigatório dos mais altos nobres da corte, tal como a Rainha Santa Isabel que "quando se deslocava de Almoster para Alemquer, passava sempre por Pontével".
D. Nuno Alvares Pereira, aqui decidiu tomar o partido de D. João I, Cristóvão Colombo aqui pernoitou quando se deslocava para Santarém após o encontro com D. João II em Vale do Paraíso, em Pontével também se encontraram os exércitos do conde de Abranches e D. Afonso V em 1449, o que levou o Prof. José Hermano Saraiva a referir-se a Pontével, como "a Vila que já foi Capital Política do País."
Do passado glorioso de Pontével, restam ainda alguns edifícios que foram propriedade ou habitação de nobres que aqui viveram ou passaram os seus tempos de lazer. São casas altas de varandas alpendradas com tecto de madeira suportado por colunas, cujo acesso se faz por uma escada de alvenaria, que caracterizam a arquitectura da nobreza rural, dos séc. XVI, XVII e XVIII.
Escrito por: Maria Zelinda Pêgo, lic. em História.
Mais informações em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pont%C3%A9vel
Os Monumentos
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Pontével contém hoje lugares muito bonitos e que vale a pena visitar como é o caso da nossa linda Igreja, e da Capela. No fim de percorrer Pontével visitando todos os lugares bonitos e históricos nada melhor do que beber um copo do tão saboroso vinho da terra numa taberna típica.
IGREJA MATRIZ
É um templo muito antigo, anterior à fundação da nacionalidade, mas da sua traça primitiva nada se conhece, apenas a existência de alguns elementos medievais, tais como uma sigla de pedreiro gravada no terceiro cunhal da torre, na fachada principal e algumas estelas funerárias decoradas assim como um capitel românico que se encontra numa casa particular. Foi reconstruída no séc. XVII por António Botto Pimentel, comendador de Pontével que está sepultado na capela mor em pedra brasonada com as armas dos Pimenteis.
Apresenta uma planta de cruz latina, uma só nave, tecto de madeira de três planos pintado de branco ostentando ao centro o brasão da Ordem de Malta. A capela mor é em abóbada de berço e a igreja está revestida até à sanca de azulejos do primeiro quartel séc. XVII. Adossada ao corpo central encontra-se uma robusta torre sineira imprimindo-lhe um cariz de igreja fortaleza. A igreja foi classificada como Monumento de Interesse Público pelo Dec.29/84 de 25 de Junho de 1984.
PONTE MEDIEVAL
É um dos mais antigos monumentos da vila, e talvez até o mais importante, pois foi esta ponte que deu o nome de Pontével.
Ponte medieval de um só arco, cuja lenda refere a passagem da Rainha Santa Isabel por esta ponte, dando assim o nome á terra. O facto de ser uma ponte sobre um vale, originou "Ponteval" e, mais tarde, com algumas modificações, surgiu a designação de "Pontével".
ERMIDA DE S. GENS
Situada num monte no caminho de Pontével para Vale da Pinta existiu a Ermida de S. Gens que não se sabe quando foi fundada, nem que motivos levaram à sua fundação, sabe-se apenas que em 1574, já existia, mas tudo indica que seja muito mais antiga. Conta-se que D. Afonso Henriques, quando vinha de Coruche para Santarém, ouvia sempre missa em S. Gens, e dava de beber aos cavalos, num poço que ainda hoje existe perto das ruínas da Ermida, a qual era, provavelmente, proveniente de um templo visigótico.
Da Ermida, restam apenas uns bocados de muros envoltos numa densa vegetação, que impede a sua total descoberta, para além de ser uma propriedade particular.
FONTE DE S. BARTOLOMEU
Conhecida por fonte do chocalho construída em 1874, é um exemplo perfeito do revivalismo romântico do século XIX . Este exemplar, com a construção do auto-estrada do Norte, ficou fora do alcance de qualquer pessoa pois ficou subterrado. Situava-se na quinta dos lameiros.
CAPELA DE N. S. DESTERRO
Situada entre o Rio da Fonte e o Ribeiro da Água Travessa, a capela teve, primitivamente, a invocação do Espírito Santo e pertencia à respectiva irmandade. Desconhece-se a sua origem, embora Santos Simões, numa obra sobre azulejos, atribua a sua fundação à Rainha D. Isabel de Aragão.
Foi reconstruída no séc. XVII, e mais tarde em 1970, altura em que perdeu o seu explendor original. Era toda forrada a azulejo policromado, tinha um coro assente em colunas e púlpito de balaustres. O retábulo de talha dourada do altar mor envolvia um tríptico cujo painel central simbolizava a descida do Espírito Santo e os laterais, a Ressurreição e a Ascensão.
Hoje numa encosta em frente à capela encontra-se um nicho com uma imagem da Senhora do Desterro feita por um canteiro de Pontével e é aí que os devotos vão pagar as suas promessas. A actual autarquia, procedeu à sua iluminação e emoldurou-o com um arco polilobado à semelhança dum portal manuelino.
A Cache
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De forma a dar a conhecer alguns dos locais mais emblemáticos de Pontével, esta cache está dividida em 4, cada uma indicando apenas as coordenadas seguintes, e uma caixa de tamanho pequeno/médio no final.
Esta final contém o habitual logbook e algumas lembranças para troca.
Convido-vos a deixar o carro no primeiro ponto e percorrer a pé as ruas de Pontével, sendo o percurso total dos vários pontos de cerca de 2 kms.
Como é normal peço a máxima descrição na procura e reposição dos vários pontos, já que estes se encontram em locais bastante frequentados, e a cache já teve de ser reposta algumas vezes.
Nesta última intervenção os pontos ganharam uma atração especial por sinais de trânsito ;)
Espero que se divirtam com esta minha primeira cache, que dá a conhecer a terra natal da minha mãe.