RC1 - Foz do Rio Mondego EarthCache

RC1 - Foz do Rio Mondego

O maior rio inteiramente português, nasce na serra da Estrela, a 1425 metros de altitude, no concelho de Gouveia, Guarda, num local conhecido por Mondeguinho. Desagua no oceano Atlântico, junto à cidade da Figueira da Foz, após um percurso de 220 quilómetros. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de cerca de 6671 km2. O escoamento anual na foz do rio Mondego é, em média, de 3400 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Mondego apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 540 hm3, em regime regularizado.

É um rio de montanha, de forte acção erosiva, correndo com a direcção predominante de sudoeste-nordeste, num vale profundo e estreito, até a alguns quilómetros a montante de Celorico da Beira. Encostado ao rebordo norte da Cordilheira Central, o Mondego toma então a direcção nordeste-sudoeste, insinuando-se pelo planalto da Beira Alta por um vale cada vez mais largo. Engrossa o seu caudal com a ajuda de afluentes (como o rio Dão), tornando-se um rio de planalto de grande poder de transporte. Ao atravessar o rebordo do planalto da Beira Central, na região de Penacova, o Mondego corre num vale apertado, de meandros encaixados; depois de receber o rio Alva, o seu vale encaixa-se ainda mais ao atravessar o contraforte de Entre Penedos, junto de Penacova; aí se encontram estratos quartzíticos, muito fracturados e dispostos como livros numa estante, o que originou o nome curioso de Livraria do Mondego. Próximo de Coimbra, o rio corre numa extensa área de sedimentação, os campos do Mondego. É, então, um rio de planície, que atinge com dificuldade o oceano, junto à cidade da Figueira da Foz.

Este rio desempenha um triplo trabalho geológico, que compreende uma acção de meteorização e erosão, de transporte e de deposição dos materiais ou sedimentação.

As águas em movimento provocam um desgaste físico das rochas do leito, tanto vertical, aprofundando o canal fluvial, como lateralmente, alargando esse canal.
Essa acção de desgaste deve-se, principalmente, ao efeito de arrastamento dos materiais sólidos transportados. Todos os materiais soltos são removidos devido à pressão exercida pela água em movimento, sendo principalmente importante em épocas de cheias, em que é maior a velocidade das águas. Este processo de remoção designa-se por erosão.

Os fragmentos sólidos resultantes do desgaste das rochas, independentemente das suas dimensões, são designados de detritos e constituem parte da carga sólida do curso da água.
A capacidade de transporte da carga sólida aumenta extraordinariamente durante as cheias, pois aumenta a velocidade das águas. Os rios transfiguram-se completamente, podendo transportar em poucas horas ou dias mais detritos do que em vários anos normais.

A sedimentação é o ultimo processo que os rios desempenham, este consiste na deposição dos materiais, quer ao longo do leito, quer nas suas margens, quer na foz. A sedimentação é geralmente ordenada de acordo com as dimensões, a forma, o peso dos detritos e com a velocidade da corrente. Após a deposição os materiais designam-se por sedimentos.

Os materiais mais pesados e de maiores dimensões normalmente depositam-se mais para montante e os de pequenas dimensões e mais finos depositam-se próximos da foz (jusante) ou então são mesmo transportados para o mar.

Esta cache pretende-vos mostrar o Rio Mondego, a sua foz que o mantém em contacto com o Oceano Atlântico, e os sedimentos transportados pelo rio.

Como podes logar esta cache?

RC1 - Mondego River estuary

The largest river entirely Portuguese, originates in the Serra da Estrela, 1425 meters of altitude in the municipality of Gouveia, Guarda, a place known for Mondeguinho. It empties into the Atlantic Ocean, near the city of Figueira da Foz, after a journey of 220 kilometers. Its basin covers an area of about 6671 km2. The annual runoff at the mouth of the river Mondego is an average of 3400 hm 3. It is estimated that the Mondego River basin provide a total storage capacity of water resources in the order of 540 hm 3 in regulated regime.

It is a mountain river, with a strong erosive action, running with the prevailing direction from southwest to northeast, a deep and narrow valley, until a few kilometers upstream of Celorico Beira. Next to the northern edge of the Cordillera Central, the Mondego then takes the northeast-southwest direction, creeping into the plateau of Beira through a valley ever wider. Thickens your flow with the help of that link (like the river Dão), becoming a plateau river of great power transport. Crossing the rim of the plateau of Beira Central Penacova in the region of the Mondego flows into a narrow valley, the intricacies embedded, after receiving the Alva River, its valley fits even more to cross the foothills of Between Rocks, along Penacova, there are layers of quartzite, very fractured and arranged like books on a shelf, which led to the curious name of the Library of Mondego. Near Coimbra, the river flows across a wide area of sedimentation, the fields of Mondego. It is thus a river plain, with difficulty reaching the ocean near the city of Figueira da Foz.

This river plays a triple geological work, which includes an action of weathering and erosion, transport and deposition of material or sedimentation.

The moving water causes a physical wear of the rocks of the bed, both vertically, deepening the river channel, and laterally, widening the channel.
This action wear is due mainly to the knock-on effect of solid material transported. All loose materials are removed due to pressure exerted by water in motion, and especially important in times of flooding, which has the largest velocity of the water. This removal process is called erosion.

The fragments resulting from the weathering of solid rocks, irrespective of their size, are designated with debris and cargo are part of the watercourse.
The transport capacity of the cargo dramatically increases during the floods, it increases the speed of water. Rivers transform themselves completely, and can carry in a few hours or days more debris than in normal years.

Sedimentation is the last process that rivers play, this is the deposition of materials, either along the bed, either on its shores or in the mouth. Sedimentation is usually sorted according to size, shape, weight of the debris and the stream velocity. After the deposition materials are called sediments.

The materials heavier and larger normally are deposited further upstream and the small and thin are deposited near the mouth (downstream) or are even transported to the sea.

What you need to log this cache?