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500 ANOS DO FORAL MANUELINO #3 Traditional Cache

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kikas.porto: Por falta de tempo. deixo o espaço para outro que lá queira colocar

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Hidden : 5/10/2014
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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500 ANOS DO FORAL MANUELINO #3

A freguesia de Vale de Remigio era chamada de freguesia de S. Mamede, o seu padroeiro. 
S. Mamede era o pastor mártir que morreu no ano de 275, em Cesareia da Capadócia. Conta a tradição que este santo fez um altar no deserto para pregar aos animais. Depois de preso, foi lançado às feras que não ousaram tocar-lhe, tendo também escapado milagrosamente de dentro de um forno para onde o lançaram. Acabou por morrer, no entanto, estripado por um tridente. Segundo a lenda, as terras onde actualmente se situam a Vila de Mortágua e povoados à sua volta permaneceram imersas desde o princípio do mundo até ao tempo dos Mouros. Os Mouros ao conquistar esta região resolveram drenar a água do lago, tendo aberto uma brecha nas rochas, ao fundo de Vale de Açores. A baía de Mortágua passava pelos locais onde hoje estão edificadas entre outras, as povoações de Gândara, Póvoa, Povoinha e Vale de Remigio. O repouso prolongado das águas do imenso lago e a sedimentação daí resultante, durante a Época Terciária, favoreceu o nascimento das grandes jazidas argilosas, abundantes nesta zona do concelho. São muitos os vestígios deixados pelos romanos na freguesia de Vale de Remígio. 

Segundo a lenda, nesta zona existiu um local habitado denominado “Lama“, povoação modesta. Por volta do ano 100, terá havido uma revolta dos habitantes da Lusitânia, contra o imperador Trajano. As revoltas foram grandes e houve muita destruição. Dado neste local terem sido encontrados muitos materiais soterrados que se julga pertencerem a esta época, como mós de moinho manual e outros fragmentos, pode ter existido aqui uma aldeia, a qual teria participado na revolta da Beira contra os romanos e que foi totalmente destruída.

Em 1886 quando se procedia a trabalhos de abertura da passagem da via férrea da Beira Alta, a cerca de 500 m a nascente de Vale de Remígio, próximo do cemitério, foi encontrado pelos operários, um bloco de pedra granítica contendo um “letreiro“, que ninguém decifrou. O Visconde de Vale de Remígio , Dr. José Inácio de Gouveia, constatou que se tratava de uma inscrição em latim e guardou-a. Anos depois, um erudito Coimbrão, Dr. Simões de Castro, identificou-o como uma lápide romana, e levou-a para o museu monográfico de Coimbra. Esta inscrição contém particularidades caligráficas que permitem situá-la na primeira metade do séc. I A.C. O texto da inscrição é o seguinte “Severo Tangénio oferece aos pátrios Lares” Trata-se de uma lápide votiva à divindade Lares, que era uma divindade doméstica; Pátrios porque eram herdadas dos pais e eram guardadas no átrio da casa. Cada família tinha os seus deuses protectores e conservava-os através das gerações. Também existem vestígios de vias romanas, a carreira da Gândara e Vale de Remígio, que marcam a passagem de uma via romana para Anadia.

No séc. X Ovieco Garcia doou Vale de Remígio ao convento do Lorvão. Este convento foi extinto pelo conde D. Henrique no princípio do séc. XII e os seus domínios anexados ao condado portucalense. Em 1132, S. Teotónio fundou o Mosteiro de Santa Cruz, ao qual é possível que o primeiro rei lhe doasse esta freguesia que se conservou até ao séc. XIX sob o domínio administrativo dos cónegos de Santa Cruz.
Ainda hoje existe na sede de freguesia o Celeiro dos Frades, uma construção maciça onde eram recolhidas as rendas anuais que os foreiros pagavam ao convento. A freguesia de Vale de Remígio situa-se na extensa Várzea de Mortágua. Zona de terrenos férteis, aqui existiu em tempos uma grande quinta denominada de Quinta Agrícola da Gândara. Produtora de grandes vinhos, tinha uma área extensa que se estendia desde a entrada da localidade até terras que pertenciam à freguesia do Sobral. Em tempos áureos, era o local de trabalho de muitos habitantes das freguesias próximas.

Vale de Remígio, deu nome à freguesia com o mesmo nome, hoje integrada na União de Freguesias de Mortágua, Vale de Remigio, Cortegaça e Almaça,é a terra natal de uma das figuras ilustres de Mortágua, Dr. José Assis e Santos, médico, escritor, historiador, cientista e investigador. Esta aldeia albergou o Visconde Dr. José Inácio Homem de Gouveia, deputado da Nação, casado com D. Maria Emilia da Natividade Nogueira. Os Viscondes de Vale de Remígio, eram pessoas de grande prestígio nos meios nacional, social e político a quem se devem muitas das obras realizadas na freguesia. Destacam-se a edificação da antiga escola feminina na sede de freguesia, a doação do terreno e construção do primeiro cemitério paroquial; a fundação da “Sociedade Filantrópica Recreativa“. Manifesto desta magnificência está a casa solarenga e quinta anexa, propriedade dos herdeiros dos viscondes, em estado de degradação, mas que retracta um esplendor da sua construção antiga. A igreja matriz de Vale de Redigiu, uma das mais bonitas do concelho, dedicada a S. Mamede, foi construída em 1774. O jardim que a envolve foi um primitivo cemitério.

Fonte 'Agenda Cultural da Câmara Municipal de Mortágua'

 

 



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Additional Hints (Decrypt)

Anf pbbeqranqnf, byun cnen qrageb.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)