Descrição do Percurso
Este percurso leva-nos a visitar duas das aldeias mais históricas da freguesia de Couto de Esteves. Na aldeia de Couto de Baixo, situada na zona onde o relevo é mais acidentado, destaca-se ao fundo do casario a Casa da Fonte. Este solar erigido entre os séc. XVI e XVII, foi residência da ilustre família Sequeira e Quadros e aqui sobressai pela sua grandeza, e não menor nobreza, o brasão situado no topo da porta principal, e que confirma a importância da família neste território, que em tempos fez desta casa sua residência.
O percurso desenvolve-se igualmente por caminhos que, no passado serviam de ligação entre as várias aldeias e a sede de freguesia (Vila de Couto de Cima), sendo na sua maior parte trilhados pelos percursos fúnebres e romarias de então. No decorrer deste percurso é também visível a grande ligação da população com a atividade agrícola, em especial no cultivo do milho e hortícolas e, mais recentemente, no cultivo dos pequenos frutos, em especial, o mirtilo, distribuídos pelos socalcos, talhados na vertente da serra.
O percurso atravessa alguns bosques de pinheiros, eucaliptos, acácias, carvalhos e sobreiros, entre-cortados por pequenas linhas de água que percorrem toda a encosta. Nestas linhas de água, é visível a existência de pequenas construções - moinhos de água - que outrora trabalhavam incessantemente na moagem dos cereais. Os espigueiros são também uma presença constante e inseparável deste processo, do cultivo do milho, surgindo isolados ou agrupados, com eiras comunitárias, demonstrando deste modo, a vivência comunitária das suas gentes. O exemplo mais paradigmático é a Eira Comunitária da Aldeia dos Amiais, a qual exibe sete canastros ou espigueiros, como habitualmente são designados.