Skip to content

#13 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


VÍBORA-CORNUDA

Víbora hocicuda, Lataste’s Viper

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
Ocorre na Península Ibérica e no Norte de África (Gasc et al., 1997; Schleich et al., 1996). Na Península Ibérica ocupa quase toda a sua extensão, não ocorrendo apenas no seu extremo setentrional (Pleguezuelos & Santos, 2002; Malkmus, 2004e). Em Espanha ocorre no Sul da Galiza e a sul das Cordilheiras Cantábrica e Pirenaica, estando ausente nos extremos setentrionais das províncias de León, Palencia e Burgos, e por todo o País Basco. Parece ser frequente nas regiões montanhosas (Serras de La Cabrera, Culebra, Sistema Ibérico, Sistema Central, Serra Morena e Serras Béticas) e nas regiões relativamente desabitadas (Burgos e Montes de Toledo) (Pleguezuelos & Santos, 2002). No Norte de África, ocorre na faixa costeira de Marrocos, Argélia e Tunísia, assim como na cadeia montanhosa do Rif (Bons & Geniez, 1996; Schleich et al., 1996). Era conhecida uma única população insular, nas ilhas Columbretes (Mar Mediterrâneo), que foi extinta em meados do século XIX (Bernis, 1968). De uma forma geral, tanto na Península Ibérica como no Norte de África, apresenta uma distribuição descontínua, com núcleos populacionais dispersos e isolados e densidades moderadas ou baixas na maior parte das regiões.A sua área de distribuição terá sido, em tempos, mais alargada, tendo-se seguido um apreciável declínio que deu origem às actuais populações fragmentadas e isoladas (Parellada, 1995; Bons & Geniez, 1996; Fahd & Pleguezuelos, 2001; Pleguezuelos & Santos, 2002; Santos et al., 2006). Encontra-se desde o nível do mar até aos 2780 m, nas serras Béticas orientais espanholas (Pleguezuelos, 1986), e aos 2000 m, no Yebel Bouhalla, em Marrocos (Bons & Geniez, 1996; Fahd & Pleguezuelos, 2001).

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
Em Portugal, encontra-se em todo o território constituindo populações dispersas e fragmentadas, de uma forma geral restritas às zonas montanhosas.A norte do rio Douro, ocorre nas Serras da Peneda, Gerês, Alvão e Montesinho, no Douro Internacional e em populações litorais isoladas como, por exemplo, em Vila do Conde (Brito & Crespo, 2002). Nas Beiras ocorre nas Serras do Caramulo, Buçaco, Montemuro, Estrela e Malcata; na Estremadura, ocorre nas Serras d’Aire e Candeeiros, Montejunto, Sintra e península de Setúbal; no Alentejo, ocorre nas Serras de S. Mamede, Ossa, na costa e serras litorais, e ainda na margem esquerda do rio Guadiana, na zona da Serra da Adiça e Barrancos; no Algarve ocorre nas Serras litorais de Monchique e Espinhaço de Cão. Parece estar ausente nas zonas mais humanizadas e nas estepes cerealíferas alentejanas.A quase ausência de novos registos nesta área deve-se, provavelmente, tanto ao carácter esquivo desta espécie, como à sua relativa raridade na metade sul de Portugal (Schwarzer, 1999; Malkmus & Schwarzer, 2000). É uma espécie típica de regiões com clima mediterrânico, de feição húmida, sub-húmida ou semiárida (Santos et al., 2006). De hábitos saxícolas, ocupa preferencialmente zonas rochosas secas, frequentemente cobertas por matagais, bosques e muros de pedra com alguma vegetação que separam campos de cultivo e pastos (Schleich et al., 1996; Brito & Crespo, 2002; Malkmus, 2004e). Também está presente em clareiras de bosques de folhosas, coníferas, sobreirais e azinhais ou bosques mistos. Pode ocorrer ocasionalmente em pinhais arenosos litorais e em zonas arenosas quase sem vegetação arbustiva, tais como em dunas costeiras (Valverde, 1967). Em Portugal, a altitude máxima a que foi registada são os 1500 m, quer na Serra do Gerês, quer na Serra da Estrela (Brito & Crespo, 2002).

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
A perda e a degradação dos seus habitats por acção antropogénica constitui o principal factor de ameaça para as populações desta víbora, contribuindo significativamente para a fragmentação dos seus habitats, e conduzindo ao isolamento das suas populações (Santos et al., 2006). Diversas características da biologia desta espécie, como a sua frequência reprodutora trienal (Pleguezuelos et al., 2007a) e baixa mobilidade (Brito, 2003a), reduzem consideravelmente a capacidade de recuperação de populações em zonas perturbadas. Constituem ainda factores de ameaça com efeitos consideráveis, a nível local, a mortalidade por atropelamento nas estradas e a perseguição directa por aversão (Brito et al., 2001; Brito & Álvares, 2004).A captura de exemplares para comércio ilegal e coleccionismo constitui, também, um factor de ameaça. De acordo com vários inquéritos realizados a habitantes do Parque Nacional da Peneda-Gerês (Brito et al., 2001), os animais são capturados e mortos, e as suas cabeças comercializadas sob a forma de amuletos, já que existe a crença de que ter uma víbora dá sorte e abençoa o lar. Nas décadas de 70 e 80 do século passado vendiam-se, em média, cerca de 500 víboras por ano no Gerês.Actualmente, com o aumento da fiscalização, o comércio diminuiu, mas estima-se, mesmo assim, que sejam comercializadas entre 50 a 100 víboras por ano apenas nas Caldas do Gerês. Esta actividade ilegal estende-se, no entanto, a outras serras do Norte e Centro de Portugal, como são os casos das Serras do Marão, Montemuro, Estrela, Caramulo, Aire e Candeeiros (Malkmus & Loureiro, 2007).

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
Foi inicialmente descrita como Vipera latastei (Boscá, 1878). Diferenças marcadas na morfologia externa permitiram, posteriormente, a distinção de duas subespécies (Saint-Girons, 1977, 1978): i) Vipera l. latastei (Boscá, 1878), que ocupa o Norte de Portugal, a norte do rio Mondego, e o Centro e Leste de Espanha, descendo até à Serra Nevada, e ii) Vipera l. gaditana (Saint-Girons, 1977), que ocorre no Sudoeste da Península Ibérica e no extremo norte de África, de Marrocos à Argélia. No entanto, a taxonomia subespecífica de V. latastei é bastante controversa, sendo necessários estudos filogeográficos mais detalhados para a clarificar (Amat, 2004; Brito et al., 2006). Recentemente,um estudo que combina análise morfológica e modelos espaciais de distribuição permitiu definir melhor os limites da distribuição geográfica das subespécies ibéricas e sugeriu a existência de novas linhagens na Argélia e no Norte de Marrocos (Brito et al., in press). O nome científico desta espécie é um assunto polémico. As designações V. latastei e V. latasti têm sido utilizadas ao longo do tempo por diversos autores sem que se alcance um consenso. Contudo, David & Ineich (1999), intitulando-se como “Primeiros revisores”, citam ambas as designações e seleccionam explicitamente a designação Vipera latastei como sendo a válida.

Additional Hints (No hints available.)