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#02 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


COBRA-CEGA

Culebrilla ciega, IberianWorm Lizard

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
A distribuição desta espécie está limitada à Península Ibérica, onde só não está presente numa faixa contínua localizada a norte, que engloba o extremo Noroeste de Portugal, a Cordilheira Cantábrica e os Pirinéus. Na Catalunha e Galiza restringe-se ao extremo sul. É uma espécie termófila, que ocorre tipicamente em diferentes ecossistemas de influência climática mediterrânica e se encontra desde o nível do mar até aos 1600-1700 m, no Sistema Central, chegando aos 1800 m, na Serra Nevada, e mesmo aos 2000 m, na Serra de los Filabres,Almeria (Malkmus, 2004e). Os requisitos ambientais que condicionam a sua presença não parecem ser muito restritivos. No entanto, parece demonstrar alguma preferência por solos que permitam escavar galerias com alguma facilidade, com pedras superficiais, e localizados em zonas moderadamente abertas e com alguma exposição solar. Os seus hábitos secretivos podem fazer com que passe despercebida em locais onde na realidade existe. Por esta razão, a sua área de distribuição deverá ser superior à actualmente conhecida.

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
É uma das espécies para as quais a informação acerca da área de distribuição mais aumentou com os trabalhos do presente Atlas. Em comparação com outras espécies mediterrânicas termófilas, possui uma área de distribuição mais alargada, nomeadamente na região centro, onde é possível encontrá-la em diferentes sistemas montanhosos. De facto, a sua ausência devido a condicionantes climáticas parece limitar-se ao extremo noroeste do país, área que é abrangida pela região atlântica.A aparente ausência noutras áreas pode estar relacionada com características do meio, quer naturais (solos muito argilosos ou muito arenosos e ausência de pedras), quer de origem humana (e.g. exploração silvícola intensiva e áreas urbanas). Estes locais sem observações podem reflectir uma ausência real mas também dificuldades de detecção. Nestas condições, destaca-se uma faixa litoral de dunas e pinhal compreendida entre Aveiro e Leiria, os vales inferiores dos rio Tejo e Sado, e de uma forma geral todas as grandes manchas de monocultura de Pinus pinaster e, principalmente, de Eucalyptus. Em Portugal atinge os 1000 m, na Serra de Santa Comba, em Trás-os-Montes. É de referir a existência de registos de observações na cidade do Porto e arredores, que datam dos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX. A recente confirmação da presença da espécie nos concelhos de  Gondomar eVila Nova de Gaia confirma as observações antigas (Ribeiro et al., 2008). No entanto, quer a sua persistência, quer a conexão deste núcleo com a área principal de distribuição através do corredor do vale do rio Douro, mais quente e seco do que os planaltos envolventes, ficam comprometidas devido às enormes transformações (agricultura intensiva e urbanização) que esta região tem vindo a sofrer ao longo dos últimos 50 anos (Ribeiro et al., 2008).

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
Os hábitos secretivos e subterrâneos desta espécie reduzem o impacto de algumas ameaças comuns a outras espécies da herpetofauna (perseguição humana e atropelamentos). No entanto, a conservação da qualidade do solo é indispensável para a manutenção de populações viáveis. Assim, as maiores ameaças parecem relacionar-se com os povoamentos de eucaliptos, com a agricultura industrializada que recorre a
maquinaria pesada e a pesticidas em quantidades elevadas, e com a perda do mosaico paisagístico e consequente empobrecimento de locais de abrigo e alimentação.

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
Blanus cinereus pertence à família Blanidae dentro dos Amphisbaenia (Kearney & Stuart, 2004) e é o seu único representante na Península Ibérica.O género Blanus é o mais basal do grupo e inclui, actualmente, quatro espécies: uma na Península Ibérica, duas em Marrocos, e outra na Grécia, Chipre, Turquia, Iraque e Líbano (Salvador, 1998c).A origem deste género é controversa, localizando-se, para alguns autores, em África (Salvador, 1974) e, para outros, na Europa (Busack, 1977).A evidência fóssil mostra vestígios de anfisbénios, na Europa, que datam do Eoceno, enquanto no Norte de África são conhecidos fósseis que datam do Mioceno (Barbadillo, 1987; Malkmus 2004e). Os vestígios pleistocénicos identificados como Blanus sp. em Itália e na Sicília (Delfino, 1997, 2003) sugerem uma distribuição passada do género
que abrangia grande parte da Bacia Mediterrânica e que, muito recentemente, teria ficado restrita aos extremos ocidental e oriental. Na Península Ibérica foram encontrados fósseis de B. cinereus que datam do Plioceno (Bailón, 1991), do Plio-Pleistoceno (Barbadillo, 1989), e do Pleistoceno (Sanchiz, 1991). É habitualmente considerada uma espécie endémica da Península, uma vez que as populações existentes no Norte de África pertencem a espécies diferentes, de acordo com características morfológicas e genéticas (Busack, 1988). Classicamente, aos Blanus de Marrocos setentrional atribui-se a espécie B. tingitanus e aos de Marrocos ocidental a espécie B. mettetali (López, 2002). No
entanto, estudos recentes mostram um cenário ainda mais complexo (Vasconcelos et al., 2006;Albert et al., 2007).A diferenciação das espécies parece ter ocorrido após a reabertura do Estreito de Gibraltar, na transição do Mioceno para o Plioceno, há aproximadamente 5,3 milhões de anos (Busack, 1986;Vasconcelos et al., 2006). Contudo, Albert et al. (2007) consideram que a divergência das linhagens africana e ibérica seria ainda mais antiga, tendo possivelmente ocorrido durante a reabertura do corredor Bético, há cerca de 8-9 milhões de anos. Na Península Ibérica, foi descrita alguma variação geográfica no seio de B. cinereus, nomeadamente no tamanho e posição das escamas pré-cloacais (Salvador, 1981b) e na coloração (Barbadillo, 1987). Os dois trabalhos recentes que utilizam marcadores mitocondriais (Vasconcelos et al., 2006; Albert et al., 2007) são só parcialmente coincidentes. Na verdade, Vasconcelos et al. (2006) descrevem duas linhagens ibéricas, uma delas também representada em Marrocos, sem distribuição definida, enquanto Albert et al. (2007) identificam as mesmas duas linhagens, uma meridional e outra central. Esta última divide-se, por sua vez, em várias sublinhagens cuja provável dispersão pós-glaciar dificulta a reconstrução da estrutura filogeográfica original.

Additional Hints (Decrypt)

Ngeáf qb phob qr crqen ...

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)