A exploração do sal na região de Aveiro é uma actividade muito
antiga, que remonta a uma época anterior à existência da própria
Ria de Aveiro. O primeiro documento escrito sobre o salgado
aveirense é anterior à fundação da nacionalidade. A instabilidade
da barra (isolamento em relação ao mar) representou um factor
decisivo na variação, ao longo dos séculos, do número e produção
das salinas, que se traduziu por períodos de decadência,
intercalados por períodos muito favoráveis à produção. O salgado de
Aveiro ocupa áreas de sapal, encontrando-se a maioria das salinas
localizadas em ilhas. A época da safra tem início em Março, com a
preparação das marinhas, decorrendo a extracção desde o fim da
Primavera até Setembro/Outubro, altura em que começam as primeiras
chuvas e é necessário cobrir os montes de sal que se foram
acumulando ao longo do período de produção. O processo de extracção
é, ainda hoje, totalmente artesanal, sendo, além disso, necessário
recorrer à embarcação tradicional, o mercantel, para transportar o
sal produzido nas ilhas para os locais de armazenagem e
processamento, como é o caso dos palheiros no canal de S. Roque, na
zona antiga da cidade de Aveiro.
Fonte: Blog
SoAveiro
Perto da cidade de Aveiro podem ser visitadas as marinhas de
Aveiro e, mais concretamente, as salinas tradicionais. Nos dias de
hoje estão em produção pouco mais de três dezenas de salinas,
estando a profissão de Marnoto (homem que extrai o sal da água) em
"vias de extinção". Curiosamente, a mulher do Marnoto é conhecida
por Salineira. Por norma, todas as salinas aveirenses têm o nome da
correspondente Salineira.
O sal de Aveiro «é muito mais do que sal». É matéria-prima para
alguns produtos de qualidade, em que o primeiro é o sal ecológico
produzido de forma tradicional.
Fonte: AveiroBlog