Skip to content

São Frutuoso Traditional Geocache

This cache has been archived.

SerafimSaudade: Esta cache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada. Relembro a secção das guidelines sobre a manutenção http://www.geocaching.com/about/guidelines.aspx#maint :

[quote]
As the cache owner, you are also responsible for physically checking your cache periodically, and especially when someone reports a problem with the cache (missing, damaged, wet, etc.). You may temporarily disable your cache to let others know not to hunt for it until you have a chance to fix the problem. This feature is to allow you a reasonable time – [b]normally a few weeks[/b] – in which to arrange a visit to your cache. In the event that a cache is not being properly maintained, or [b]has been temporarily disabled for an extended period of time, we may archive the listing[/b].

It may be difficult to fulfill your maintenance obligations if you place a cache while traveling on vacation or otherwise outside of your normal caching area. These caches may not be published unless you are able to demonstrate an acceptable maintenance plan. It is not uncommon for caches to go missing, areas to be cleared, trails to be blocked or closed, objects used for multi-cache or puzzles to be moved or removed, etc. [b]Your maintenance plan must allow for a quick response to reported problems.[/b]
[/quote]

Como owner, se tiver planos para recolocar a cache, por favor, contacte-me por [url=http://www.geocaching.com/email/?u=sup3rfm]e-mail[/url].

Lembro que o "desarquivamento" de uma cache, e a sua eventual consequente reactivação, passa pelo mesmo processo de análise como se fosse uma nova cache, com todas as implicações que as guidelines indicam.

Se no local existe algum container, por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Abraço e obrigado,

SerafimSaudade
Geocaching.com Volunteer Cache Reviewer

More
Hidden : 3/16/2011
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
4.5 out of 5

Size: Size:   not chosen (not chosen)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:

São Frutuoso


CONSTANTIM E AS SUAS LENDAS

 

No último domingo de Julho, festeja-se na igreja de Santa Maria da Feira de Constantim, como padroeiro secundário, S. Frutuoso, a quem o povo dá a dignidade de Santo, por causa dos muitos milagres que dizem ele já ter feito.

 

Segundo a tradição, diz-se que nasceu em Constantim, no final do século XI e que foi criado na fé cristã tendo-se dedicado ao estudo e à leitura de livros sagrados. Foi abade em Constantim e os milagres que lhe atribuem estão, sobretudo, ligados aos males de mordeduras por “animais danados”.

 

Também são conhecidas algumas lendas, já muito antigas, relacionadas com a vida e os feitos de São Frutuoso.

 

 

Lenda dos passarinhos

 

Conta-se que, já em menino, os favores divinos, se conjugavam com o Universo, conferindo a Frutuoso dons extraordinários.

 

Um dia, Frutuoso, encafuado em socos, ainda ensonado, tropeçou, nas pedras do caminho, por onde ia e, logo tapetes de flores o amparavam: dentes de leão, botões de ouro e violetas que marginavam pelo trilho que levava até ao rio.

 

Ainda ao romper da alva se fazia e já os pássaros saltavam para as searas. Faziam assaltos em rodopios constantes.

 

O pai bem lhe recomendava para se levantar cedo e impedir assim que comessem o painço.

Para isso ele pegava num pandeiro e, escondido entre as silvas do poço, junto ao espantalho, fazia-o ressoar procurando assustar a passarada que sofria de uma fome do tamanho do mundo. Pintassilgos, melros, lavandiscas, pardais e vendilhões, comiam tudo a eito.

 

Como acabar com aquela fome toda?

 

Do ano passado poucos selemins restavam na tulha.

 

“ Fora, fora passarada”…

 

Tocava o sino em festivo repicar, ecoando pela aldeia. Era meio-dia, o sol estava mesmo a pino, as pessoas juntavam-se na igreja. Mas, o pequeno Frutuoso guardava o painço…

O sol aquecia. Era domingo de festa, o último de Julho. Frutuoso não queria faltar à missa.

 

Nesse ano, ouvira dizer que alguém de fama, talvez o próprio Arcebispo D. Pedro, viria pregar na festa. Ele gostaria de ouvi-lo e, por isso, a vontade deu-lhe força para se decidir.

