FONTE DO LAMEIRO.
A ocupação de um território e a história de uma comunidade, está obrigatoriamente ligada à carência e/ou abundância dos recursos hídricos. Desde sempre, a água influenciou o desenvolvimento bem como a organização e a distribuição dos povoados. Numa primeira fase, a vila vive do rio, da ribeira do Fontão e de algumas das fontes do núcleo central. As fontes são assim, durante muitos séculos equipamentos de extrema importância para a sobrevivência da comunidade, locais de namoro, de sonhos mas igualmente locais de muitas quezílias e até de alguns ajustes de contas.
Esta fonte não é exceção. Foi em tempos, motivo de discórdia entre a junta da paróquia e os donos dos terrenos circundantes que se consideravam com direito, às águas sobrantes. Esta discórdia levou Dona Helena Correia Teles a mandar aqui colocar uma lápide com as iniciais do seu nome, lápide essa que ainda hoje aqui permanece.
Foi reconstruída pela junta de freguesia em 2009, tendo sido nesta data subida a sua cota, pois encontrava-se ao nível dos terrenos adjacentes a Norte. Não sendo o exemplar de arquitetura da água mais interessante da vila, é uma excelente lição de preservação e recuperação da memória de um povo.