De origem modesta, descendia de uma família da
ordem equestre que atingira o
classe senatorial durante os reinados dos imperadores da
dinastia júlio-claudiana. Designado
cônsul em 51, ganhou renome como comandante militar, destacando-se na
invasão romana da Britânia (43). Comandou as forças romanas que fizeram face à
primeira guerra judaico-romana de 66 Quando se dispunha a sitiar
Jerusalém, a capital rebelde, o imperador
Nero suicidou-se, mergulhando o império num ano de
guerras civis conhecido como o "
ano dos quatro imperadores". Após a rápida sucessão e falecimento de
Galba e
Otão e a ascensão ao poder de
Vitélio, os
exércitos das
províncias do
Egito e
Judeia proclamaram Vespasiano imperador a
1 de julho de
69 No seu caminho para o trono imperial, Vespasiano aliou-se com o
governador da
província da
Síria,
Caio Licínio Muciano, quem conduziu as tropas de Vespasiano contra Vitélio, enquanto o próprio Vespasiano tomava o controle sobre a província do
Egito. A
20 de dezembro, Vitélio foi derrotado e ao dia seguinte Vespasiano foi proclamado imperador pelo
senado.
Pouca informação sobreviveu aos dez anos de governo de Vespasiano. Destaca-se o programa de reformas financeiras que promoveu, tão necessário após a queda da dinastia júlio-claudiana, a sua bem-sucedida campanha militar na Judeia e os seus ambiciosos projetos de construção como o Anfiteatro Flávio, conhecido popularmente como o
Coliseu Romano.
Reformulou o senado e a
Ordem Equestre e desenvolveu um sistema educativo mais amplo. Reprimiu a sublevação da
Gália, mas incompatibilizou-se com os meios senatoriais.
O período de seu governo ficou marcado por uma eficaz administração econômica quer na
capital do império quer nas províncias, com um aumento significativo do
tributo anual e a implementação de medidas econômicas muito mais severas, o que permitiu atingir níveis de progresso assinaláveis nas finanças do Estado, tendo inclusive angariado fundos para a construção do templo dedicado a
Júpiter Capitolino e para o Coliseu de Roma. Após a sua morte a
23 de junho de
79, foi sucedido no trono pelo seu filho maior,
Tito.