Alhadas - Bónus
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Remontam ao
século XI as mais antigas referências conhecidas respeitantes à
vila de Alhadas. Terra de campos férteis e aprazíveis, terá atraído
desde tempos milenários a fixação do homem.
Da ocupação romana e mourisca existem vestígios bem evidentes, como
o Dól-men das Carniçosas, designado localmente como
“Cemitério dos Mouros”.
Assentes principalmente na tradição, aparecem várias versões da
origem toponímica de Alhadas. O seu nome é atribuído à palavra
árabe “Alheda”, que significa limite, ou
“hadda”, terminar. Ou, segundo outros, terá existido
uma aliança entre Ela e os coutos de Maiorca e Quiaios, para uma
defesa mais eficaz em conjunto das três povoações, para melhor
resistir às arremetidas dos árabes, a que se daria o nome de
“alliados” -”Alliadas”, o que por corrupção
linguística teria originado o vocábulo Alhadas.
As referências escritas ao nome de Alliadas só se encontram nos
registos do reino a partir do século XII.
Conheceu momentos de honra e glória, foi couto, teve foral em 23 de
Agosto de 1514, dado por D. Manuel I, foi vila e sede de
concelho.
Em 1721, a freguesia de Alhadas era assim descrita pelo seu pároco
Luís da Fonseca Cortez: “ Há sete ermidas, todas do povo, e
entre estas uma de Nossa Senhora de Guadalupe imagem milagrosa e a
que concorre alguma gente para se livrar de maleitas.
A freguesia consta de quatrocentos e vinte e oito fogos não
entrando neste número Vila Verde, lugar que tem com seus arrabaldes
oitenta e seis fogos, os quais meio ano são fregueses desta igreja
e outro meio ano de S. Julião da Figueira. (...) Na igreja não há
mais do que uma sepultura, que conforme consta do letreiro que tem
mandou fazer um João de S. Miguel para ser sepultado e sua mulher
Ana de Lemos e hoje é de seus herdeiros e descendentes. Não há
cartório nem livro algum de que conste algum privilégio ou
prerrogativa que lhe fosse concedida. A igreja não é colegiada nem
tem benefício algum e nela não há mais do que um coadjutor
apresentado pelos párocos. Há seis livros de baptizados, defuntos e
casados dos quais o mais antigo dos casados principia no ano de
1671, o mais antigo dos defuntos no ano de 1674 e assim continuam
até ao ano presente”.
Por sua vez, o Pe. Luís Cardoso, no Dicionário Geográfico, em 1747,
refere-se a Alhadas nestes termos: “ Chama-se esta terra
Couto de Alhadas, pela mercê que lhe fez uma senhora duquesa...
Alhadas ou Achadas (como lhe chamam os estatutos da Ordem de
Cristo) ou Couto das Alhadas. Freguesia na província da Beira,
bispado e comarca da cidade de Coimbra, arcediago do Vouga, termo
da vila de Montemor-o-Velho, onde pertencem todas as causas crimes.
É lugar d'El Rei e está situada em campina cercada em roda de
montes, e em toda a freguesia vivem quinhentos
vizinhos”.
Alhadas foi berço de gente ilustre, de que é justo salientar o
Mestre Alhadas, escultor e santeiro, e Mário Augusto, pintor.
Tiveram ainda fama as lavadeiras e as padeiras de Alhadas. A broa e
o pão, devido à qualidade dos cereais, à pureza das suas águas e ao
seu modo de fabricação, fizeram jus ao longo de séculos a uma
qualidade que ainda hoje teima em se manter como ex-libris das
Alhadas. A fama do seu vinho palhete, espirituoso, todavia,
perdeu-se quase totalmente.
A povoação de Alhadas foi elevada a vila em 30 de Junho de 1989,
culminando um processo de assinalável desenvolvimento local. E foi
criado o respectivo brasão. Como é referido num desdobrável
distribuído pela junta de freguesia na comemoração do 4.º
aniversário da reelevação de Alhadas a vila: “Assim, nasceu
da autoria do conceituado artista figueirense, Francisco Simões, o
bonito brasão aprovado em assembleia de freguesia, criado numa
feliz interpretação da história local, observando as regras da
heráldica nacional. Os motivos aparecem esteticamente estilizados
dentro do escudo peninsular, encimado por uma coroa mural em
projecção planificada em linhas sóbrias e bem lançadas. À nossa
vila, sede de junta de freguesia, compete-lhe ostentar a coroa
mural de prata de quatro torres. No listel que figura por baixo do
escudo paralelo ao bordo semicircular está inscrito o nome e a
categoria da localidade — Vila de Alhadas. A simbologia do
nosso brasão é duma leitura fácil. Como porta de entrada e ao mesmo
tempo a servir de abrigo, temos a serra, no plano inferior aparece
a representação da anta, a lembrar o dólmen das Carniçosas e, ainda
mais abaixo, os campos verdejantes; lateralmente e em grande plano,
a roda de água que faz andar a mó do moinho; ao centro duas espigas
de trigo; no plano superior o firmamento e o sol, sinal de
vida”.
A freguesia de Alhadas é a de maior população entre as freguesias
rurais, a mais dispersa por lugares, com 36 povoações, a segunda
maior do concelho em área, logo a seguir a
Quiaios.
Cache
Para puderem realizar esta cache vão ter de
recolher informações contidas noutras caches.
Essas caches são:
Passeio pelo Saltadouro
Pintor Mário Augusto
Matas Nacionais de Caceira
Rota das Colectividades
Rota das Fontes/Lavadouros
As coordenadas finais
serão:
N 40° 11.ABC
W 008° 47.ADE
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tiver encontrado ou se tenha esquecido de a apontar, entrem em
contacto connosco que esta será fornecida logo que confirmarmos o
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