As castanhas são os aquénios (geralmente três) do ouriço, o fruto capsular espinescente do castanheiro-da-europa (Castanea sativa). Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor , Balcãs e Cáucaso , acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais de 100 mil anos.
A par com o pistácio , a castanha constituiu um importante contributo calórico ao homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais. Os gregos e os romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre. Este conservava o alimento e impregnava-o com o seu sabor. Os romanos incluíam a castanha nos seus banquetes. Durante a Idade Média , nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa . Com o Renascimento , a gastronomia assume novo requinte, com novas fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para Espanha e daí, com as Invasões Francesas , chega a Portugal .
As castanhas que comemos são, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente, como as nozes , tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono ), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas . São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte de potássio . Consideradas, actualmente, quase como uma “guloseima” de época, as castanhas, em tempo idos, constituíram um nutritivo complemento alimentar, substituindo o pão na ausência deste, quando os rigores e escassez do Inverno se instalavam. Cozidas, assadas ou transformadas em farinha, as castanhas sempre foram um alimento muito popular, cujo aproveitamento remonta à Pré-História .
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