S. Martinho de Tours ou simplesmente S. Martinho, nasceu na Panónia, actual território da Hungria, no ano de 316, filho dum oficial do exército romano.
Aos 16 anos de idade, sendo já catecúmeno – aquele que se prepara e instrui para o baptismo – entrou para o exército, onde atingiu o posto de oficial da Guarda Imperial.
Abandonou a vida castrense, e como discípulo de Santo Hilário recebeu ordens sacras de frade em 354.
Em 361 fundou um mosteiro em Ligugé (Poitiers, França), sendo ordenado bispo de Tours em 371, e foi o maior propagador da fé na Gália, hoje França.
Faleceu em 397, e durante muitos séculos foi um dos santos mais populares da Europa, cuja memória litúrgica é comemorada a 11 de Novembro, data em que foi enterrado em Tours, França.
S. Martinho na lenda
No ano de 338, quando ainda era militar do exército imperial romano, durante uma ronda nocturna no rigor dum impiedoso Inverno encontrou um pobre seminu que lhe implora caridade, a quem querendo acudir e como não tinha dinheiro, sacou da sua capa, e cortou-a ao meio para a partilhar com um desconhecido.
Na noite seguinte, durante o sonho viu Jesus vestido com aquela porção de capa, que lhe agradeceu ter-lhe dado metade da mesma.
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Outra versão da lenda, relata que partilhou a sua capa com um soldado pobre e roto.
A lenda de S. Martinho, nasceu, segundo algumas versões, quando algumas árvores floriram durante o trajecto em que o seu corpo foi levado de Candes, onde faleceu, até Tours, onde seria sepultado.
Seja como for, e conforme reza a lenda, todos os anos nos primeiros dias de Novembro desponta sempre um Sol de Estio para recordar o bondoso gesto de S. Martinho, e por esses dias o céu e a terra aquecem, de modo a que mais nenhum ser humano passe o tremendo frio que assolou o mendigo dos tempos lendários. ( Verão de S. Martinho ).
S. Martinho na Etnografia
Esta é a altura dos magustos, que estaria primitivamente relacionado com o culto dos mortos e com as celebrações de Todos os Santos (dia 1 de Novembro) e Fiéis Defuntos (dia 2 de Novembro).