O Cinema Restelo foi inaugurado nos anos 50 para servir a população da zona ocidental da cidade que carecia de espaços para a 7ª arte. Inserido numa das zonas mais nobres da cidade, no bairro de vivendas do Restelo e junto à zona histórica de Belém, teve sempre mais público local do que eventuais turistas de visita aos marcos históricos seus vizinhos. A sala tinha, para além da plateia, dois balcões. Embora o edifício não tivesse a beleza de outras salas de cinema da cidade, a sua entrada despertava a atenção pelas inúmeras plantas exóticas, nomeadamente cactos que compunham um pequeno jardim. A sua capacidade era de 1052 espectadores. Possuia uma bola de espelhos que a média luz produzia um efeito de grande beleza na sala. No final dos anos 80 encerrou e acabou por ser substituído por um supermercado e escritórios.
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De referir que este cinema foi na altura a maior sala de cinema de Portugal com cerca de 1400 lugares 1100 na sua plateia e 300 no seu balcão. O início dos espectáculos com o seu inesquecível gongue, transição de luzes e a maravilhosa bola de espelhos que encantava todo o publico e não esquecer que antigamente os cinemas tinham cortinas que abriam ou subiam tornando o início das sessões uma espécie de ritual mágico.
No cinema Restelo passaram filmes como o “Ás do Pedal”, “1900” de Bertolucci, “A Aventura do Poseidon”, “A Torre do Inferno” e os clássicos “O Último Tango em Paris”, ou a saga “Emanuelle”, "Ben-Hur". E tantos outros. Todos no desaparecido Restelo.