 

O desejo de o ver e ouvir era superior à ordem do pai, portanto estava resolvido a ir participar na festa, em honra de Santa Maria da Feira, pois tinha fé que os pássaros lhe obedeceriam.

 

Conforme imaginou assim fez: enxotou os pássaros, passarinhos e passarocos, levando-os até ao passal e, quando todos estavam dentro de um poço, tapou-lhes a saída com uma cancela, advertindo-os que não deviam sair enquanto ele assistisse à missa e ao sermão.

 

Ora os passarinhos tinham por onde fugir mas não o fizeram. Ficaram quietos, como por encanto, esperando o regresso do menino para, depois, livremente esvoaçarem.

Este prodígio veio reforçar a ideia de santidade que os contemporâneos viam em Frutuoso.

 

Ainda, hoje em dia se costuma borrifar com ramos molhados em água benta, tirada do poço, que agora é a fonte de são Frutuoso, as culturas de cereais e hortas, para as proteger das pragas.

 

 

Lenda da Santa Cabeça

 

 

Cristo morreu na cruz para nos salvar, deixando divina mensagem de amor.

 

O lema dos cristãos passou, então, a ser: amor com amor se paga. Doravante dar-lhe-ão também a vida, ora em procura de trabalho, ora em martírio.

 

O desejo de atingir a santidade passou a ser um ideal de vida que arrastou multidões de mártires, ascetas e monges. Por isso, onde houvesse santidade, havia sinal de luz que irradiava pela terra. As relíquias dos santos adquirem assim uma importância espiritual e social de muitíssimo relevo.

 

Eram avidamente guardadas, veneradas e requeridas. As cidades que as possuíam, construíam criptas e erguiam catedrais atraindo peregrinos de vastas regiões tanto mais longínquas quanto mais fama de santidade tivessem.

 

As cidades que não tinham a felicidade de as ter procuravam consegui-las, mesmo que lhes não pertencessem.

 

Conta-se que havia dois galegos, sobre quem recaíra uma sentença de morte, que para serem perdoados teriam de roubar a Santa Cabeça e as ossadas de São Frutuoso de Constantim.

 

Sentença dura: ou roubavam a Santa Cabeça de São Frutuoso mais os seus ossos bem cheirosos ou morreriam se não cometessem o latrocínio sacrílego.

 

Mas se furtassem as relíquias teriam de carregar pela vida fora esse sentimento de culpa.

 

Dessa forma, até que se decidissem passou um tempo indeterminável. Pois, a travar a decisão, os sonhos atormentavam-nos durante as noites.

 

Certo foi que se informaram da rota a seguir, que reconheceram a região.

 

Repararam para onde se dirigiam os peregrinos na sua romagem, localizaram o sítio das relíquias e dirigiram-se para a igrejinha.

 

Mas também foi verdade que quando estudavam a forma de se apoderarem dos santos e luminosos restos de São Frutuoso, tremiam de medo. Mas eis que se lembraram do aviso temido: “ou uma coisa ou outra”.

 

Então pensaram que medo por medo, o santo lhes perdoaria, e se guardassem as ossadas num relicário, mais benevolente com eles seria.

 

Entre “Deus nos defenda” que os ladrões também tinham sentimentos, encontraram forças. Foi numa noite de vento a zumbir por todo o lado, por tudo quanto era vereda, cumeada, garganta ou vale. A copa verde negro dos pinheirais rodopiava em sussurros, estalando no mar da noite, às vezes em gritos roucos; consoante roçavam os braços das árvores dos caminhos, bailavam sombras e pareciam vozes de gente. “Mau pronuncio”, atemorizavam-se. Foi nessa mesma noite que as levaram.

 

Mas, pouca sorte! Mal pegaram na cabeça encastoada em cobre e levantaram os ossos do esqueleto, foi como se tivessem pegado num braçado de candros em fogo.

 

Para maior aflição, os sinos começaram a repicar, acordando toda a gente da aldeia.

 

Tiveram de fugir a mata cavalos, por aqui, por ali, por giestas, por caminhos esconsos, direitos a Nossa senhora de Guadalupe e escaparam-se pela ponte de Piscais.

