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A Batalha Naval de Vila Franca foi um recontro travado no dia 26 de Julho de1582, a sul da ilha de São Miguel, Açores, entre uma força luso-francesa, comandada por Filuppo Strozzi, e uma armada castelhana (mas que incluía boa parte da armada portuguesa), comandada por D. Álvaro de Bazán, marquês de Santa Cruz, no contexto da guerra que se seguiu à aclamação de D. António I e à entrada de Filipe II de Espanha na posse do trono português. As forças luso-francesas foram derrotadas, D. António foi obrigado a refugiar-se na ilha Terceira, seguindo-se um enorme massacre em Vila Franca do Campo, sendo o maior de que há registo nos Açores, causando ao conjunto das partes mais de 2500 mortos.
Foi a primeira batalha naval onde intervieram os grandes galeões, servindo de ensaio a novas táticas e manobras. A vitória castelhana abriu caminho para o reforço naval de Castela, que levaria à Invencível Armanda.
No dia 1 de Agosto desembarcou em terra o mestre de campo D. Francisco de Bobadilla com quatro companhias de soldados, levando no meio todos os prisioneiros franceses, aos quais em alta voz e em público cadafalso se lhes leu uma sentença que os condenava à morte, como perturbadores da paz entre França e Castela. A sentença, assinada por D. Álvaro de Bazán, mandava degolar os nobres e enforcar os outros, excepto os que não chegavam à idade de 18 anos.
E assim se cumpriu a sentença, decapitando-se 28 cavalheiros franceses, e 50 de menor condição, enforcados além destes muitos centos de soldados e marinheiros. Estas execuções foram feitas com grande lentidão e crueza, prolongando-se por todo o dia, sendo os corpos decapitados amontoados sobre o adro da matriz de Vila Franca. Parte dos marinheiros foram enforcados no ilhéu de Vila Franca, ficando os corpos a apodrecer nas forcas como aviso aos restantes franceses que ainda andavam embarcados nas ilhas.
Quanto aos da terra, só a um fidalgo de Vila Franca, que servia de vereador da Câmara, mandou degolar, e a outras condenou em penas menores.
EN
The Naval Battle of Vila Franca was a locked clash on July 26 de1582, south of the island of Sao Miguel, Azores, between a Portuguese-French force, commanded by Filuppo Strozzi, and a Castilian armed (but that included much of the Portuguese fleet), commanded by Don Alvaro de Bazán, Marquis of Santa Cruz, in the context of the war that followed the acclamation of D. António I and the entry of Philip II of Spain held by the Portuguese throne. The Portuguese-French forces were defeated, Don Antonio was forced to take refuge on Terceira Island, followed by a huge massacre in Vila Franca do Campo, the largest ever recorded in the Azores, leading to all parties over 2500 dead.
It was the first naval battle where the great galleons intervened, serving to test new tactics and maneuvers. The Castilian victory paved the way for the naval reinforcement of Castile, which would lead to Invincible Armanda.
On August 1 he landed ashore field master Francisco de Bobadilla with four companies of soldiers, leading among all French prisoners, which loudly and in public gallows to read them a sentence that condemned them to death as disturbers of the peace between France and Castile. The ruling, signed by Don Alvaro de Bazán, sent behead the nobles and hang the other, except those who have not reached the age of 18 years.
And so was fulfilled the sentence if decapitating 28 French gentlemen, and 50 minor condition, hanged addition to these many hundreds of soldiers and sailors. These executions were made very slowly and rawness, extending throughout the day, and their decapitated bodies piled up on the forecourt of Vila Franca matrix. Some of the sailors were hanged in the islet of Vila Franca, leaving the bodies to rot on the gallows as a warning to the other French who were still embedded in the islands.
As for the earth, only a gentleman of Vila Franca, which served as a councilor of the House, he sent and beheaded, and the other condemned in minor penalties.
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