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a viagem do Saramago
«A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.»
Assim é, assim seja.
In caderno.josesaramago.org
E a tua viagem? É simples, basta ir às coordenadas publicadas e olhar para a perede onde podes admirar o graffitti que representa a foto acima, e recolher os seguintes dados na frase que acompanha a obra:
Quantidade de letras Z = Z
Quantidade de letras M + N = X
Quantidade de letras M + R = Y
Quantidade de letras E = E
Soma controle= Z+M+N+R+E=16
Depois viajas para N38 49.YE0 W9 10.ZX9 e procuras pelo livro perdido.
English version
This cache is about Saramago, José Saramago.
José Saramago (16 November 1922 – 18 June 2010), was a Portuguese writer and recipient of the 1998 Nobel Prize in Literature. His works, some of which can be seen as allegories, commonly present subversive perspectives on historic events, emphasizing the human factor. In 2003 Harold Bloom described Saramago as "the most gifted novelist alive in the world today" and in 2010 said he considers Saramago to be "a permanent part of the Western canon", while James Wood praises "the distinctive tone to his fiction because he narrates his novels as if he were someone both wise and ignorant."
To find the cache go to the published coordinates where you can see a graffiti with Saramago face (as the image above) and a portuguese phrase, from where you got to count the number of letters in:
Nr of Z = Z
Nr of M + N = X
Nr of M + R = Y
Nr of E = E
Control sum= Z+M+N+R+E=16
Begin your journey to N38 49.YE0 W9 10.ZX9 and search for the lost (log)book.
Porquê aqui?
Porque a história da leitura pública no concelho de Loures está, desde a sua génese, intimamente associada à iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, entidade responsável pela instalação das primeiras bibliotecas públicas, que começaram a surgir no concelho em meados dos anos 60. Eram três bibliotecas fixas, estabelecidas em Bucelas, Loures e Odivelas. Foram muitas as tardes que passei a estudar (ou não) na de Loures, que se situava num primeiro andar dum prédio da rua Dr. Manuel de Arriaga. Mas o concelho era enorme e só com a disponibilização de uma Biblioteca Móvel por parte da Fundação é que os livros chegavam a mais munícipes. Tal cenário seria posteriormente enriquecido com a criação da primeira biblioteca de raiz municipal, instalada na Casa do Adro, ali ao pé da igreja amarela de loures, onde seria reunida a colecção de livro antigo da Autarquia e serviria, simultaneamente, de Gabinete de Documentação Técnica. Mas as exigências emergentes da sociedade da informação, conjugadas com o aumento da população concelhia, determinaram que era necessário prosseguir com o desenvolvimento da leitura pública, e seria no ano de 1997 o momento para a criação da Biblioteca Municipal D. Dinis, no centro de Odivelas, que acabaria por passar para a tutela daquele novo Município aquando da cisão do Município de Loures. Decorridos dois anos, a assinatura do “Protocolo de Intenções para a criação da Biblioteca Municipal de Loures”, celebrada entre a Câmara Municipal de Loures e o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), determinou a criação de uma nova biblioteca pública de responsabilidade municipal: esta! A nova Biblioteca José Saramago, um projecto da autoria do arquitecto Fernando Martins viria a ser inaugurada em cerimónia pública a 30 de Novembro de 2001... Já cá pousaram outras caches, mas esta agora veio para encher a malta de saber e cultura, ou só de mais um sorriso amarelo, vá. Estava para escrever isto tudo sem pontos e virgulas e o camandro mas depois vinham com a conversa que eu não sabia escrever e deixei-me de coisas.
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