 

Os sinos martelavam-lhe nos ouvidos, ressoavam-lhes na cabeça a cada passada que dessem. Dir-se-ia que os sinos que os seguiam por toda a parte a denunciar o acto nefando. “É castigo”, diziam. “Mas agora temos de fugir”. Às gentes de Constantim de Panóias, juntaram-se outras alvoroçadas, e por onde passavam as multidões, os sinos de outras igrejas e capelas tocavam também; saíram cavaleiros na sua peugada, acordavam clérigos assustados e, por fim, juntou-se o céu à terra. Por Mondrões acima já mal podiam andar.

 

Já quase sem fôlego, de coração sobressaltado, confundindo sombras e vozes com o vento, chegaram às grutas das Muas. Nevava.

Com a neve os sinos adormeceram. Porém na noite seguinte, o manto de neve cobrindo tudo em volta, e a estrada de Santiago, iluminando a noite, denunciavam-nos.

Por isso, não tiveram outro remédio senão esperar escondidos.

 

Quando retomaram a marcha, as vozes dos sinos, contagiavam outros, conforme passassem por terras de Amarante, Guimarães, Braga, Viana, Tui, … até aos confins, sempre aquela aliança entre a terra e o céu, o pacto de aviso e condenação de tal acto, só parou quando entregaram as relíquias ao Arcebispo de Santiago, Diogo Gelmires.

 

Todavia, ao abrir o relicário, fechado a sete chaves, deu-se uma maravilha das maravilhas, coisa sobrenatural, nunca vista: a Santa Cabeça mais as ossadas saíram voando até à terra natal, onde, por testamento, o santo, sempre quis que o sepultassem, redobrando os sinos por onde passassem.

 

A notícia deste acontecimento logo se propagou por terras de Portugal, Galiza, Leão, Castela e outras nações.

 

Nos dias de hoje, os romeiros visitam a Santa Cabeça, beijando-a ou, simplesmente tocando-a com as mãos, oferecem objectos em cera ou dinheiro, e, acto contínuo, cumprem as promessas à volta do adro. Na mesma capela onde se guarda a Santa Cabeça, conservam-se veneravelmente, os seus ossos numa caixa.

 

 

 

A prática paralela de borrifar os campos com ramos molhados em água benta tirada da fonte de São frutuoso, para dizimar as pragas das culturas de cereais e hortas, era uma devoção muito viva ainda em meados do século XX, mas a água tinha outros poderes como a cura da raiva. Quando uma pessoa era mordida por um cão raivoso, lavava a mordedura na água da fonte, assistia a uma missa, comungava e, no final, comia pão tocado na cabeça do santo. Se houvesse ferida, o doente devia ficar no local nove dias seguidos, tocando a relíquia em todos eles e devia também fazer romaria em volta da igreja, para curar os seus males.

 

Actualmente a Santa Cabeça só é exposta no dia da festa de São Frutuoso devido à sua melhor preservação.

 

 

A lenda do Dente Santo

 

No lugar de Bornes, freguesia de Aboim da Nóbrega conta-se que um homem chamado Manuel António Martins tinha um dente de São Frutuoso que tinha poderes excepcionais para curar mordedelas de cão raivoso.

 

O dente teria sido oferecido pelo santo a um fidalgo, antes de morrer, a quem São Frutuoso teria dito: “Quem possuir este dente não será rico, mas será sempre remediado e nunca passará necessidades. Só poderá ser possuído por um varão”.

 

O fidalgo que era solteiro e não tinha descendentes, quando morreu deixou-o a um criado e depois o dente foi passando de geração em geração.

 

Muitas pessoas procuravam as benzeduras do Dente Santo e quem as recebesse não morria com a doença da raiva. A benzedura era feita com o dente, que estava pendurado numa corrente de prata, acompanhada da seguinte reza:

 

” Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo/ E de São Frutuoso/ Eu te benzo/ E tocado por mim nunca serás raivoso.

 

 

DESCRIÇÃO DA CACHE
Um micro container sem saco com logbook e lápis. Com um presente aos primeiros.
P.F tentem recolocar a cache da mesma forma que a encontraram.

Additional Hints (No hints available.)