| Um Pouco de História desta bela Capela....
A referência documental mais antiga à povoação do Olival data de 1180, sendo feita no foral (concedido pela Infanta D. Teresa, filha de D. Afonso Henriques), doada na época à Vila de Ourém, que designava os limites deste concelho.
A primeira igreja paroquial foi fundada cerca de 1210, e no ano de 1323 foi edificada na localidade uma albergaria, que indica que a povoação se inseria numa rota de Peregrinação.
A primitiva Capela da Nossa Senhora da Conceição terá sido instituída no séc. XV, julgando-se que terá sido erguida a mando de Diogo da Praça.
No entanto, em 1578 o Cardeal D. Henrique mandou reedificar completamente a estrutura do templo.
O edifício, cuja planimetria se desenvolveu longitudinalmente, apresenta no exterior um alpendre, suportado por colunelos, que ocupa duas fachadas do edifício.
O maior destaque é, sem dúvida, o conjunto de pinturas murais que decoram as pilastras do arco Triunfal, representando Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Este conjunto deverá datar da campanha de obras quinhentistas.
Também o teto, com 25 caixotões, apresenta pinturas que se julga serem da mesma época. Estas foram tapadas com cal, embora não se saiba quando. As imagens já foram classificadas de interesse Público, no Decreto nº 42255/52 Diário do Governo 105 de 8 de Maio.
Também os azulejos do séc. XVII cobrem as paredes do altar Mor, em duplo xadrez, azuis e brancos, e na parte superior o mesmo padrão de cor azul e amarela.
Estes azulejos foram todos tirados, limpos e de novos colocados em Novembro neste ano 2007.
Lê-se em vários locais que com o terramoto de 1 de Novembro de 1755, acapela terá sofrido alguns danos, pois existe uma janela que tem essa data (1755). Havia uma outra janela mais ou menos a meio do Altar Mor, e esta terá sido mudada para ficar na direcção do então Altar, uma vez que o Sacerdote ficava sempre virado para o Altar e de costas para o Povo. Como se pode verificar na imagem, ainda é visível a localização original da janela.
“Junto à Capela havia um Hospital. Terá sido erguido a mando de Diogo da Praça, fundador do Hospital e confraria da assistência aos pobres e peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela” escreve o Dr. David Simões Rodrigues no livro “Olival, a Terra e o Povo”.
Em 1811 com a Invasão Francesa, diz-se que os Militares maltrataram a Capela, e que dela chegaram a fazer cavalariça. O seu interior foi cemitério até 1836, altura em que passaram a ser sepultados no Adro, até cerca de 1950.
A nossa Capela está em vias de ser classificada de Interesse Público. Devido ao facto de não terem sido aproveitados subsídios comunitários disponibilizados para o efeito, o restauro está a ser realizado com a ajuda da Câmara Municipal de Ourém, Junta de Freguesia do Olival e donativos de Particulares. O IGESPAR.IP disponibiliza apoio técnico especializado. Durante o corrente ano procedeu-se ao restauro dos azulejos (colocados em 1755, que 252 anos depois estavam ainda em bom estado de conservação), estando prevista para 2008 a requalificação das pinturas que neste momento se encontram cobertas por cal.
As obras de restauro em curso abrangem o interior e exterior da Capela nomeadamente substituição do piso exterior por calçada portuguesa e requalificação das edificações anexas.
Esta pesquisa foi tirada dos documentos do IGESPAR.IP. e do livro “Olival, a Terra e o Povo”.
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