Adelino André nasceu em Sabacheira, Tomar, no ano de 1916.
Filho de famílias humildes (“Os Andrés”) cedo se fez a uma vida de trabalho árduo.
Acabada a 4ª classe iniciou uma vida de trabalho e dignidade, que o caracterizaram. Desde o campo a serrações de madeira, passando pela dureza das pedreiras de Pêro Pinheiro em Sintra nos anos 50, fez da sua forma honesta, simples e discreta personalidade, a forma de reconhecimento que lhe conferiu o respeito de vizinhos, amigos e familiares.
O “Ti Adelino”, como era conhecido, fez parte da emigração dura para França nos anos 60, e pelo seu íntegro carácter teve a sorte de se livrar do “Bidonville”, sendo acolhido em casa de patrões. Trabalhou numa conhecida fábrica de pneus no tempo em que as tiras de borracha ainda se carregavam às costas e em empresas de limpeza industrial, sendo respeitado e admirado pelos seus chefes e colegas de trabalho, que o relembraram e mesmo o visitaram em Portugal após o seu regresso.
Regressou a Portugal, para ainda vir trabalhar o campo e a sua estimada vinha durante quase 2 décadas, perto do que mais amava: a Terra e a Família. A comenda da Sabacheira foi a sua casa aqui morou e constituiu família.
Cegou de um olho por ocasião de carregar um “chibo” sozinho num tractor agrícola, mas fez questão de mesmo assim o levar ao seu destino, tal a sua rusticidade. Sobreviveu a 2 AVC’s, e anos de tortura pelos seus calos nos pés.
Inseparável da sua boina espanhola e do canivete francês, viveu os últimos meses muito debilitado, vindo a falecer a 7 de Março de 2005 após complicações devido a uma queda, com 87 anos.
O seu funeral realizou-se na Igreja da Sabacheira, no dia em que completava 88 anos, sendo o último dos irmãos a deixar-nos.
Foi casado com Cidalina da Encarnação André e deixou duas filhas e 5 netos, um dos quais, eu. Conheceu ainda 2 bisnetos.
Esta pequena biografia pretende dar a conhecer um pouco e relembrar saudosamente um homem que a todos respeitou, trabalhador e altruísta e exemplo insuperável para a sociedade em que se inseria e que ainda hoje é justamente recordado.
A CACHE:
A cache não se encontra nas coordenadas indicadas. No ponto inicial que foi a residência de Adelino André, (não precisam saltar muros adentro. As pessoas de família e vizinhança estão alertadas) terão que encontrar as coordenadas para o contentor final que não está muito distante, num sítio público, muito frequentado pelo Ti Adelino.
ATENÇÃO: Deixem o contentor igual ou melhor do que o encontraram.
O CONTAINER:
É de tamanho pequeno e permite objectos pequenos para troca ou “trackables”.
Possui logbook temporário, alguns objectos para troca e um pequeno lápis para escrever.
Não revelem fotografias da cache. Garantam a sua sobrevivência! HD's = 932580838 Luís