Mosteiro de Santa Maria de Celas
Localização
Celas é um bairro português localizado no centro de Coimbra.
Sem limites definidos, Celas não é uma freguesia, apesar de se constatar que a maior parte deste bairro se encontra no território da freguesia de Santo António dos Olivais. Genericamente, a área designada como Celas terá como limites o Jardim da Sereia a sul, a Conchada a oeste, as actuais instalações do Hospital Pediátrico de Coimbra a norte e os Olivais a este. O centro desta zona é conhecido como o Largo da Cruz de Celas.
Celas é uma importante zona não só para a cidade mas também para toda a Região Centro do país, aqui podemos encontrar hospitais, escolas, faculdades e institutos universitários, bancos, inúmeros outros serviços ou infraestruturas intrínsecos à vida da cidade.
O Mosteiro
Reza a lenda que D.ª Sancha, filha de D. Sancho I e de D.ª Dulce, concretiza um sonho de criança ao fundar, em 1221, o mosteiro beneditino de Santa Maria de Celas, na sua antiga quinta de Guimarães (Vimarannes, Vimarães ou Valmeão), nos arredores da cidade de Coimbra, para lá da Porta do Sol.
D. Aimerico d’ Eibrad, bispo protector do mosteiro, sagra a igreja a 13 de Junho de 1293, sendo a fundação monacal confirmada pelos prelados bracarense e conimbricense.
Ao fundar esta casa cisterciense, D. Sancha manda vir religiosas de Lorvão e de Alenquer, onde já existia uma pequena comunidade de mulheres recolhidas a quem chamavam de emcelladas, ou emparedadas, e que a princesa teria tomado sob sua protecção com o intuito de a transformar numa autêntica instituição monástica.
Nos primeiros tempos a comunidade não ultrapassaria uma dezena de religiosas. Mas, com o tempo esta irmandade foi aumentando, atingindo a centena de religiosas, em finais do século XVI.
Quando, a 13 de Março de 1229, falece D.ª Sancha, sua irmã, D.ª Teresa, traslada o corpo para o mosteiro do Lorvão, onde se recolhera após divórcio do rei de Castela, tomando a seu cargo a protecção do Mosteiro de Celas.
Desde então estiveram à frente deste Mosteiro abadessas que empreenderam várias reformas, devido não só ao aumento de religiosas e respectivas acostadas, mas também tendo em conta a degradação dos próprios edifícios.
De realçar os abadessados de D. Leonor de Vasconcelos e de D. Maria de Távora, durante os séculos XVI e XVII, época de grande esplendor na vida do Mosteiro.
Para além do burgo a que deu origem e da sua própria cerca, possuía este pequeno mosteiro de freiras de véu preto, inúmeros bens espalhados um pouco por todo o centro do país. No entanto, não era considerado um mosteiro rico, uma vez que os rendimentos dos foros mal davam para o sustentar, valendo-lhe mais as doações e dotes das professas, ligadas à Casa Real e a famílias nobres, bem como dos fiéis.
A 30 de Maio de 1834 são extintas as ordens religiosas, continuando as freiras na sua casa conventual até à morte da última freira, a Abadessa D.ª Maria Felismina do Ó de Figueiredo Negrão, que acabou por falecer louca em 15 de Maio de 1883.
Terminava assim a vida do Mosteiro, tendo sido demolidos alguns edifícios e outros ocupados por diferentes instituições, o dormitório albergou, em 1891, um asilo para cegos e aleijados do distrito, transferidos, em 1932, para o Convento de Semide, dando lugar à instalação do Sanatório Feminino de Celas. Extinto este, aqui foi instalado temporariamente o Hospital Pediátrico de Coimbra integrado no Centro Hospitalar de Coimbra.
A frontaria do mosteiro apresenta, à direita, a portaria que ostenta o escudo de D.ª Leonor de Vasconcelos. Ainda na fachada o realce cai no mirante de nove janelas rectangulares com grades.
A entrada de acesso ao átrio da igreja, apresenta um brasão nacional envolto pelo véu cisterciense, sendo ladeado pelas armas de Cister e por um outro com símbolos que aludem à empresa de D. Leonor de Vasconcelos.
É no átrio da igreja, outrora capela dos leigos, que se encontram a roda e o locutório.
A igreja, obra de João Português e Gaspar Fernandes, em 1529, é de planta circular, situando-se à direita a capela-mor e à esquerda o coro, sendo coberta por uma abóbada, manuelina, de nervuras, em calcário escuro.
O arco triunfal, suportado por pilastras compósitas, ostenta as armas de Portugal e da Ordem de Cister, ao centro. Na capela-mor o destaque recai no retábulo, em madeira marmoreada e dourada guardando uma tela da Senhora com o Menino, ladeada pelas imagens de S. Bento e de S. Bernardo.
A toda a volta da igreja pode admirar-se, um lambril de azulejos setecentistas, de fabrico coimbrão, com cenas da Anunciação e da Visitação.
O acesso ao coro é feito através de um arco de pilastras jónicas, fechado por uma grade setecentista de ferro forjado. Aqui, a nossa atenção recaI de imediato, no cadeiral quinhentista de Gaspar Coelho.
É ainda digno de nota, no claustro, o conjunto de capitéis historiados com cenas cristológicas e hagiológicas a par de outra decoração baseada em quimeras e elementos da Natureza.
Visita
Este é um monumento que pode e deve ser visitado.
Segue a informação sobre as modalidadess de visita ao interior do Mosteiro. Quanto ao exterior, aconselhamos a visita quer diurna, quer noturna.
Horário:
2ª a Sáb.: 15h-18h
Encerra Dom. e Feriado
Preços:
Geral: € 1,25
Estudantes: € 1
Até aos 12 anos e >65 anos: gratuito
Autocarros: 6, 7, 7T, 29
A Cache
A Cache está situada em local apropriado para admirar a fachada do Mosteiro.
A zona é bastante frequentada por muggles (visitates ou não do Mosteiro), especialmente crianças e escuteiros aos fins-de-semana. Sejam muito discretos na busca, por favor.
Este local originalmente tinha uma óptima cache colocada pelos QF Parrots. A eles pertence o mérito pela descoberta do local.
A cache foi por nós adoptada e agradecemos aos antigos owners.
Os waypoints foram alterados, bem como as coordenada e o container.
A partir do dia 20 de Abril de 2013 esta é uma cache reformulada, diferente... NOVA. Temos pena que os containers estejam sempre a desaparecer. Assim, tivemos que alterar a ideia inicial que colocámos ... e agora está num container NANO. Não são aceites logs em container que possam lá ser colocados por outrem.