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Santo Amaro Traditional Geocache

Hidden : 7/28/2015
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Breve História da Capela de Santo Amaro

A referência mais antiga à ermida ou capela de Santo Amaro, no sítio do Alqueidão, freguesia de Maceira, é de cerca do ano de 1657, em que foi redigido o Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria. No inicio do capitulo que trata das ermidas existentes na freguesia de Maceira, diz-se o seguinte: "Por cima da igreja paroquial, em o alto de um monte, está uma ermida da invocação de Santo Amaro; foi feita no ano de 1576 e dotada por pessoa particular, sendo Bispo deste Bispado Dom Gaspar do Casal; consta do livro 1º do registo da Chancelaria, a fl. 71, e do Cartório do Cabido. A imagem do Santo é de vulto [escultura, de pedra, do século XVI], tem sacristia, alpendre, confraria e compromisso, feito no mesmo ano. É de muita romagem".

O Padre Luis Vieira de Sousa, pároco de Maceira, numa Relação das Notícias que achei nesta freguesia de Maceira, Bispado de Leiria, em resposta, datada de 8 de Julho de 1721, a um inquérito da Academia Real da História Portuguesa, diz o seguinte: "Outra capela está junto a esta para a parte do poente, em um monte bastante alto e é de Santo Amaro; não há memória de quando foi feita, mas há indicios de ter sido feita, há 150 anos, e que foi feita por um cónego chamado fulano Couceiro, e que este lhe deu os ornatos e de presente a fabrica o Rev. Cabido da Sé de Leiria, por cobrar as ofertas da mesma".

A 6 de Abril de 1758, o Padre António Rodrigues Pires, também pároco de Maceira, responde a um questionário semelhante: "Tem outra ermida de Santo Amaro, pouco distante da Matriz, em um monte deserto, a qual pertence à administração do Reverendo Cabido da Sé de Leiria".

Na medição da quinta de Maceira, pertencente à diocese de Coimbra, feita em 12 de Outubro do mesmo ano de 1758, refere-se um olival, que confrontava com uma fazenda do Cabido de Leiria. A ermida de Santo Amaro não é referida, mas a localização desse olival parece indicar que essa fazenda do Cabido era o próprio monte de Santo Amaro ou anexa a ele: "Mediu-se mais um olival no sitio do Alqueidão que tem nove pés de oliveiras; tem do norte em volta, até chegar à fazenda do Cabido de Leiria, 57 varas, e parte com José de Oliveira, do Arnal, e pela banda do sul tem 44 varas e uma quarta e parte com fazenda do dito Cabido, e do poente tem 14 varas e três quartas, e parte com fazenda do dito Cabido"

A ermida de Santo Amaro passou, mais tarde, para a administração da paróquia.

Em 1879, "porque sempre se conservara acanhada, e sem obra alguma que a recomendasse aos olhos do observador, se demoliu e se lhe deu as dimensões que hoje tem", como diz, em 1900, o Cónego José Pereira da Costa, pároco da freguesia, na Breve Memória da Igreja Paroquial de Maceira, no concelho de Leiria.

Em carta de 14 de Junho de 1887 ao Bispo de Coimbra, a que pertencia, então, a freguesia de Maceira, o mesmo pároco escrevia: "A uns 100 metros desta igreja matriz e pertencente à administração da Junta de Paróquia, há uma capela com a invocação de Santo Amaro, onde se faz uma importante romaria no dia próprio do Santo, que produz em cada ano, termo médio, uns 70.000 réis livres, incluindo as esmolas recebidas, fora desta ocasião. Esta dita Junta tem realizado ali importantes melhoramentos".

Nos anos de 1896 e 1897, foi construido o grandioso escadório que dá acesso à capeia, a cargo da Junta de Paróquia, então presidida pelo Cónego Prior José Pereira da Costa, e as obras ficaram concluídas, em 1899, com o levantamento de uma estátua de Santo Amaro, como consta de uma memória, colocada na sua base.

Mas as obras da capela foram continuando até ao ano da proclamação da República. Pelo artigo 112 da Lei da Separação, de 20 de Abril de 1911, a capela e o monte foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. A "mata de Santo Amaro" foi posta em hasta pública, no dia 21 de Agosto de 1919, e adquirida por um particular, ficando, depois da sua morte, para as suas herdeiras. A capela continuou na posse do Estado, apenas cedida para o culto, e só foi entregue à Fábrica da Igreja Paroquial de Maceira, a 23 de Novembro de 1945, em conformidade com a Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português, de 1940.

As obras na capela, escadório, muros de contenção de terras e beneficiação dos acessos, ainda continuaram por toda a segunda metade do século XX, culminando com mais um lanço de escadaria, feito de 1990 a 1992, ligando a estrada ao terreiro do arraial. As várias obras são assinaladas com datas inscritas no próprio escadório. No monte existe uma bela cruz de pedra, comemorativa da missão do ano de 1869.

A 18 de Fevereiro de 1983, uma parcela de terreno do monte foi adquirida pela Junta de Freguesia de Maceira, para logradouro da sua sede. O restante foi adquirido a 25 de Março de 1998 pelo Sr. Manuel Jacinto de Sousa e sua Esposa Maria de Lurdes Ascenso, que o doaram, por escritura do mesmo dia, à Fábrica da Igreja Paroquial de Maceira, representada pelo Padre Júlio Domingos Vieira, então pároco da freguesia.

Nunca deixou de se fazer a grande festa de Santo Amaro, no dia 15 de Janeiro de cada ano, durante vários séculos, transferida, há décadas, para o domingo mais próximo, com a afluência de numerosos devotos, da freguesia e de toda a região, que participam nos vários actos religiosos, cumprem as suas promessas e entregam as suas esmolas e ex-votos de madeira e de cera, muitos dos quais constituíam um precioso património religioso e etnográfico, infelizmente desaparecido.
Que os maceirenses continuem, pelo tempo fora, a preservar e valorizar esta preciosa herança dos seus antepassados.

 

 

A cache

A cache contem unicamente logbook 

 

Additional Hints (Decrypt)

rager n rfcnqn r n cnerqr

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)