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A OUTRA VISTA PARA FOZ CÔA
O Concelho de Vila Nova de Foz Côa está inserido na região do Douro Superior pertence ao Distrito da Guarda com uma área de 395,88 km² com 7.312 hab. é composto por 17 freguesia ( Almendra, Castelo Melhor, Cedovim, Chãs, Custóias, Freixo de Numão, Horta, Mós, Murça, Muxagata, Numão, Santa Comba, Santo Amaro, Sebadelhe, Seixas, Touça e Vila Nova de Foz Côa) recebeu o seu foral em 1299 pelo Rei D. Dinis, mais tarde pelo mesmo monarca foi o mesmo renovado em 1314 e recebeu novo foral desta feita pelo rei D. Manuel I em 1514.
Nas suas raízes, Vila Nova de Foz Côa encontra o homem Paleolítico que, com modestos artefactos, vincou na dureza do xisto ambições e projectos do seu universo espiritual e material, fazendo deste santuário o maior museu de arte rupestre ao ar livre, hoje Património da Humanidade.
Os vestígios da ocupação humana, mais ou menos intensa, prolongam-se pelos tempos castrejos e romanos. Os escassos testemunhos do período suevo-visigótico e árabe garantem, contudo, a continuidade dos núcleos populacionais. Contrariando as vicissitudes próprias das terras fronteiriças nestas paragens, a vida comunitária revelou-se regular e contínua, a partir do século X.
A zona de Vila Nova de Foz Côa apresenta um relevo acidentado em grande parte da sua área, consequência da tectónica rígida e da erosão diferencial, relacionada com o encaixe do rio Douro e dos seus principais afluentes da margem esquerda. Esta zona é detentora de inúmeras falhas com a mesma orientação, das quais as mais importantes são: as de Vilariça, Horta do Douro, Numão, Arnozelo e Custoias. Esta área, encontram-se essencialmente compartimentadas em dois grandes blocos separados pela grande falha da Vilariça.
No aspecto económico há a realçar a quase dependência agrícola, salientando-se as culturas da vinha, amendoeira, oliveira e ainda a figueira, laranjeira e horticultura em geral. No aspecto industrial, salienta-se apenas para a extracção de xisto para esteios de vinha, na sede do concelho. Noutros tempos, existiam as culturas do linho, seda e sumagre, hoje desaparecidas. De tudo isto resulta um azeite finíssimo, um óptimo vinho (de mesa e do Porto), amêndoas em profusão e figos secos, que um concelho eminentemente agrícola são prenúncio de boa gastronomia, com acento na doçaria.
As paisagens, adjacentes principalmente ao Rio Douro, são de enorme beleza além de serem únicas no mundo. O turista pode apreciá-las de baixo para cima, passeando no rio ou de comboio, mas também de cima para baixo, numa viagem de carro pelas sinuosas estradas que ligam os principais aglomerados populacionais da região.
A gastronomia desempenha um papel relevante na promoção e desenvolvimento turístico. O pão, os enchidos, os pratos de caça, lebre e perdiz, o alho e o porco, a pescaria dos rios Douro e Côa e a fruta são também um bom motivo para uma visita a Foz Côa e ao seu concelho, pois nas mais diferentes aldeias existem restaurantes prontos a dar ao cliente iguarias de grande qualidade.
O Parque Arqueológico do Vale do Côa é considerado como “um dos mais importantes sítios de arte rupestre do mundo e é o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Aqui foram identificados cinco dezenas de núcleos de arte, ao longo dos últimos 17 quilómetros do Rio Côa, até à sua confluência com o Douro. Estes núcleos apresentam gravuras datadas, na sua maioria, do Paleolítico superior (mais de 10.000 antes do presente) mas o vale guardou também exemplos de pinturas e gravuras do Neolítico e Calcolítico, gravuras da Idade do Ferro e dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, altura em que os moleiros, os últimos gravadores do Côa, abandonaram o fundo do vale.”
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