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Praça
O local foi desde sempre conhecido por “Praça” lugar de encontro dos indivíduos uns com os outros, de encontro também com a sua própria cidadania, permitindo desenvolver e consolidar a sua vida em comunidade. O local onde desde sempre se concentraram as atividades e acontecimentos coletivos de maior ênfase na vila. O local onde ainda hoje se localiza a maioria dos serviços e comércios.
Junta de Freguesia
A Junta de Freguesia ocupa um edifício que remonta aos séc. XVI/XVII e que terá sido a antiga Casa-Celeiro do Procurador dos Marqueses de Angeja, na fachada podemos encontrar um interessante brasão que o contrário daquilo que se tem escrito poderá não ser o Brasão do Marquês de Angeja pois neste figuravam habitualmente as armas dos Noronha, plenas e com coroa de Marquês, mas sim o Brasão do seu procurador também de apelido Moniz e Albuquerque e que muito provavelmente seria com ele aparentado.
Pelourinho
Assinala a entrega do Foral em 1514, foi retirado do seu lugar no séc. XIX após a extinção do Concelho, ficando as suas peças abandonadas num canto da Praça. Foi reerguido em 1909, por iniciativa do Vereador Souto Alves, natural desta Vila. Foi restaurado em 1932 e em 1933 classificado como monumento nacional.
Chafariz
Mandado construir no ano de 1896, pelo filho da terra o Vereador José Nunes de Pinho. É constituído por tanque circular, ao centro, ergue-se pilar bujardado, que remata em elegante elemento decorativo. É um elemento de referência na Praça, dado o seu caráter simbólico, histórico e cultural. Foi alvo de restauro no âmbito do projeto de requalificação, remodelação e reabilitação urbana do Centro Histórico, mantendo todas as suas características originais.
Igreja
Fruto do crescimento demográfico e espiritual da vila, em 1593 é iniciada a construção da Igreja. Para esta construção, segundo os registos do padre Estrela, muito fizeram os filhos da terra e as religiosas do mosteiro de Aveiro, que contribuíram com um conto de reis para a construção da capela-mor, sendo esta uma verba considerável para a época, veio permitir uma edificação de tecto abobadado apoiado em grossas paredes, com cimalhas adinteladas.
Em 1613, está concluída a construção deste templo, sendo o seu orago Nossa Senhora das Neves. Templo de três naves separadas por duas arcadas de cinco vãos, assentes em colunas dóricas lisas, que descarregam em singelos plintos. À entrada e no primeiro tramo possui um espaçoso coro inicialmente apoiado sobre um arco abatido central e dois laterais de volta redonda, que nascem de mísulas cravadas nos fustes das colunas. Este era o local onde se instalava a música em dias de festa. Na ante câmara que lhe dá acesso, existe ainda encastrado na parede o urinol que permitia o alívio em momentos de aflição ..
As obras de 1997 vieram reformular este coro que inicialmente era em madeira de riga com guarda em balaustrada igualmente de madeira, tendo sido substituído por uma laje de betão armado na qual ficou embebida parte da estrutura de estabilização da fachada.
No baixo coro foi construído um guarda-vento envidraçado e duas salas de apoio ao templo.
A Capela Batismal que ocupa toda a área da base da torre sineira. Possui teto abobadado de tijolo, revestido a estuque e um interessante portão em ferro forjado.
Nas colunas que dividem o terceiro e quarto vão, escoram-se dois púlpitos iguais e fronteiros. A base apoia-se numa mísula simples, as guardas são de madeira torneada e espiralada. Possuem escadas de granito, e guardas de ferro forjado com balaustres galbados.
No topo da nave central, limitada por um grande arco de cruzeiro, encontra-se a capela-mor, constituída por grossas paredes que suportam uma cúpula abobadada e atirantada, possui ainda grandes cimalhas decorativas, adinteladas e seccionadas por mísulas. Conserva ainda hoje as grandes janelas originais. O altar ornamentado por um interessante conjunto de talha dourada, é emoldurado por arco e colunas de granito.
Possui ainda, este templo cinco retábulos adicionais e uma capela. Estes retábulos, possuem um interessante conjunto de talha dourada, do período barroco de D. Pedro II, com exceção do dedicado a Nossa Senhora da Conceição, que por ser o mais antigo, será da fase inicial daquela corrente artística. Segue o tipo reentrante, possuindo duas colunas em cada lado, espiraladas, com parra do tipo mais fino. Nos frisos e painéis os enrolamentos de acanto são de um tipo delicado de transição. Possui ainda quatro baixos-relevos de tipo corrente nomeadamente: Anunciação, Cristo descendo aos limbos, Anjo libertando Almas do fogo, Visitação.
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