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Essencialmente quero mostrar uma obra moderna .
Hoje apenas em passeios de bicicleta, se usa a antiga forma de o passar (por dentro do seu leito).
Quero também dar a conhecer um pouco mais sobre a ave que dá nome ao rio.
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O Cuco-canoro é uma ave pertencente à Ordem dos Cuculiformes e à Família Cuculídea, que tem de comprimento entre 32 e 34 cm, de envergadura entre 55 e 60 cm e que pesa cerca de 100 gramas. A sua silhueta é marcada por uma cauda comprida, com quase metade do comprimento total da ave e por asas estreitas, compridas e pontiagudas. A cabeça é pequena e o bico é curvo. A plumagem do macho e da fêmea é semelhante, com a parte superior, a cabeça e o pescoço cinzentos, e a parte inferior branca com barras pretas ou castanhas, que formam um padrão de riscas transversais. A cauda é mais escura, quase negra, com as extremidades das penas em branco. Mais raramente, as fêmeas ostentam este padrão, mas com uma coloração ruiva. A vocalização característica do Cuco, que originou o seu nome científico e vernáculo, é muitas vezes o sinal mais óbvio da presença da espécie.
DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
O Cuco-canoro distribui-se desde o Norte de África e Península Ibérica, até à Península de Kamchatka, no extremo oriental da Rússia, passando pelas Ilhas Britânicas, pela Escandinávia, Sibéria, Índia, China, Vietname e Japão. Inverna na África Subsaariana, no Sul da Índia, no Sudoeste Asiático e nas Filipinas. Na Europa, a distribuição do Cuco é bastante contínua, ocorrendo em 37 países diferentes, com um efetivo populacional estimado num milhão e meio de indivíduos. As densidades de Cuco estão, aparentemente, bastante relacionadas com as densidades das espécies que parasitam.
ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Ainda que à escala europeia a área de distribuição do Cuco se tenha mantido estável ao longo do século XX, pensa-se que devido à destruição do habitat, a população tenha sofrido uma diminuição, em particular durante a década de setenta, nos países Escandinavos, nos estados Bálticos e no Reino Unido. Mesmo assim, esta espécie não se encontra entre as espécies europeias de conservação prioritária, e o seu estatuto de ameaça é considerado Seguro.
HABITAT
É uma espécie bastante eclética na seleção do habitat, que é sobretudo condicionada pela presença de hospedeiros. No entanto, rejeita a tundra ártica, as zonas desérticas, as florestas muito densas e as zonas urbanas. Em África, existem registos da invernada em savana e em zonas de coqueiros. Em Portugal ocorre em zonas de montados, pomares, sebes, matas, caniçais e matagais.
ALIMENTAÇÃO
Ainda que existam vários casos documentados da ingestão de frutos, plantas, anfíbios e aracnídeos, os Cucos ingerem maioritariamente insetos, em particular lagartas. De uma forma geral, os Cucos detetam as suas presas a partir de um ponto elevado, como uma árvore ou um poste, e depois capturam-nas do solo, de um tronco ou de uma parede, por vezes sem poisar.
REPRODUÇÃO
Não obstante a existência de alguns casos, embora raríssimos, de fêmeas de Cucos que criaram a sua própria prole, a principal particularidade da Família Cuculídea prende-se com o facto de se tratarem de aves que parasitam outras, que lhes incubam os ovos e lhes alimentam as crias. Só na Europa sabe-se que esta espécie parasita mais de 100 espécies de aves diferentes, embora cada fêmea se especialize numa espécie em particular. Os Cucos são uma espécie promíscua, ou seja, as fêmeas e os machos acasalam com vários indivíduos. No início da estação, as fêmeas procuram ativamente ninhos para parasitarem. Caso a estação já esteja adiantada, podem destruir a postura ou mesmo o ninho encontrado, para que o hospedeiro tenha que fazer uma segunda postura, abrindo assim uma nova oportunidade ao parasita. Uma vez selecionado o ninho, a fêmea espera uma ausência dos progenitores para dele se acercar, pondo lá um ovo. Ao espalhar os seus ovos por diferentes ninhos, os Cucos asseguram uma maior probabilidade de pelo menos algum deles ter sucesso. Os Cucos possuem patas bem adaptadas para poderem segurar-se bem em ninhos que não foram feitos para aves da sua dimensão e a casca dos seus ovos é particularmente resistente, para que possam ser largados de alto, sem se partirem. Após a postura, a fêmea de Cuco retira um dos ovos ou crias que já ocupam o ninho, e ingere-o. Frequentemente, os ovos dos Cucos assemelham-se no padrão aos das espécies que parasitam. A incubação demora 12 dias e, com apenas 8 a 10 horas de vida, as crias de Cuco expulsam do ninho os ovos ou as crias do hospedeiro, ficando este disponível para alimentar uma única cria, que muitas vezes ultrapassa a sua própria dimensão. Aos 19 dias de vida as crias de Cuco estão prontas para abandonar o ninho. Reproduzem-se pela primeira vez com um ou, mais frequentemente, com dois anos de idade.
MOVIMENTOS
É uma espécie migradora, que se desloca para Sul no Inverno e para Norte durante o Verão. Durante a migração, e imediatamente antes da partida e depois da chegada, pode andar em bandos de pequena dimensão. Apesar de não construírem ninho, quando há densidades mais elevadas, os machos defendem território, mantendo-se nas suas imediações ao longo da estação. Após abandonarem o ninho, as crias efetuam movimentos dispersivos errantes, antes de iniciarem a migração para Sul.
CURIOSIDADES
O canto do Cuco é, em muitos locais, um dos primeiros sinais da chegada da Primavera.
A CAHE: Apenas tem logbook.
Agradeço que tentem manter como encontraram, pois só assim tem sentido.
Additional Hints
(Decrypt)
B evb yá ab shaqb...