Igreja do Vilar - PGS-03
Igreja
de Nossa Senhora do Ó
O topónimo “Vilar” deriva do latim
“villaris” ou “villare” que é um diminutivo
de “villa” que significava, no latim clássico, uma casa
de campo ou vivenda de um senhor, incluindo as habitações dos
trabalhadores, os estábulos e celeiros e respectivos terrenos
agrícolas envolventes; correspondendo, aproximadamente, a uma
quinta actual de grande extensão.
Até à Idade Média, as parcelas das Villas cultivadas por rendeiros
tinham várias designações entre as quais a de villares. Vilar era,
portanto, a parcela de uma villa com as suas terras de amanho e as
casas dos cultivadores. Tal deverá ter sido a origem do nome desta
freguesia.
O território da freguesia de Vilar, na alta Idade Média nacional,
era, administrativamente, um domínio do Castelo de
Óbidos.
A primeira referência histórica, conhecida, à freguesia de Vilar,
encontra--se na carta de doação da vila de Cadaval, passada pelo
rei D. Fernando, no dia primeiro de Dezembro de 1371, a D. Afonso
Telo de Meneses, conde de Barcelos. Descrevendo o termo da vila que
doava, diz: “…e outrossim lhe damos e outorgamos por
termo, o território e aldeia de Vilar com todas as outras aldeias,
casais, quintas e herdades e com todos os outros lugares que são da
freguesia de Santa Maria, do dito lugar de Vilar.”
No numeramento (recenseamento ) de 1527, mandado fazer pelo rei D.
João III, encontra-se uma nova referência ao Vilar e aos lugares da
freguesia: “Aldeia de Vilar, 27 vizinhos – casais de
Palhais e Seixo, 4 – Casal de Zorrieira e Quinta da Trindade,
3 – casal do Pereiro, 3 – casal da Tojeira, 3 - aldeia
de Vila Nova, 11- aldeia do Carvalhal, 10.” Nesta altura, o
termo vizinhos tinha o significado equivalente ao termo actual,
fogos.
Uma outra fonte para a história da freguesia de Vilar, é a resposta
do Padre António José Palhano ao Inquérito do Marquês de Pombal,
datada de 18 de Maio de 1758. Neste documento pode ler-se o
seguinte: “ (…) Tem este lugar e freguesia 93 fogos e
317 pessoas da idade de 7 anos para cima (…) O orago desta
igreja é Nossa Senhora da Expectação que está no altar mor e nos
dois laterais está na parte da esquerda o Santíssimo e da direita
Nossa Senhora do Carril. (…) É pároco, cura da apresentação
do Prior do Vale Benfeito, religioso de São Jerónimo e dos
beneficiados da igreja de Santiago da vila de Óbidos. Tem de
côngrua o dito cura um moio de trigo, meio moio de cevada, um tonel
de vinho de duas pipas, que se lhe satisfaz das dízimas
pertencentes à dita igreja Prioral; tocam mais ao dito cura as suas
benesses e pé de altar. (…) No terramoto de 1755, padeceu
este lugar e os demais da freguesia alguma ruína que se tem
reparado; excepto a que teve esta igreja que se acha no mesmo
estado(…)”.
Em 1866, o abade de Miragaia diz desta freguesia o seguinte:
“ Compreende grande parte da serra de Montejunto (…).
Como todas as deste concelho e dos concelhos limítrofes sofreu
muito por ocasião da Guerra Peninsular, nomeadamente desde que o
general Massena acampou com os seus oitenta mil homens ao norte das
Linhas de Torres Vedras, desde Outubro de 1810 até Março de 1811.
Mal se imagina hoje o estado a que ficaram reduzidos estes
povos”.
Desde 26/09/1895 até 13/01/1898, pela extinção do concelho de
Cadaval, a freguesia de Vilar esteve anexada ao de Alenquer,
voltando novamente ao primeiro, aquando da sua restauração. Nos
anos trinta, foram incorporadas na freguesia de Vilar as aldeias de
Avenal e Rechaldeira.
A freguesia de Vilar compreende actualmente, os lugares de
Arrabalde, Avenal, Carvalhal, Palhais, Pereiro, Rechaldeira, Seixo,
Tojeira, Vila Nova e, ainda, alguns casais.
Texto retirado de: http://www.jf-vilar.pt
A
CACHE
É pequena
e contém o habitual: Logbook, cachenote, lápis e alguns presentes
para troca.
THE CACHE
It's small and it contains the usual:
Logbook, cachenote, pencil and some presents to trade.