Caparica
A Caparica é uma freguesia portuguesa do concelho de Almada,
com
10,71 km² de área e 19 327 habitantes (2001). Densidade: 1
804,6
hab/km². A sua sede é a vila de Monte de Caparica.
Foi elevada a vila em 27 de Setembro de 1985, tomando a vila a
designação oficial de Monte da Caparica (o nome de uma povoação da
freguesia, por oposição à vizinha Costa da Caparica).
Topónimo
A lenda da Capa Rica pretende fornecer uma explicação plausível e
aceitável para o nome de Caparica, misturando, provavelmente,
factos históricos ou reais com a imaginação, combinando-os numa
narrativa que é, por si só, mais bela que a mera origem latina dos
nomes, como neste caso, em que o topónimo Caparica, segundo Raul
Pereira de Sousa, provém do latim «cappar, cappari» ou «capparis»,
expressão originária do grego «kapparis», que significa alcaparra,
que parece ter existido em grande abundância nesta região, pelo que
«caparica» seria um alcaparral.
Lenda da Caparica
«Era uma vez...»
Vivia numa dessas pequenas e risonhas povoações sobranceiras ao
mar, por cima da rocha, ao Sul do Tejo, a meio caminho entre Almada
e o Oceano, um pobre velhinha, esfarrapada, arrastando com
dificuldade o seu corpo magro e diminuído pelos anos, sempre
envolta numa capa andrajosa, remendada num xadrez caprichoso,
policromo.
Chamavam-lhe bruxa e avarenta; acusavam-na de pedir, pedir sempre,
não obstante supor-se-lhe muito dinheiro escondido não se sabia
onde.
Frequentemente a escorraçavam, com gestos de enfado, recusando-lhe
esmola.
– «Deixa a capa, bruxa...»
E ela, timorata, desconfiada, humilde, replicava baixinho:
– «A minha rica capa...»
E embrulhava-se mais na capa remendada, que parecia a imagem dos
seus muitos anos, a pesar-lhe imensamente sobre os ombros, e
seguia, pacífica, serena, rezando as suas orações, piedosamente,
sem azedume nem sinal de mágoa.
Era a mais velhinha de todas as velhinhas; dizia-se que tinha tido
bens, que vivera com relativa abastança – mas ninguém, ao
certo, determinou a sua vida.
Até morrer, todos o sabiam, nunca faltou à missa, na freguesia
distante; doente ou com saúde, ia através de montes e vales à
Igreja, arredada algumas léguas, e ali, muito encolhida a um canto,
ouvia a sua missa e voltava, devagar, esmolando pelo caminho,
naquele vício de pedir de que tanto a acusavam.
Além da missa, tinha uma outra romaria: viam-na frequentemente à
beira da rocha que dava para o extenso areal, sobre a costa.
E li se ficava entre o céu e a terra, contemplando, imóvel,
parecendo fazer parte de tudo naquele tufo rochoso, perante aquela
extensão maravilhosa desde o Castelo dos Mouros na serra
alcantilhada, ao Norte, até ao Cabo, braço gigantesco estendido
pelo mar, a suster-lhe os ímpetos, ao Sul.
Contava, depois, que muitas vezes, ao olhar a planície, o areal
imenso, então árido e desolado, viu, através duma clara neblina do
tempo, o areal plantado de frondosas árvores, uma grande e luxuosa
povoação, largas avenidas, jorros de luz, estendendo-se para o mar
onde muitas crianças brincavam entre barcos e redes destinadas a
pesca de peixe.
E afirmava que via, via tudo isso ali, bem perto, como se fosse
realidade, ao longe no futuro...
Finalmente, um dia, apareceu morta no seu pobre tugúrio,
desconfortável, miserável, onde aos vizinhos só foi dado entrar
depois que a morte lhes abriu a porta.
Lá estava, num catre humilde, envolta na sua capa, na sua rica
capa, como lhe chamava.
Sobre os restos duma cadeira, um crucifixo abria os braços
complacentes a tanta miséria, ungindo de religiosidade o quadro
lúgubre.
E sob a peanha do Cristo apareceu, com espanto, um sobrescrito
fechado, com a indicação de que fosse entregue ao Rei, com a
capa.
Que bizarra fantasia a da pedinte, certamente já louca!...
Enterrou-se a velhinha. Mas, quando se despojou o corpo da capa em
que estava envolta, se notou que esse andrajoso agasalho pesava...
pesava imenso... um peso que os trapos não explicavam.
E com um certo terror, já superstição, a capa foi dias depois
levada ao Rei, com a carta da velha.
O Rei, abrindo o sobrescrito, leu as disposições da velha, que lhe
legava a sua capa, para que Sua Majestade mandasse construir uma
Igreja no povoado humilde que tanto distanciava da mais próxima
Igreja.
A corte e os portadores da capa sorriam escarninhamente ao ouvirem
a leitura do documento.
Só o Rei, com todo o interesse, pediu que lhe entregassem a capa
que lhe era doada...
Ao sentir o seu peso – sopesando por mais do que uma vez o
farrapo enxadrezado, mandou que o rasgassem.
Apressaram-se os da corte a cumprir a ordem régia e, vencendo a
repugnância de tocar na imunda capa, começaram a esfarrapar os
farrapos cosidos e entrecosidos...
Apenas tinham começado, quando, no meio do espanto geral, de entre
os primeiros rasgões, começaram a cair dobrões em ouro e,
prosseguindo, mais dobrões iam caindo de cada remendo da
capa.
Era uma chuva de ouro...
O Rei logo ali prometeu que a Igreja se construiria.
Fez-se a Igreja e o povo passou a chamar-lhe da CAPA-RICA.
Capa-Rica CAPARICA.
Assim diz a lenda como nasceu o nome da nossa Freguesia.
É verdade?
É mentira?
Uma realidade CAPARICA.
Fonte: Wikipédia,
J.F. Caparica
A Cache:
Português
O ponto inicial vai levar-vos à Igreja de Nossa Senhora do Monte
de Caparica, aqui terão de procurar um ano inscrito na fachada da
igreja e utilizar apenas o último algarismo(A). A coordenada Final
será:
N 38º 39.818 - (A + 11) W 009º 11.882 + ((A x 23) + 1)
Atenção que a recepção de satélites no local é fraca.
English
The inicial point is going to take you to the church of Nossa
Senhora do Monte da Caparica. Here, you have to search for a date
in the church wall, and use only the last number of that date (A).
The final coordinate will be:
N 38º 39.818 - (A + 11) W 009º 11.882 + ((A x 23) + 1)
The GPS reception is weak in that area.