A SELVA DE BETÃO
O povoamento do território da freguesia remonta à conquista Cristã de Lisboa e Sintra aos Mouros, em 1147, por D. Afonso Henriques. A primeira referência conhecida surge nas inquirições Afonsinas de 1220.
No século XII, “Águalva ” e Cacém já eram povoadas. O curso da ribeira das Jardas ou da Água Alva demarcavam então os limites administrativos e paroquiais. Agualva e outros lugares da margem esquerda da Ribeira faziam parte da freguesia de Belas, enquanto Cacém, São Marcos e outros lugares da margem direita estavam integrados no termo de Sintra e faziam parte da freguesia de Rio de Mouro.
Note-se que Agualva, enquanto lugar da freguesia de Belas era lugar conhecido por Jardo, o que levou o célebre Bispo de Lisboa, D. Domingos, por ter nascido ali, a apelidar-se de Jardo.
Nos séculos seguintes expandiu-se o povoamento e a ocupação do território com o aparecimento de várias quintas solarengas (Quinta da Barroca, Quinta da Fidalga, Quinta do Tojal, etç) novos casais agrícolas e a Feira de Agualva, uma das mais antigas da região saloia, que se realiza desde 1713.
A indústria e comércio são das actividades que empregam maior número de pessoas na freguesia, tendo em conta a sua transformação no séc. XX numa das áreas suburbanas da grande Lisboa.
Actualmente, Agualva Cacem é uma cidade portuguesa do concelho de Sintra, com cerca de 81 845 habitantes. É composta pelas freguesias de Agualva, Cacém, Mira Sintra e São Marcos, resultantes do desmembramento da antiga freguesia de Agualva-Cacém.
A cidade de Agualva-Cacém é uma de duas cidades no município de Sintra (sendo a outra Queluz). É ainda a quarta maior cidade da área metropolitana de Lisboa, (após Lisboa, Amadora, Almada e Setúbal) e a décima maior cidade de Portugal (depois de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Coimbra, Almada, Funchal e Setúbal).
Possuidora de problemas e desafios de carácter urbanísticos e ambiental que lhe colocaram o crescimento desordenado da área urbana e o pouco cuidado que este crescimento teve com o património ambiental local, são exemplos, a Ribeira das Jardas e a lagoa dos "quatro caminhos". Para além desta situação ainda se coloca o desafio na defesa do património histórico desta cidade, por exemplo o parque arqueológico do Alto do Colaride, o Palácio da Quinta da Fidalga e a Quinta da Bela-Vista (onde viveu durante muito tempo Ribeiro de Carvalho – (ilustre figura da 1ª. República) problemas que começam agora a ser resolvidos pelo programa Polis (Programa de requalificação das cidades europeias).
Agualva-Cacém possui como principal sustento económico a indústria, isto se verifica pela existência de dois parques industriais de grande dimensão na cidade.
Com isto tento dar a conhecer aos utilizadores do geocaching a Freguesia da Agualva e os seus problemas urbanísticos e ambientais que o suposto desenvolvimento deu a algumas Vilas e Cidades deste País.
Espero que isto sirva de exemplo para as próximas gerações e que a noção de desenvolvimento mude, para que não tenhamos muito mais Vilas e Cidades que parecem mais selvas de betão.
Agradeço que deixem todo exactamente como estava e não publiquem fotos da cache.
Divirtam-se e apreciem as vistas. Para além do betão há verde.