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CASTELO ROQUEIRO – PENEDO DOS MOUROS
No espaço de Monte Longo são relativamente escassos os testemunhos respeitantes a estruturas militares de época medieval, nem encontramos qualquer construção comparável a um castelo tal como hoje o conhecemos, um pátio defendido por muralha, torre de menagem e ameias. Contudo, existem no território testemunhos que apontam para a presença de algumas fortificações de menor dimensão e de construção rudimentar, por norma atribuíveis ao período da Reconquista. Destaca-se desde logo o Penedo dos Mouros, em Quinchães, castelo roqueiro que acreditamos ter sido cabeça da Terra de Monte Longo.
Ao que tudo indica, a arquitetura dos primeiros castelos resumia-se a alguns muros incipientes constituídos por pedras de grandes dimensões, mal aparelhadas. Com efeito, a principal defesa destas fortificações seria o próprio local da sua implantação, um ponto elevado na paisagem, de difícil acesso e com grandes batólitos graníticos que serviam de apoio aos muros. Estas fortificações, habitualmente chamadas de castelos roqueiros, desconheceriam qualquer estrutura defensiva mais avançada, como torreões ou torres de menagem.
O Penedo dos Mouros, designação comummente atribuída a este tipo de vestígios arqueológicos, localiza-se na freguesia de Quinchães, dominando toda a encosta Sudoeste da ribeira das Ínsuas, afluente do rio Ferro, e grande parte da encosta Oeste desse mesmo rio. Apesar de erigida a meia encosta, a localização desta fortificação parece ter sido estrategicamente escolhida, uma vez que usufrui de um controle visual privilegiado para a zona mais importante do território de Monte Longo, a sua sede administrativa, Santa Eulália Antiga.
Na sua totalidade este castelo teria cerca de 60 m de comprimento e 35 m de largura. Nestas medições incluímos duas plataformas que nos parecem ter existido, aparentemente, geradas pelo homem.
Das suas estruturas arquitetónicas, os únicos vestígios que chegaram até nós foram os entalhes escavados diretamente na rocha, ou seja, sobreviveram apenas os negativos que dariam forma aos diversos muros, que, adaptando-se à morfologia da penedia, configuravam estruturalmente toda a fortificação. Os penedos eram então aproveitados para dar mais consistência à base dos muros, que encaixavam nos entalhes previamente escavados na rocha. Os muros seriam constituídos por silhares de pedra mais ou menos talhados, embora não tenhamos detetado qualquer silhar, o que nos leva a crer que as pedras terão ter sido reutilizadas pelas populações das aldeias vizinhas depois da desativação da fortificação. Tendo em conta a largura dos entalhes, que no geral, varia entre os 20 e os 50 cm, também a largura dos silhares deveria rondar essas medidas, embora alguns dos entalhes de menor largura pudessem ser mais propícios ao encaixe de elementos em madeira, o que julgamos que terá igualmente acontecido. Grande parte dos penedos apresentam outros entalhes que, garantidamente, não se adequavam a muros. Isto parece sugerir que as estruturas em materiais perecíveis seriam abundantes por toda a fortificação, principalmente, para criar um pavimento ou até escadas, regularizando assim as diferentes cotas e também as fendas existentes entre os penedos.
Com a colaboração do Arqueólogo João Nuno Machado.
www.youtube.com/watch?v=BgUg32rNSkc (a partir 2m04s pode ver algumas imagens dos vestígios do Castelo Roqueiro no Penedo dos Mouros)
DESCRIÇÃO DA CACHE
Um container tradicional e contém lápis, logbook e stashnote.
P.F. RECOLOQUEM A CACHE NO MESMO LOCAL E DA MESMA FORMA COMO A ENCONTRARAM.
Façam o C.I.T.O enquanto se dirigem para o local, se possível.
Tirem fotos do local e apreciem a paisagem.
Obrigado pela vossa visita. Divirtam-se.
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